Falar de futebol dos Estados Unidos remete imediatamente ao que chamamos de futebol americano. O país, porém, teve o futebol jogado desde o começo de sua história, ainda como colônia. Os britânicos jogavam o que daria origem ao futebol moderno, sem as regras que conhecemos atualmente, mas no mesmo estilo jogado na Inglaterra. As primeiras disputadas de futebol relatadas nos Estados Unidos são entre as faculdades do nordeste do país. Em 1827, foi estabelecido em Harvard um jogo de futebol, jogado toda primeira segunda-feira do ano escolar.
O futebol nos Estados Unidos, assim como aconteceu no Brasil, era um jogo das classes altas. Era jogado apenas por alunos de escolas e faculdades. O Oneida Soccer Club é considerado o primeiro time de futebol do país, formado em Boston em 1862. Esse é considerado o primeiro clube de futebol fora da Inglaterra, antes mesmo da formação dos times escoceses.
A história mostra que o primeiro jogo internacional jogado fora do Reino Unido foi nos Estados Unidos - Canadá 1 a 0 nos Estados Unidos, em 1885, jogando em Newark, New Jersey. O jogo, porém, não é reconhecido pela Fifa – Argentina e Uruguai, em 1901, é oficialmente o primeiro jogo internacional fora da terra da rainha.
Em 1886, Estados Unidos e Canadá se enfrentaram novamente – outra partida não reconhecida oficialmente – e desta vez os ianques venceram por 1 a 0, devolvendo a primeira derrota que tinha sofrido. Em 1904, os Estados Unidos participaram das Olimpíadas com dois times de universidades, ganhando a medalha de bronze e uma de prata, em um torneio de apenas quatro times.
Foi só em 1913, porém, que foi fundada a federação de futebol do país, a US Soccer, que rapidamente se afiliou à Fifa. Para a entidade, porém, o primeiro jogo internacional envolvendo os norte-americanos foi em 1915, quando, já com a alcunha de US. Soccer, enfrentou a Suécia, em Estocolmo. É também a primeira vitória oficial: 3 a 2.
A história do futebol nos Estados Unidos mostra que a primeira liga foi fundada na década de 1920, mas que assim como outros esportes, foi derrubada pela crise financeira da grande depressão. Foi justamente depois desse período que o basquete, por exemplo, se estabeleceu com a fundação da NBL, depois a NBA. O futebol não seguiu o mesmo caminho. A liga de futebol não conseguiu renascer com a mesma força, e raramente era jogada fora de grupos étnicos – especialmente de europeus.
A falta de uma liga profissional no país é um dos pontos-chave para o desenvolvimento lento do esporte no país. A concorrência com outros esportes que se estabeleceram também inibiu o crescimento do futebol. Outra tentativa de criação de uma liga profissional aconteceu na década de 1960, mas novamente foi mal sucedida. A liga foi à falência e não conseguiu se adequar às regras da Fifa, já bem estabelecidas à época. Diferente da American Soccer League, da década de 1920, que foi uma das mais importantes do mundo no período, mas que acabou destruída pela crise financeira.
Nos anos 1970, a contratação de astros como Pelé, Beckenbauer e Carlos Alberto Torres colocou holofotes sobre o futebol norte-americano e conseguiu chamar a atenção do público. Em um jogo de playoff de 1977, envolvendo o Cosmos de Pelé e Ft. Lauderdale, no Giants Stadium, o público foi de 77.691 pessoas. Os gastos excessivos com as estrelas internacionais, combinada com os baixos públicos nos estádios na temporada regular, culminou com a falência dos clubes, um após o outro, minando as boas ideias da liga de futebol para promover o futebol no país.
Foi só em 1996 que uma liga americana de futebol conseguiu se estabelecer de fato. A Major League Soccer ganhou apelo de televisão, fórmula de disputa atraente aos americanos e contratação de astros, normalmente veteranos, como Carlos Valderrama, Cuauhtémoc Blanco e Cláudio Lopez. Atualmente, o astro maior é David Beckham, do Los Angeles Galaxy, que tem também o mais importante jogador da seleção norte-americana: Landon Donovan. Ambos, porém, estão emprestados ao futebol europeu (Milan e Everton, respectivamente) por uma das falhas da MLS: o calendário, adequado aos esportes americanos, mas fora de qualquer padrão do futebol mundial.
Se no âmbito de clubes o México é muito melhor sucedido do que os Estados Unidos, em termos de seleção nacional os dois podem ser considerados do mesmo nível. Tanto que a seleção ianque foi à Copa das Confederações em 2009 e conseguiu eliminar a Esopanha, campeã europeia, na semifinal, e engrossou o caldo do Brasil na final – tomou uma virada no segundo tempo, depois da sair vencendo por 2 a 0.
Um dos jogos mais importantes na história da seleção dos Estados Unidos, é, sem dúvidas, a vitória sobre a Inglaterra, na Copa do Mundo de 1950, no Brasil. A partida, jogada no Estádio Independência, em Belo Horizonte, marcava a vitória dos colonos contra a metrópole. Mais do que isso: os amadores norte-americanos contra os inventores do futebol e uma das seleções temidas no mundo.
Depois da Copa do Mundo no Brasil, a seleção dos Estados Unidos ficou 40 anos sem participar de um Mundial. Foi só na Itália, em 1990, que voltou a figurar no torneio. A participação, porém, foi pífia. Derrotas por 5 a 1 para a Tchecoslováquia, 1 a 0 para a anfitriã Itália e 2 a 1 para a Áustria. Eliminação na primeira fase, sem sequer um ponto marcado.
O Mundial seguinte, em 1994, seria realizado nos Estados Unidos. O país se preparou para receber a maior festa do futebol e queria fazer um bom papel jogando em casa. Por isso, trouxe o técnico Bora Milutinovic, que tinha treinado outros dois times em Copas do Mundo – México em 1986 e Costa Rica em 1990. E a seleção norte-americana participou de um jogo que culminaria em um dos episódios mais tristes da história do futebol. O time bateu a favorita do grupo, a Colômbia, por 2 a 1. O primeiro gol do jogo foi marcado por Andres Escobar, que acabaria assassinado na volta ao seu país.
Os Estados Unidos classificaram-se como um dos melhores terceiros lugares e enfrentaram nada mais, nada menos do que o Brasil nas oitavas de final. Apesar do favoritismo dos sul-americanos, o jogo foi bastante disputado e acabou decidido apenas em um lance individual de Romário, que tocou para Bebeto marcar o único gol da partida. A vitória brasileira foi esperada, mas a boa atuação dos Estados Unidos deixou uma boa impressão.
Na Copa de 1998, porém, o insucesso voltou a atormentar os Estados Unidos. O time foi novamente eliminado na primeira fase com três derrotas – 2 a 0 para a Alemanha, 2 a 1 para o Irã e 1 a 0 para a Iugoslávia. De notável, apenas o episódio entre os Estados Unidos e o Irã, quando os jogadores trocaram flores e tiraram uma foto como um time só, simbolizando a paz entre os países, rivais históricos na política.
Em 2002, os Estados Unidos conseguiram uma campanha de dar inveja aos mexicanos, rivais locais da Concacaf e historicamente mais bem sucedidos em Copas do Mundo. O time classificou-se em um grupo que tinha o favorito Portugal e a Polônia, os dois times teoricamente mais fortes. Porém, os EUA bateram Portugal, empataram com a anfitriã Coreia do Sul e venceram a Polônia, chegando ás oitavas de final. Nessa fase, bateram o México por 2 a 0 e alcançaram as quartas de final da competição, melhor resultado de um time da América do Norte, conseguido pelo México apenas quando jogou em casa, nas duas Copas que sediou – e se beneficiando de um regulamento diferente, que não tinha oitavas de final.
Nas quartas de final, o adversário foi a Alemanha, que acabou vencendo por 1 a 0, em um jogo muito difícil para os futuros vice-campeões mundiais. Mais uma vez, os Estados Unidos deixavam uma Copa do Mundo dando uma boa impressão ao mundo do futebol.
Na Copa de 2006, os Estados Unidos não conseguiram impressionar novamente. Ficaram em último no grupo que tinha República Tcheca e Gana – para os quais perdeu – e a seleção que seria a campeã da competição naquele ano, a Itália, com quem empatou.
Na África do Sul, em junho, os Estados Unidos tem a espectativa de voltar a brilhar e chegar novamente às quartas de final. E terá pela frente a Inglaterra, a Eslovênia e a Argélia - o que torna a tarefa de se classificar para a segunda fase possível.
Fonte
http://www.trivela.com/Conteudo.aspx?secao=54&id=21566
Site
http://www.ussoccer.com/
O futebol nos Estados Unidos, assim como aconteceu no Brasil, era um jogo das classes altas. Era jogado apenas por alunos de escolas e faculdades. O Oneida Soccer Club é considerado o primeiro time de futebol do país, formado em Boston em 1862. Esse é considerado o primeiro clube de futebol fora da Inglaterra, antes mesmo da formação dos times escoceses.
A história mostra que o primeiro jogo internacional jogado fora do Reino Unido foi nos Estados Unidos - Canadá 1 a 0 nos Estados Unidos, em 1885, jogando em Newark, New Jersey. O jogo, porém, não é reconhecido pela Fifa – Argentina e Uruguai, em 1901, é oficialmente o primeiro jogo internacional fora da terra da rainha.
Em 1886, Estados Unidos e Canadá se enfrentaram novamente – outra partida não reconhecida oficialmente – e desta vez os ianques venceram por 1 a 0, devolvendo a primeira derrota que tinha sofrido. Em 1904, os Estados Unidos participaram das Olimpíadas com dois times de universidades, ganhando a medalha de bronze e uma de prata, em um torneio de apenas quatro times.
Foi só em 1913, porém, que foi fundada a federação de futebol do país, a US Soccer, que rapidamente se afiliou à Fifa. Para a entidade, porém, o primeiro jogo internacional envolvendo os norte-americanos foi em 1915, quando, já com a alcunha de US. Soccer, enfrentou a Suécia, em Estocolmo. É também a primeira vitória oficial: 3 a 2.
A história do futebol nos Estados Unidos mostra que a primeira liga foi fundada na década de 1920, mas que assim como outros esportes, foi derrubada pela crise financeira da grande depressão. Foi justamente depois desse período que o basquete, por exemplo, se estabeleceu com a fundação da NBL, depois a NBA. O futebol não seguiu o mesmo caminho. A liga de futebol não conseguiu renascer com a mesma força, e raramente era jogada fora de grupos étnicos – especialmente de europeus.
A falta de uma liga profissional no país é um dos pontos-chave para o desenvolvimento lento do esporte no país. A concorrência com outros esportes que se estabeleceram também inibiu o crescimento do futebol. Outra tentativa de criação de uma liga profissional aconteceu na década de 1960, mas novamente foi mal sucedida. A liga foi à falência e não conseguiu se adequar às regras da Fifa, já bem estabelecidas à época. Diferente da American Soccer League, da década de 1920, que foi uma das mais importantes do mundo no período, mas que acabou destruída pela crise financeira.
Nos anos 1970, a contratação de astros como Pelé, Beckenbauer e Carlos Alberto Torres colocou holofotes sobre o futebol norte-americano e conseguiu chamar a atenção do público. Em um jogo de playoff de 1977, envolvendo o Cosmos de Pelé e Ft. Lauderdale, no Giants Stadium, o público foi de 77.691 pessoas. Os gastos excessivos com as estrelas internacionais, combinada com os baixos públicos nos estádios na temporada regular, culminou com a falência dos clubes, um após o outro, minando as boas ideias da liga de futebol para promover o futebol no país.
Foi só em 1996 que uma liga americana de futebol conseguiu se estabelecer de fato. A Major League Soccer ganhou apelo de televisão, fórmula de disputa atraente aos americanos e contratação de astros, normalmente veteranos, como Carlos Valderrama, Cuauhtémoc Blanco e Cláudio Lopez. Atualmente, o astro maior é David Beckham, do Los Angeles Galaxy, que tem também o mais importante jogador da seleção norte-americana: Landon Donovan. Ambos, porém, estão emprestados ao futebol europeu (Milan e Everton, respectivamente) por uma das falhas da MLS: o calendário, adequado aos esportes americanos, mas fora de qualquer padrão do futebol mundial.
Disputa Regional
Na América do Norte, Estados Unidos e México se destacam muito à frente dos rivais. Tanto que nas Eliminatórias o que se vê é, desde os anos 1990, as duas seleções sempre em Mundias. No campeonato continental, a Copa Concacaf e Copa Ouro, a disputa é acirrada. O México, histórico rival regional, tem cinco títulos, enquanto os Estados Unidos têm quatro.Se no âmbito de clubes o México é muito melhor sucedido do que os Estados Unidos, em termos de seleção nacional os dois podem ser considerados do mesmo nível. Tanto que a seleção ianque foi à Copa das Confederações em 2009 e conseguiu eliminar a Esopanha, campeã europeia, na semifinal, e engrossou o caldo do Brasil na final – tomou uma virada no segundo tempo, depois da sair vencendo por 2 a 0.
Participação Copas do Mundo
Os Estados Unidos participaram da primeira Copa do Mundo, no Uruguai, em 1930. O time venceu suas duas primeiras partidas, 3 a 0 contra a Bélgica e 3 a 0 contra o Paraguai. Nas semifinais, porém, a Argentina venceu por 6 a 1 e eliminou os norte-americanos. Pelo desempenho geral, o time ficou em terceiro lugar naquele Mundial. Até hoje, esse é o melhor resultado dos Estados Unidos em uma Copa do Mundo.Um dos jogos mais importantes na história da seleção dos Estados Unidos, é, sem dúvidas, a vitória sobre a Inglaterra, na Copa do Mundo de 1950, no Brasil. A partida, jogada no Estádio Independência, em Belo Horizonte, marcava a vitória dos colonos contra a metrópole. Mais do que isso: os amadores norte-americanos contra os inventores do futebol e uma das seleções temidas no mundo.
Depois da Copa do Mundo no Brasil, a seleção dos Estados Unidos ficou 40 anos sem participar de um Mundial. Foi só na Itália, em 1990, que voltou a figurar no torneio. A participação, porém, foi pífia. Derrotas por 5 a 1 para a Tchecoslováquia, 1 a 0 para a anfitriã Itália e 2 a 1 para a Áustria. Eliminação na primeira fase, sem sequer um ponto marcado.
O Mundial seguinte, em 1994, seria realizado nos Estados Unidos. O país se preparou para receber a maior festa do futebol e queria fazer um bom papel jogando em casa. Por isso, trouxe o técnico Bora Milutinovic, que tinha treinado outros dois times em Copas do Mundo – México em 1986 e Costa Rica em 1990. E a seleção norte-americana participou de um jogo que culminaria em um dos episódios mais tristes da história do futebol. O time bateu a favorita do grupo, a Colômbia, por 2 a 1. O primeiro gol do jogo foi marcado por Andres Escobar, que acabaria assassinado na volta ao seu país.
Os Estados Unidos classificaram-se como um dos melhores terceiros lugares e enfrentaram nada mais, nada menos do que o Brasil nas oitavas de final. Apesar do favoritismo dos sul-americanos, o jogo foi bastante disputado e acabou decidido apenas em um lance individual de Romário, que tocou para Bebeto marcar o único gol da partida. A vitória brasileira foi esperada, mas a boa atuação dos Estados Unidos deixou uma boa impressão.
Na Copa de 1998, porém, o insucesso voltou a atormentar os Estados Unidos. O time foi novamente eliminado na primeira fase com três derrotas – 2 a 0 para a Alemanha, 2 a 1 para o Irã e 1 a 0 para a Iugoslávia. De notável, apenas o episódio entre os Estados Unidos e o Irã, quando os jogadores trocaram flores e tiraram uma foto como um time só, simbolizando a paz entre os países, rivais históricos na política.
Em 2002, os Estados Unidos conseguiram uma campanha de dar inveja aos mexicanos, rivais locais da Concacaf e historicamente mais bem sucedidos em Copas do Mundo. O time classificou-se em um grupo que tinha o favorito Portugal e a Polônia, os dois times teoricamente mais fortes. Porém, os EUA bateram Portugal, empataram com a anfitriã Coreia do Sul e venceram a Polônia, chegando ás oitavas de final. Nessa fase, bateram o México por 2 a 0 e alcançaram as quartas de final da competição, melhor resultado de um time da América do Norte, conseguido pelo México apenas quando jogou em casa, nas duas Copas que sediou – e se beneficiando de um regulamento diferente, que não tinha oitavas de final.
Nas quartas de final, o adversário foi a Alemanha, que acabou vencendo por 1 a 0, em um jogo muito difícil para os futuros vice-campeões mundiais. Mais uma vez, os Estados Unidos deixavam uma Copa do Mundo dando uma boa impressão ao mundo do futebol.
Na Copa de 2006, os Estados Unidos não conseguiram impressionar novamente. Ficaram em último no grupo que tinha República Tcheca e Gana – para os quais perdeu – e a seleção que seria a campeã da competição naquele ano, a Itália, com quem empatou.
Na África do Sul, em junho, os Estados Unidos tem a espectativa de voltar a brilhar e chegar novamente às quartas de final. E terá pela frente a Inglaterra, a Eslovênia e a Argélia - o que torna a tarefa de se classificar para a segunda fase possível.
Fonte
http://www.trivela.com/Conteudo.aspx?secao=54&id=21566
Site
http://www.ussoccer.com/