Em 1944 o maior rival do Bragantino no futebol era a equipe amadora do Bragança Futebol Clube. Neste ano o time chegou a contratar alguns atletas importantes da capital para poder derrotar seu "inimigo" número um.
Mesmo com uma equipe teoricamente inferior, o Bragantino derrotou o Bragança e como forma de homenagear o clube, Cícero Marques, então presidente do Bragantino, mandou fazer um quadro com a figura do Leão. Desde então o animal virou a mascote do clube.
Iniciou sua trajetória como equipe profissional na Segunda Divisão do Paulista de 1949. Depois de 15 anos de tentativa de acesso, o Bragantino foi o campeão da Segundona em 1965. Em 1966 ,na primeira participação na Primeira Divisão, ocupa o último lugar e é rebaixado. Após 22 anos, em 1988, é campeão paulista da Segunda Divisão. No ano seguinte, foi campeão brasileiro da Segunda Divisão, conquistando vaga na elite nacional.
Naquela fase de sucesso, no início da década de 90, o Bragantino, de Bragança Paulista, terra com tradição na indústria de lingüiças, ganhou o apelido de “Lingüiça Mecânica”, paródia da “Laranja Mecânica” (nome do filme que deu origem ao apelido da famosa seleção da Holanda, na Copa do Mundo de 1974, também chamada de carrossel holandês). Os técnicos Vanderlei Luxemburgo e Carlos Alberto Parreira fazem parte da história do Bragantino, que tem a família Chedid em sua história, desde Hafiz Abi Chedid como seu primeiro presidente.
Outro curiosidade é a camisa “carijó”. O atual presidente, Marcos Antonio Nassif Abi Chedid, filho de Nabi, queria algo novo para o Campeonato Brasileiro, depois de o time ter conquistado o título do Paulista de 1990, com Luxemburgo. A camisa, de toda branca, foi desenhada então com desenhos em losangos e trapézios, para um efeito tridimensional, com a cor prata, além do preto e branco. O apelido da camisa, de “carijó”, apareceu com o tempo. No ano de 2007, acima da estrela do distintivo foi colocada a frase Eternamente Nabi”, em homenagem a Nabi Abi Chedid, que faleceu em 2006.
Em 1990 o Braga estreava na Elite do Futebol Nacional, terminando na honrosa oitava colocação dos 20 Clubes que disputaram essa edição. No entando isso não foi o melhor do ano; no Campeonato Paulista, a equipe comandada pela até então revelação dos Técnicos, Wanderley Luxemburgo e por uma constelação de craques como Lateral Direito Gil Baiano e o Volante, futuramente Campeão Mundial na Copa de 1994 pela Seleção Brasileira, Mauro Silva, enfrentaria o Novorizontino na "final caipira" jogando por dois resultados iguais, e foi o que aconteceu: 0x0 no primeiro jogo e 1x1 no segundo - e como foi dito, esses dois resultados sagraram o Clube Atlético Bragantino como Campeão Paulista da 1ª divisão de 1990 - se tornando o segundo time do Interior a conquistar o certame, seguindo a Internacional de Limeira que fora campeã em 1986.
No ano de 1991 o Braga tinha perdido seu principal destaque, o treinador Wanderley Luxemburgo, no entando a peça de reposição foi à altura; o clube de Bragança Paulista contratou ninguém menos que Carlos Alberto Parreira para o cargo de treinador - o elenco foi preservado e esse planejamento deu resultado; após terminar em terceiro lugar na primeira fase do Brasileirão de 1991 o time se classifica para as Semifinais do nacional daquele ano; enfrentando o Fluminense do Rio de Janeiro, que havia se classificado no quarto lugar após uma virada de mesa ganhando pontos de um jogo interrompido e passando o Corinthians na classificação.
O Massa Bruta enfrentou e eliminou o Tricolor Carioca no Maracanã e classificou para a Grande final, ficando frente a frente contra o Tricolor Paulista; o São Paulo - que eliminara o Altético Mineiro - em dois jogos; o primeiro no Estádio Cícero Pompeu de Toledo, o Morumbi que terminou 1 a 0 para o time da capital, gol de Mário Tilico. O segundo e decisivo jogo foi em Bragança Paulista, no Estádio Marcelo Stéfani, onde o Braga precisando da Vitória saiu para o jogo, acuando o São Paulo na defesa durante os 90 minutos, no entando o Alvinegro não conseguiu furar a zaga adversária e acaba empatando em 0 a 0 e deixa o título na Mão do São Paulo.
No ano de 1992 o Bragantino continuou com apresentações boa, terminando o Campeonato Brasileiro na fase de classificação em 3ª, indo assim para a segunda fase da época; onde foram criados dois grupos de quatro clubes cada. No grupo do Massa Bruta estavam também Botafogo, Cruzeiro e Corinthians, segundo o regulamento apenas o Campeão da Cada grupo se classificaria para a final, e deste grupo o primeiro foi o Botafogo. Reza a lenda que se o Campeonato Brasileiro de 1992 fosse pelo sistema de Pontos Corridos o grande campeão seria o Bragantino.(Fonte; Placar)
Neste mesmo ano o clube faz sua estréia em Competições internacionais, jogando a Copa CONMEBOL; empatando os dois jogos contra o Grêmio e sendo desclassificado nas Penalidades máximas alternadas por 6 a 7. Nos anos de 1993 e 1994 o Bragantino continua com campanhas regulares; nos Brasileiros termina em 19º em 93, fruto do confuso regulamento desta edição, e em oitavo no ano de 1994. E acaba sendo desclassificado novamente na primeira fase da Copa CONMEBOL, pelo Botafogo no primeiro ano citado.
Já o ano de 1995 está dividido, pois no Campeonato Brasileiro pode se enquadrar nos "Anos Dourados de Bragança" já que clube termina na boa sexta posição, mas ao mesmo tempo o time cai para a segunda divisão do Campeonato Paulista. Abre-se um parenteses nesse periódo de tempo para a participação do Bragantino pela terceira vez na Copa CONMEBOL, onde o clube consegue eliminar o Palmeiras de 1996, o dos cem gols, goleando por 5 a 1 na primeira partida. Já na segunda fase o Braga é eliminado por detalhes pelo Independiente Santa Fé com um resultado adverso de 1 a 0 na Colômbia.
Em 1995 o Bragantino faz campanha pífia no Campeonato Paulista e acaba sendo rebaixado para a Série A2 do futebol estadual, inciando assim a decadência do clube no futebol paulista. No Campeonato Brasileiro, no entanto, a equipe conquistou um surpreendente 6o. lugar na classificação final, atrás apenas de Botafogo (o campeão daquele ano), Santos, Fluminense, Atlético-MG e Palmeiras. Nesse campeonato, o Braga teve como principal destaque o meia Kelly.
No ano seguinte, 1996 o Braga termina em último no Campeonato Brasileiro, sendo assim teoricamente rebaixado para a Série B junto com o Fluminense, no entanto surge um suposto esquema de favorecimento de arbitragens nesta edição do certame nacional. Numa manobra já costumeira de proteger os clubes grandes, a CBF, antes mesmo de se tirar alguma conclusão concreta sobre o caso, anula o Rebaixamento do Tricolor Carioca, e consequentemente também do Bragantino.
Em 1997 o Bragantino por meio dessa manobra disputa novamente o Campeonato Brasileiro da Série A, terminando em 22º, escapando do rebaixamento pelos critérios de desempate, pois o Bahia que terminara em 23º tinha o mesmo número pontos que o Alvi-negro. No entanto em 1998 o inevitável acontece; o time termina em penúltimo, apenas a frente do América-RN e cai para a Série B do Campeonato Brasileiro.
Com a penúltima colocação o Bragantino volta depois de 8 participações consecutivas na 1ª divisão para a série B do Campeonato Brasileiro; amargando as consequências da má administração e também da Lei Pelé, a "assassina dos pequenos".
Na "estréia" em 1999 o Braga termina na 12º colocação, bem no meio da tabela de 22 clubes. Apesar disso, a equipe manteve reais chances de classificação até a penúltima rodada, quando, precisando da vitória para se manter com chances de classificação para a fase decisiva, o Bragantino foi humilhado pelo Sampaio Corrêa, um dos últimos colocados na tabela de classificação, por 5x0, em pleno Marcelão. Na última rodada ainda venceu o Paysandu por 1x0 em Belém, mas o resultado não foi suficiente para classificar a equipe.
Em 2000 com a Copa João Havelange as divisões são anuladas e o clube passa a pertencer ao módulo amarelo. Como não havia rebaixamento, o clube fez uma péssima camapanha e terminou em 30º deste módulo. Em 2001 a campanha de 1999 é repetida, o time fica novamente no meio da tabela, em 16º de 28 clubes, com uma campanha irregular - a equipe vencia a maioria dos jogos em casa, mas era facilmente derrotada como visitante - tendo como exemplo derrotas para o Joinville por 4 a 0 e para o União São João de Araras por 5x2. Este foi o último campeonato em que alguns dos antigos ídolos do clube jogaram juntos: Mazinho, Sílvio, Alberto, João Santos, Gil Baiano e Pintado, sob o comando técnico do ex-zagueiro e capitão Nei. A desclassificação marcou o fim da vitoriosa geração.
No ano de 2002 o time dá o último suspiro; disputa a série B do Brasileiro pela última vez. Terminando em último lugar, com 17 pontos de 75 disputados. E aí a "morte" do clube de Bragança Paulista parecia ter sido decretada.
Com a queda da Série B de 2002 o Bragantino garante classificação automática para a série C de 2003; o que seria a "última" chance do time, pois os critérios de classificação para o Campeonato brasileiro são as posições nos Campeonatos Estaduais da primeira divisão, e devemos lembrar que o Braga ainda amargava os grupos inferiores do Futebol Paulista.
O time começa bem, campeão de seu grupo na primeira fase, vai passando as próximas fases com boas apresentações até chegar à quinta fase - uma espécie de semifinal, pois sairiam os quatro classificados para a última fase - onde enfretaria o Santo André, com um confronto épico, na primeira partida no ABC o Santo André acaba goleando o Braga por 4x1; mas na volta em Bragança o Massa Bruta faz 3 a 1 e quase reverte o resultado ruim da primeira partida e termina em 6º de 93 clubes na classificação geral.
No entanto esta fora a última chance na época, pois o acesso a série A1 do Paulista, onde poderia novamente lutar pela Série C do Brasileiro estava muito distante.
2005 - Consegue o retorno a primeira divisão paulista.
2006 - Mantém-se na primeira divisão, terminando em 14º lugar.
2007 - A volta por cima, disputa as semifinais do campeonato paulista, sendo eliminado por dois 0 X 0, pelo campeão Santos. No segundo semestre, sagra-se campeão brasileiro da Série C.
Títulos
Campeonato Brasileiro - Série C: 2007.
Campeonato Paulista: 1990.
Campeonato Paulista - Série A2: 2 vezes (1965 e 1988).
Campeonato Paulista Segunda Divisão B2: 1979.
Estádio
O Estádio Marcelo Stéfani foi construído no local que abrigava uma plantação de batatas. Inicialmente, não dispunha lugar para mais de 1.500 pessoas e, hoje, tem capacidade para 25 mil. Sob o gramado foram compactadas aproximadamente 80 centímetros de terra e mais um colchão de cerca de um metro e 15 centímetros de espessura de palha de café. Da troca de idéias de Nabi Abi Chedid, quando da construção do estádio, com um plantador de batatas foi tomada a decisão – na época polêmica – pela palha, já que a terra era boa, fertilizada, mas com drenagem difícil. A grama nunca precisou ser replantada. E nunca o campo do Bragantino chegou a ser interditado por causa de chuva.
Atulamente passa por uma reforma estrutural, com a construção de um novo saguão, bares e restaurantes, instalação de rede WI-FI( 1º estádio do Brasil ), novos camarotes, novas instalações paras os profissionais da imprensa, novos banheiros, sem falar na cobertura parcial da arquibancada e do reforço da sustentação do estádio. Presente de aniversário de 80 anos do Bragantino para sua torcida.
Hino
(Sapo e Renato Silva)
Braga é campeão
É o alvinegro em ação
Bragança toda se inflama
Massa Bruta, campeão
Na força de uma raça
Na luta já vencida
Ergamos sempre uma taça
Avante, fiel torcida
Bragantino, o melhor
Primeiro em emoção
No campo é o maior
Arrebenta coração
Defesa bem guardada
A arte dentro do campo
Velocidade no ataque
E a bola entrando no canto
Olê, olê, olê, olá
A Massa Bruta só joga pra ganhar
Vamos lá, rapaz
Vamos lá, menino
Venham, vamos todos
Futebol é Bragantino.
Mascote
Leão
Site
http://www.urbo.com.br/bragantino