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Asociación Paraguaya de Fútbol

A seleção Paraguaia tem sua história iniciada em 1910, quando foi convidada pelo Hércules de Corrientes para um amistoso. Assim, um grupo de paraguaios foi até a Argentina enfrentar o clube, em jogo que terminou 0 a 0. A formação desse grupo foi a origem do que seria a organização de uma seleção nacional e da Federação Paraguaia de Futebol.
Em 1921, o Paraguai participou da sua primeira Copa América – a mais antiga competição oficial entre seleções do planeta – e em 1922 foi vice-campeão, perdendo o título para o Brasil na final. Era o início de um período de fortalecimento dos guaraníes, que acabaria em mais vice-campeonatos, em 1929, 1947 e 1949.
Em 1930, participou da primeira Copa do Mundo, realizada no Uruguai. Foi eliminada na primeira fase, com derrota para Estados Unidos e vitória contra a Bélgica. Seria a primeira de sete participações paraguaias em Mundiais e o início do primeiro período de sucesso da seleção. Só na década de 1950, além da Copa no Brasil, o Paraguai ainda participou da Copa da Suécia, em 1958 e conseguiu seu primeiro título. Em 1953, a Albirroja venceu a edição da Copa América jogada no Peru, com vitória na final sobre o Brasil por 3 a 2.

Passada a década de 1950, o futebol paraguaio passou longos anos sem frequentar Copas do Mundo e sem grandes resultados nas edições da Copa América disputadas. Foi só em 1979, 26 anos depois, que o Paraguai voltou a vencer uma Copa América, com um time que tinha Romerito, que viria a fazer sucesso no Fluminense anos mais tarde, no seu meio-campo. O time eliminou o Brasil de Falcão e Sócrates nas semifinais com uma vitória e um empate e bateu na final a seleção anfitriã, o Chile, com uma vitória por 3 a 0, uma derrota por 1 a 0 e um empate por 0 a 0.
O período longe das Copas continuou até 1986, quando o país conseguiu a classificação para jogar a Copa do México, depois de 28 anos sem aparecer em um mundial, contabilizando seis edições de ausência. Foi justamente neste retorno à Copa que o Paraguai conseguiu, pela primeira vez, chegar à fase de mata-mata da competição. Acabou eliminado pela seleção inglesa de Gary Lineker, artilheiro daquela edição do Mundial. Mesmo com a derrota, a volta dos paraguaios ao cenário internacional era para ser comemorada.
Depois de 1986, foram duas Copas de ausência até a França, em 1998. Com o Brasil previamente classificado como país campeão, o Paraguai classificou-se em segundo, atrás apenas dos argentinos, na primeira vez que o sistema de disputa das Eliminatórias Sul-Americanas foi por pontos corridos.
Na França, o Paraguai mostrou uma segurança defensiva acima da média. A começar pelo gol, onde José Luis Chilavert exercia sua liderança com personalidade forte. Pelo centro da defesa, Celso Ayala, do River Plate, e Carlos Gamarra, do Corinthians, dois dos jogadores que acabariam pode ser considerados destaques daquela Copa. Gamarra, inclusive, passou aquela Copa inteira sem cometer falta alguma, fato impressionante para um defensor. Outro jogador importante na linha defensiva paraguaia era Fracisco Arce, do Palmeiras, lateral direito de muita precisão nos cruzamentos e faltas. Todos comandados pelo brasileiro Paulo César Carpegiani.
O Paraguai parecia condenado naquele mundial logo no sorteio. Ficou no chamado “grupo da morte”, o D, que tinha a cabeça de chave Espanha, a forte Nigéria – campeões olímpicos dois anos antes – e a Bulgária, terceira colocada no mundial anterior. Enquanto a Nigéria bateu a Espanha na primeira rodada, o Paraguai empatou, sem gols, contra a Bulgária. Na segunda rodada, novamente um empate sem gols dos sul-americanos contra a desesperada Espanha. Na última rodada, uma vitória salvadora contra a Nigéria eliminou a favorita Espanha, deixou de lado a Bulgária, e fez Nigéria e Paraguai chegarem as oitavas de final tendo sofrido apenas um gol nos três jogos.
No jogo das oitavas de final da competição, contra os anfitriões franceses, o jogo permaneceu empatado em 0 a 0 até o segundo tempo da prorrogação. Àquela altura, o zagueiro Gamarra já tinha pedido para ser substituído, com dores no ombro. Carpegiani contou depois que se negou a tirá-lo, porque não havia jogador à sua altura para substituí-lo. O gol acabou acontecendo faltando apenas dois minutos para o final da prorrogação e de uma imprevisível cobrança de pênaltis.
O bom desempenho na Copa da França credenciou os paraguaios a serem considerados como a melhor defesa do mundo. O sucesso foi tamanho que essa geração paraguaia é considerada “a geração de ouro” do país, com jogadores ganhando prestígio no futebol europeu.
Na edição seguinte, o Paraguai chegou à mesma fase da competição. Em 2002, o adversário da Albirroja foi a tradicional Alemanha, outra seleção que chegaria à final, assim como foi à França em 1998. E mais uma vez o jogo foi difícil para os favoritos europeus contra os sul-americanos. O gol da vitória alemã por 1 a 0 foi marcado a dois minutos do final, por Oliver Neuville. A seleção paraguaia continuava mostrando sua consistência defensiva.
Em 2004, o Paraguai conseguiu outro feito importante para o futebol: uma medalha olímpica. Para chegar a Atenas, local dos jogos, La Albirroja simplesmente eliminou a Seleção com uma vitória por 1 a 0, quando o Brasil – de Robinho e Diego, comandados por Ricardo Gomes – precisava apenas do empate para ir aos Jogos. Mais do que isso, os paraguaios fizeram excelente campanha, com Carlos Gamarra como capitão da equipe e um dos jogadores acima dos 23 anos. O Paraguai chegou à final e foi derrotado pela Argentina de Carlos Tevez, mas trouxe na bagagem a primeira medalha olímpica do país.
Em 2006, a seleção não conseguiu chegar à fase do mata-mata na Copa da Alemanha, ficando atrás de Suécia e Inglaterra no grupo B. O grupo, já envelhecido e com Gamarra com 35 anos, não conseguiu manter o nível das duas Copas anteriores. Ainda assim, nas duas derrotas, para Inglaterra e Suécia, o placar foi apertado: 1 a 0.

Com poucos jogadores remanescentes da Copa de 1998 ainda atuando, foi preciso uma revitalização na seleção Albirroja. Aconteceu o processo natural: diversos jogadores que foram reservas na Copa de 2006 devem estar em 2010, agora mais experientes e com uma característica diferente do Paraguai da impenetrável defesa de 1998: o ataque.
Se aquela seleção se defendia como poucos e atacava muito mal, a seleção comandada pelo argentino Gerardo Martino tem no ataque o seu destaque. Além de Salvador Cabañas, artilheiro paraguaio nas Eliminatórias e que faz muito sucesso no América do México, o técnico ainda tem Nelson Valdez, Óscar Cardozo e Roque Santa Cruz, todos jogadores com boa capacidade técnica para formar uma linha de frente de respeito.
A defesa, se não tem nomes com a capacidade técnica de antes, continua consistente e terminou as Eliminatórias para 2010 como a segunda melhor com 16 gols sofridos em 18 jogos – atrás apenas do Brasil de Dunga, com 11. A geração de ouro pode ter chegado ao fim, mas deixou uma herança que os atuais jogadores têm a missão de manter: o lugar entre os grandes da América do Sul, fazendo frente à Argentina e Brasil. Levando em conta o que foi feito até agora, essa missão tem sido cumprida.

Site
http://www.apf.org.py/
 
Fonte
http://trivela.uol.com.br/Conteudo.aspx?secao=54&id=21300

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