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Club de Gimnasia y Esgrima La Plata

Fundado no dia 3 de junho de 1887, o Club de Gimnasia y Esgrima La Plata segue firme na luta pelo título argentino e por uma vaga na Libertadores. A única conquista da equipe foi em 1929, quando venceu o campeonato da primeira divisão do país. Mas a participação no maior torneio continental da América do Sul aconteceu somente em 2003, após o vice-campeonato no Torneo Clausura, no ano anterior.
O time ainda conquistou por três vezes a segunda divisão argentina (1944, 47 e 52), além de alguns vice-campeonatos, entre Aperturas e Clausuras (1924, 95, 96 e 98). Porém, a última grande conquista do clube foi a Copa do Centenário da AFA, em 1993.
Sob a liderança dos irmãos Gustavo e Guillermo Barros Schelotto, que anos depois se transfeririam para o Boca Juniors, o time de La Plata bateu o River Plate na final, por 3 a 1, e levantou sua última taça.
Mas a história do Gimnasia, como é mais conhecido, é muito mais antiga do que se pode imaginar. Começou há mais de 100 anos...


No final do século XIX, os jovens aristocratas na Argentina apreciavam muito a prática da esgrima e da ginástica. O primeiro, por ser muito cultuado na Europa e conciliar inteligência e destreza. O segundo, por manter a boa forma física de seus praticantes.
Com isso, alguns jovens da cidade de La Plata, reunidos na Sala Comercial da cidade e inspirados na criação de um clube em Buenos Aires que reunia a prática das duas modalidades, decidiram fundar o Club de Gimnasia y Esgrima. Tanto que, até hoje, o lema do clube, decidido ainda em sua fundação, é “mens sana in corpore sano”, ou seja, “mente saudável num corpo saudável”.
No começo, o nome foi mudado para Club de Esgrima, pela falta de prática da ginástica. Mas alguns meses depois o nome original voltou à tona. Nos primeiros anos a entidade desportiva realmente dedicou-se somente à esgrima e ginástica. Porém, outro esporte já estava no gosto dos argentinos.
Pouco tempo depois da fundação, em 1903, o Club de Gimnasia y Esgrima já possuía uma equipe de futebol. Dois anos mais tarde, o time deixou as competições amadoras e se filiou a Associação Argentina de Futebol.
Os primeiros anos foram difíceis, como não poderiam deixar de ser. As coisas começaram a mudar, indiretamente, quando um grupo de jogadores descontentes do maior rival, o Estudiantes, abandonou o clube e passou a integrar o Club Independencia de La Plata, em 1912. Três anos mais tarde, essa equipe se fundiu com o Club de Gimnasia y Esgrima e o futebol ganhou mais força além da esgrima.
Esse fato foi muito importante na história do clube, porque marcou também a rivalidade entre os dois clubes de La Plata. O Estudiantes só aceitava jovens com estudos, enquanto o Gimnasia, contrariando sua origem, passou a incorporar os menos favorecidos da cidade, principalmente os oriundos de bairros operários como Berisso e Ensenada.


E é a rivalidade entre Gimnasia e Estudiantes que move La Plata no futebol. Atualmente, mesmo com uma boa campanha no Torneo Apertura, a torcida do Estudiantes não tem o que comemorar, por causa da ótima colocação de seus maiores rivais.
O primeiro clássico entre os dois times aconteceu em 27 de agosto de 1916 e terminou com um triunfo do Gimnasia. As rixas entre as duas torcidas também renderam os apelidos que o clube ostenta até hoje.
Na década de 20, muitos torcedores do Gimnasia trabalhavam nos frigoríficos de Berisso, com isso, os adeptos do Estudiantes passaram a chamar os rivais de “los triperos” (os tripeiros). Um apelido mais leve surgiu na década de 50, quando o cartunista Julio César Trouet, do jornal “El Dia”, insatisfeito com o mascote do Gimnasia que à época era um carniceiro, resolveu criar outro. E se o time joga no Bosque (como é conhecido o estádio do time, fundado em 1924) e é astuto e rápido, nada mais justo de apelidar a equipe de Lobo. E foi dessa maneira que surgiu o apelido mais conhecido do Gimnasia.
Porém, a torcida rival não poderia deixar por menos. E, entre os anos de 1967 e 71, quando Oscar Venturino, dono de uma companhia de recolhimento de lixo, foi presidente do clube, automaticamente seus torcedores ficaram conhecidos como “los basureros” (os lixeiros).
Outra curiosidade da equipe foi a constante mudança de nomes que ela teve ao longo dos tempos. Além da primeira breve mudança já citada, o clube teve outros dois nomes até alcançar o atual. De 1952 a 1955 passou-se a chamar Club de Gimnasia y Esgrima de Eva Perón. Já em outubro do mesmo ano, mudou novamente para Club de Gimnasia y Esgrima de La Plata, até que, em agosto de 1964, assumiu de vez Club de Gimnasia y Esgrima La Plata.

Títulos

Gimnasia y Esgrima foi campeão da divisão Intermedia do Futebol Argentino em 1915, da Primeira Divisão em 1929, e vice-campeão da Primeira Divisão em 1924, durante o amadorismo. Após o profissionalismo, Gimnasia foi campeão da Copa Centenário em 1994 e do Campeonato Argentino de Futebol da Segunda Divisão em 1944, 1947 e 1952; também foi vice-campeão da Primeira Divisão em 5 oportunidades. Permanece por 69 temporadas na Primeira Divisão, sendo o oitavo clube com maior permanência na competição.

Estádio

O Estádio Juan Carlos Zerillo, inaugurado em 1924, também conhecido como o «Estádio do Bosque», é o estádio do Club de Gimnasia y Esgrima La Plata. Com sua capacidade actual de 33.123 espectadores, resulta ser o estádio de futebol pertencente a um clube com maior capacidade da cidade.
Esta situado sobre a avenida 60 e sua intersecção com a rua 118 da cidade de La Plata, em pleno Bosque Platense, próximo ao bairro conhecido como «O Mondongo». O nome do estádio é uma homenagem ao ex-presidente do clube, Juan Carlos Zerillo, que comandou o Gimnasia y Esgrima de 1929 a 1931.

Alcunhas El Lobo ; Mens Sana ; Basurero

Site 

http://www.gimnasia.org.ar/

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