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Operário Futebol Clube Ltda

Há exatos 58 anos, após o Bispo Bom Antônio Aragão presentear com um jogo de camisas, uma equipe formada com os melhores jogadores de Várzea Grade, nascia o Clube Esportivo Operário Várzea-Grandense (CEOV). O jogo de estréia foi contra a equipe do Palmeiras, quando foi usado um uniforme nas cores vermelha,branca e verde. A partida foi disputada no antigo Círculo Operário, na Rua da Independência, centro de Várzea Grande (no local funciona hoje, a Conferência da Igreja Nossa Senhora do Carmo). Os heróis do jogo foram: Benedito “Sapateiro”, Assis, Ciro, Rubens dos Santos, Caetano, Boava (autor do gol), Simão (Cháfia), Alberto (Gonçalo), Lindolfo e Nono “Sapateiro”. O nome surgiu por causa do dia da fundação, dia 1° de maio. Daí, o nome Operário.

O primeiro presidente do Operário foi o Sr. Luís Vitor da Silva que ainda hoje vive na lendária Av. Couto Magalhães, centro de Várzea Grade. Luís tinha na retaguarda Joaquim Santana Rodrigues, Lamartine Pompeo de Campos, Oldemar Pereira, Mestre Dario, Manuel Mendes de Oliveira e Manuel Santana.

Na época, as partidas eram disputadas nos estádios Gonçalo Botelho de Campos e Presidente Eurico Gaspar Dutra, o Dutrinha. O futebol não profissionalizado, sendo disputado apenas na categoria amador. Foi uma fase de ouro, com o “Chicote da Fronteira” conquistando o tricampeonato de forma invicta nos anos 1953, 1954 e 1955.

Uma curiosidade foi o campeonato de 1955, o tricolor chegou ao titulo reforçando seu elenco com três jogadores contratados junto ao seu maior rival da época, o Industrial Esporte Clube Porto; Tatu, Tidinho e Bastilo. O Operário foi apelidado de “Pequeno Davi” pelo radialista Jota Alves, após empate heróico contra o poderoso Clube Atlético Mato-Grossense, gol marcado por Isaac Nassarden, em cobrança de pênalti.

Em 1955, depois de participar da função do Operário e ainda jogar no meio-de-campo do time, Rubens dos Santos assumiu a presidência do “Chicote da Fronteira”. Era uma época difícil, nos dois anos seguintes, o campeonato amador ficou paralisado e o “Velho Guerreiro” teve que levar o time a disputar vários amistosos com times locais e de outras cidades.

Em 1958, aconteceu um fato que mudaria para sempre a história do Operário. O clube se filiou a FMD (Federação Mato-Grossense de Desportos), passando a disputar com as equipes consideradas ponta em Mato Grosso, fato que creditou Rubens dos Santos a ser considerado um ícone na história do clube, colocando o Operário no seleto das equipes profissionais do Estado. Craques revelados em Mato Grosso e contratados junto à equipe de Várzea Grande passaram a “ditar as regras” do futebol mato-grossense por muitos anos.

Em 1967, o Operário conquistou o seu primeiro título de campeão mato-grossense de futebol profissional, repetindo a proeza no ano seguinte, conquistando o primeiro bicampeonato.

Em 1972/73 sob o comando de Rubens dos Santos e Ingo José Klein, respectivamente, novamente o time de Várzea Grade levou o bicampeonato. Foram os únicos títulos conquistados pelo Operário antes da divisão de Mato Grosso.

Era o ano de 1974 e Rubens dos Santos havia assumido novamente a presidência do clube e conseqüentemente, contratado os mais diversos atletas para disputar o campeonato do ano seguinte. Paulo Vítor, goleiro que aprendeu com o mestre Carlos Pedra, antigo goleiro e atual treinador da posição do tricolor, e que obteve a consagração no Fluminense do Rio de Janeiro, sendo tricampeão carioca (1983-84-85) e brasileiro em 1984, além de disputar a Copa do Mundo em 1986 no México, como reserva de Carlos Gallo (Corinthians) e João Carlos uma espécie de coringa do time. Apesar de formar grandes equipes e de ter boas participações, o primeiro título do Operário depois da divisão de Mato Grosso só veio acontecer em 1983, juntamente em cima di Mixto Esporte Clube, quem em 1981 e 1982, havia derrotado o tricolor na final. A presidência do tricolor era ocupada por Branco de Barros. Entre os craques, estavam: Mão de Onça, Caruzo, Laércio, Juarez, Panzarillo, Manfrini, Bife, Adalberto, Mosca, Ivanildo, Malaquias.

Dois anos depois, veio a inédita conquista do tricampeonato em 1985/86 e 87 com o radialista e jornalista Edvaldo Ribeiro. Todas as finais foram disputadas contra o arqui-rival Mixto, que até hoje lamenta a perda de três títulos consecutivos para o Operário. O “Chicote da Fronteira” ainda conquistaria os títulos estaduais de 1994, 1995, 1997, 2002 e 2006.

Mesmo sendo campeão mato-grossense por oito vezes até então, a década de 80 marcou o início do declínio do Operário, que hoje vive uma situação ainda muito pior. A história mostra que após Rubens dos Santos ter deixado a presidência, o clube não obteve nenhum progresso. Pra se ter uma idéia, na época foi adquirida uma grade área nas proximidades onde hoje se encontra a ponte Sergio Motta, e que seria usada para construção da tão sonhada Vila e a Sede Social no centro de Várzea Grade, onde encontra-se praticamente em ruínas. Um clube que tinha total estrutura, hoje nem mesmo um campo próprio para treinar.

Devido as dívidas, em 1994, o Clube Esportivo Operário Varzea-grandense, altera o nome para Esporte Clube Operário, ganhando três títulos.Porém após oito anos, o clube voltou a ativa após o licenciamento para ocupar novamente a sede da rua Benedito Leite e é favorito ao título. O clube havia decretado o seu fim que devido às inúmeras dívidas e abrindo espaço para o surgimento do Esporte Clube Operário. Ganha o título de 2002, e em 2005, muda novamente o nome para Operário Futebol Clube Ltda.

Um jogo do Operário tomava as dependências do Dutrinha e no estádio Governador José Fragelli, o Verdão, era raro quando não se levava 30 mil apaixonados torcedores de Várzea Grande, Cuiabá e até outras cidades, que vinham para a capital em caravanas de ônibus e carros próprios. Hoje, para alcançar a marca de 15 mil torcedores, só mesmo o tricolor chegando a uma final de estadual ou disputando alguma partida com uma equipe do eixo Rio-São Paulo pela Copa do Brasil.

Títulos

Campeonato Mato-Grossense: 14 vezes (1964, 1967, 1968, 1972, 1973, 1983, 1985, 1986, 1987, 1994, 1995, 1997, 2002 e 2006).

Copa Governador de Mato Grosso: 2005.

Hino

Reparem como é bonita
essa camisa vermelha, branca e verde.
Vermelho representa nossa garra,
o branco nossa paz e nossa sorte,
o verde simbolizando nossa esperança
na grandeza do esporte.

O nosso time é mesmo bom bola
e torcida se inflama quando vê o tricolor.
O nosso time é a verdadeira escola,
verdadeiro campeão com seu rolo compressor

Operário várzea-grandense,
time do meu coração
Operário, Operário
Tem vibra, tem valentia,
tem tudo de campeão.

Estádio

Estádio José Fragelli, ou Verdão, é um estádio de futebol de Cuiabá (Mato Grosso), que atende a vários times do Estado.

Iniciado em 1973, e com capacidade prevista para 50 mil pessoas e projeto arquitetônico de Silvano Wendel, o Verdão foi motivo de duras críticas à administração de Fragelli. Orçado em Cr$ 1.200.000,00, moeda da época, a obra que foi iniciada no Governo José Fragelli, seria finalmente concluída em 1976, já na administração José Garcia Neto.

No dia 12 de março de 1975, a equipe do Fluminense e a Seleção de Cuiabá se enfrentaram na partida que comemorava a conclusão parcial das obras, quando na oportunidade a equipe de Cuiabá entrou para a história balançando pela primeira vez as redes do “Verdão”. No ano seguinte, 8 de abril, o estádio era finamente concluído com a presença do Flamengo e um quadrangular entre os clubes da capital, Mixto, Operário e Dom Bosco, assistido por mais de 44 mil torcedores.

Mascote

Chicote da Fronteira





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