Pular para o conteúdo principal

Sociedade Esportiva e Recreativa Caxias do Sul

O clube que viria a ser a Sociedade Esportiva e Recreativa Caxias do Sul (S.E.R. Caxias) surgiu em 10 de abril de 1935, resultado da fusão de dois clubes rivais, o Rio Branco e o Rui Barbosa, com a denominação de Grêmio Esportivo Flamengo.

Em 1947, o Flamengo foi campeão do Citadino de Caxias do Sul, em cima do Juventude em jogo emocionante na qual todos os jogadores e dirigentes se recordam muito bem. Humilharam o Flamengo dizendo que a equipe iria ser derrotada com a mão nas costas, ouvindo isso os jogadores ficaram enfurecidos e partiram em campo, determinados a vencer e foi isso o que aconteceu. O clube voltou a vencer o citadino ano seguinte e em 1953 também.

No ano de 1951, foi inaugurada a Baixada Rubra (hoje o Centenário) e com o passar dos anos, novas obras foram sendo acrescidas. O cercamento do campo com tela - uma novidade, porque até então só existia o parapeito, de madeira, - a construção das primeiras arquibancadas.

Na década de 60, o clube teve apenas um título importante o Campeonato Metropolitano de Porto Alegre. Mas nessa década o clube fez uma excurssão na Argentina, a viagem foi num DC-3, direto a Buenos Aires. Alguns dos times enfrentados não tinham grande força no futebol argentino, mas o então Flamengo jogou com equipes de maior expressão. O clube ganhou muito com a excursão, porque deixou na Argentina a melhor das impressões

Em 14 de dezembro de 1971, devido a dificuldades financeiras, o departamento de futebol uniu-se ao Juventude, que enfrentava situação semelhante. Essa união originou a Associação Caxias de Futebol, nas cores preto e branco, e durou até 1975. Em 17 de Outubro de 1975, uma assembléia votou a troca do nome e a volta da camisa com as cores do Flamengo. Em 28 de novembro do mesmo ano foi aprovada a reforma dos estatutos, com o que a Associação Caxias de Futebol ficava desativada e o Grêmio Esportivo Flamengo passava a se chamar Sociedade Esportiva e Recreativa Caxias do Sul - S.E.R. Caxias. Os empresários da cidade apoiaram financeiramente a equipe, desde que ela levasse o nome da cidade. Nessa mudança voltaram as cores tradicionais do Flamengo: o grená, o azul e o branco.

A construção do Estádio Centenário, em 1976, em sete meses, e a participação do time no campeonato brasileiro, representaram a primeira etapa no trabalho do então presidente e hoje patrono do clube, Francisco Stedile. Time e estádio eram condições fundamentais para a entrada do Caxias no grupo dos grandes clubes do futebol brasileiro.

Estádio pronto, time também, o Caxias iniciou sua participação no campeonato mais importante do país como o primeiro representante do interior do Rio Grande do Sul. Naquele ano, o Caxias estreou contra o Santos de Pelé, no Pacaembu. A competição reuniu 54 clubes e o Caxias terminou em 15º lugar, somando 25 pontos. No ano seguinte, o time grená voltou a ter um bom rendimento, ficando em 23º lugar entre 62 equipes. Em 1978, o Caxias teve seu melhor desempenho no campeonato nacional. Numa competição que reunia 74 equipes, o Caxias ficou com a 10º colocação, e por pouco não chegou às quartas de finais.

Em 1991 o Caxias disputou sua primeira Copa do Brasil. Em 1996, conquistou a Copa Daltro Menezes e, em 1998, a Copa Ênio Andrade, lhe dando o direito de disputar a Copa Sul de 1999.

Contudo, foi em 2000 que o clube conquistou o principal título da sua história. Mas a conquista começou muito antes da estréia no Gauchão 2000. O primeiro passo foi dado ainda em janeiro de 1999, quando o clube decidiu apostar no trabalho de longo prazo. A final do Campeonato Gaúcho de 2000 foi contra o Grêmio Foot-ball Porto Alegrense. Na primeira partida da final, dia 14 de junho, no Centenário, o Caxias fez 3 a 0. O jogo da volta, marcado inicialmente para um domingo, foi adiado por causa da chuva. Com uma excelente vantagem, o Caxias entrou em campo numa quarta-feira, dia 21 de junho, para sagrar-se campeão. Foi o que aconteceu. A Capital dos gaúchos ficou tomada pelo grená, branco e azul do clube serrano.

Em 2001, o Caxias chegou bem perto de retornar para a 1a Divisão, terminando em 3º lugar (classificavam-se 2 clubes) na Série-B. Foi desclassificado após jogo tumultuado contra o Figueirense, em Florianópolis (SC), quando a partida terminou antes do tempo regulamentar devido a uma invasão da torcida local.

No ano de aniversário dos 70 anos do clube (em 2005) não houve muito o que comemorar, porque foi rebaixado ao Campeonato Brasileiro Série C em 2006, em 2006 nesta vez na Série C o clube foi eliminado precocemente repetindo isso em 2007.

Com a conquista da Copa Amoretty em 2007, o Caxias sagrou-se tricampeão de Copas organizadas pela Federação Gaúcha de Futebol. Em 1996 conquistou a Copa Daltro Menezes e em 1998 a Ênio Andrade. O clube havia conquistado antes a Copa Daltro Menezes (1996) e a Copa Ênio Andrade (1998).

A conquista do Tricampeonato da Copa FGV foi dramática, pois o Caxias venceu a primeira partida da final contra o Brasil de Pelotas no Estádio Centenário por 1 a 0, perdeu a segunda no estádio do adversário pelo mesmo placar, vindo a conquistar o título após vencer a disputa de pênaltis, por 4 a 2 com os ingressos do Estádio Bento Freitas esgotados um dia antes da partida, mas com cerca de 800 torcedores do Caxias presentes para apoiar o time em Pelotas.

Em 2008, o clube participa da Série C novamente, a meta inicial era garantir vaga na nova Série C de 2009, para depois pensar na vaga para a Série B. A equipe passou da Primeira Fase, mas não da Segunda e perdeu a chance de se classificar na última rodada, o time caxiense tinha que vencer e o Brasil de Pelotas perder. Mas acabou não acontecendo e deixou a vaga para o time pelotense.

Mas a desclassificação não foi ruim para o clube, isso porque fez a 3ª melhor campanha da 2ª Fase, sendo que os quatro melhores se classificavam para a Série C 2009, isso garantiu o Caxias na nova Série C.

Escudo

Criado nas cores Grená, Branco e Azul, o distintivo da S.E.R. Caxias do Sul possui especial identificação com a cidade. Formado por uma roda dentada de nove dentes, com um deles apontados para o norte, simbolizando a força da metalurgia da Região da Serra Gaúcha, tem seu interior dividido em três partes, na superior as letras S.E.R., na intermediária a palavra “CAXIAS” e na parte inferior os dizeres “DO SUL”. Traz o nome da entidade, da cidade, o resgate das cores do Grêmio Esportivo Flamengo, sendo a cor Grená uma homenagem à uva, com amplo cultivo na região, e ao vinho, bebida típica do imigrante italiano, colonizador da cidade.

Títulos

Campeonato Gaúcho: 2000.
Campeonato Gaúcho - 2ª Divisão: 1953
Copa FGF: 2007.
Campeonato Citadino de Caxias do Sul: 5 vezes (1937, 1942, 1947, 1948 e 1953).
Campeonato Metropolitano de Porto Alegre: 1960.
Copa Daltro Menezes: 1996.
Copa Ênio Andrade: 1998.

Estádio

O Estádio Francisco Stedile, popularmente chamado de Centenário, é um dos maiores e melhores estádios do país.

Concluído em apenas seis meses pelo ex-presidente e patrono do clube, Francisco Stedile, o Centenário serviu de passaporte para o clube disputar a série A do Campeonato Brasileiro de 1976, tornando-o pioneiro no interior do Rio Grande do Sul.

No dia 12 de setembro de 1976 houve a partida inaugural do Estádio Francisco Stedile. Na oportunidade, o time grená venceu o Sport Club Internacional por 2 a 1. O primeiro gol do Centenário foi marcado por Osmar, jogador do Caxias, em cobrança de falta.

No dia 15 de setembro de 1976, houve a inauguração dos refletores num empate em zero a zero com o Palmeiras. Essa partida marcou até hoje um dos maiores públicos em um jogo de futebol na cidade de Caxias do Sul, aproximadamente 30 mil torcedores.

Atualmente, o Estádio tem capacidade total para 27.538 espectadores, disponível com arquibancadas, cadeiras, camarotes, mezaninos e cabines de imprensa. Há local para estacionamento e inúmeras salas, utilizadas para atividades do clube.

Hino

Letra: Dirceu Antônio Soares
Música: Antônio Messias e Dirceu Antônio Soares


Ser Caxias é ser desportista
E um bravo honrador da história
Seguir sempre com muita justiça
A longa impávida senda da glória
O passado, o suor e a esperança,
Um presente de glória e emoção
Jubilando os nossos desportos, consagrados
por esta nação.

Meu sangue é grená e azul
Aliado ao branco pureza
Me dá vida e orgulho, ô Caxias
A minha alegria é a tua grandeza.
Ô bandeira em punho desfraldada
Tu hás de muito brilhar
nosso povo cheio de fervor
Na alegria ou na dor há de sempre gritar...

Mascote

A S.E.R. Caxias do Sul possui dois mascotes oficiais, o Falcão e o Bepe.

Falcão - Inspirado nas cores do clube, o Falcão é o mascote que batizou o antigo Centro de Treinamento (Ninho do Falcão) e uma das categorias de sócios (Falcão Grená). Em 2005, com o lançamento de selo comemorativo aos 70 anos, o Falcão Grená acabou por inspirar o cartunista Iotti que desenhou o selo com o Falcão Grená e os distintivos da S.E.R. Caxias do Sul e do G.E. Flamengo.


Bepe - Cria do cartunista Iotti, surgiu nos anos 90, popularizando-se rapidamente. Inspirado pelas características do imigrante italiano que colonizou a região Nordeste do Rio Grande do Sul. Fanfarrão e irônico, preza as coisas boas da vida: mesa farta, vinho (bordô, é claro), estádio lotado (com muitas ragazzas, lógico) e grandes jogos.


site : http://www.sercaxiasdosul.com.br

Postagens mais visitadas deste blog

Sport Club Germânia

O futebol foi o motivo da fundação do Sport Club Germania em 7 de setembro de 1899, quando o jovem alemão Hans Nobiling reuniu seus companheiros para criar uma agremiação que servisse à colônia alemã, inspirada no clube Germania de Hamburgo. Além de Hans Nobiling participaram da fundação do clube, os irmãos Wahnschaffe, A. Ravache, 0. Behmer, Guilherme Kawall, Jorge Riether, Witte, Ernst Deininger e outros. Antes da aquisição do terreno atual, os treinos passaram por campos alugados no Bom Retiro, Mooca e no Parque Antártica. Dois anos mais tarde, esse clube viria a ser um dos criadores da Liga Paulista de Futebol. Já em 1903, o Germania, o Internacional, o São Paulo Athletic, o Mackenzie College e o Clube Athlético Paulistano formavam os cinco grandes do futebol paulista. Nesse mesmo ano, quando os treinos na Chácara Dulley já haviam sido transferidos para a Chácara Witte - ambas no Bom Retiro, berço do futebol paulista - o Germania surgiu com a primeira surpresa do campeonato e

FC Tokyo

FC Tokyo é um japonês associação de futebol do clube jogando em J. League Division 1. Sua cidade natal é Tokyo Prefecture. A equipe é um dos apenas quatro da J. League para ser simplesmente chamado Football Club sem um nome estendido. A equipe começou como uma equipe da empresa, Tokyo Gas Football Club .  Sua primeira aparição nas ligas nacionais foi em 1991, a última temporada do velho Japão Soccer League. [2] Com a adição do futebol brasileiro jogador Amaral eo gerente Kiyoshi Okuma no comando, o time tornou-se gradualmente competitivo e em 1997, a equipe terminou em segundo, ganhando a JFL campeonato do próximo ano.No entanto, no momento em que a equipe não tinha as qualificações necessárias para uma promoção para a liga J1 e assim ficamos em J2. Depois disso, em 1 de Outubro de 1998, empresas como a Tokyo Gas, TEPCO, AMPM, TV Tokyo e Cultura Conveniência Clube, criar uma empresa conjunta Tokyo Football Club Companhia com o objetivo de tornar a equipe elegível para a adesão ao J.

Real Valladolid Club de Fútbol

O Real Valladolid é um clube da cidade de Valladolid que surgiu em junho de 1928 depois da fusão de outras duas equipes: a Real Uniõn Deportiva e o Club Deportivo Español. Como originou-se logo no início da profissionalização do futebol espanhol, o clube sequer foi cogitado para integrar a divisão principal do Campeonato Espanhol, em 1929. O primeiro acesso à elite aconteceu apenas em 1947/48. E não foi uma ascensão simples. Logo no primeiro ano entre os melhores do país, o Valladolid conseguiu ficar com o vice-campeonato da Copa da Espanha, perdendo a final para o basco Athletic Bilbao. Após esse momento de auge, o Valladolid teve uma seqüência de desempenhos medianos e se manteve na primeira divisão por dez anos consecutivos. Isso porque, em 1957/58, o time decepcionou, ficou na 15ª posição e foi rebaixado para a divisão de acesso. A ausência não durou muito, e logo na temporada seguinte o Valladolid ascendeu novamente à elite. No início da década de 1960, depois de alternância