A seleção alemã representa o país em competições internacionais desde 1908, mas a Federação Alemã de Futebol, ou DFB (Deutscher Fußball-Bund), foi fundada antes, em 1900. O seu primeiro jogo internacional foi em 5 de abril de 1908, quando foi derrotada pela Suíça por 5 a 3 em Basel. Antes disso, quando a seleção nacional ainda estava em formação, selecionados alemães enfrentaram times ingleses, mas foram derrotados largamente.
A Alemanha não participou da Copa de 1930 por uma razão simples: a DFB não podia pagar a viagem para o Uruguai, muito cara e difícil na época, especialmente em um momento que ainda vivia os resqueícios da grande depressão econômica de 1929. Em 1934, na sua primeira Copa do Mundo, já mostrou a que veio. Eliminou a Bélgica na primeira fase por 5 a 2 e a Suécia nas quartas de final por 2 a 1. Na semifinal, foi derrotada pela Tchcoslováquia por 3 a 1 e disputou o 3º lugar com a Áustria. Venceu por 3 a 2 e terminou sua primeira Copa como 3º colocado.
Em 1936, disputou os Jogos Olímpicos em Berlim e teve uma campanha muito ruim, já sob a bandeira nazista. Venceu o primeiro jogo contra Luxemburgo por 9 a 0, mas foi eliminada na segunda eliminatória ao ser derrotada por 2 a 0 pela Noruega. A má campanha custou o cargo do técnico Otto Nerz, substituído por Sepp Herberger. Na Copa de 1938, a Alemanha já tinha anexado a Áustria ao seu território. Como os austríacos tinham uma boa seleção na época, já que contavam com uma liga profissional no país, alguns jogadores da Áustria foram intimados a participarem da seleção alemã que iria ao Mundial. No estádio Parc de Princes, em Paris, com uma torcida altamente hostil aos alemães, a seleção da Alemanha, que jogava com as cores e a suástica do partido nazista, apenas empatou com a Suíça por 1 a 1. No jogo replay quatro dias depois, os alemães perderam por 4 a 2 e foram eliminados. É a pior campanha alemã na história das Copas.
Em 1950, a seleção não pode participar da Copa ainda como consequência da derrota na II Guerra Mundial. A partir de então, a Alemanha passou a se dividir entre Alemanha Ocidental e Alemanha Oriental. Seu retorno às Copas do Mundo, em 1954, como Alemanha Ocidental, foi triunfal. A Nationalmannschaft tinha como adversária no grupo 2 a poderosa Hungria de Ferenc Puskás. No primeiro jogo, 4 a 1 na Turquia. No segundo, derrota acachapante para a Hungria por 8 a 3. No terceiro, nova goleada por 7 a 2 sobre a Turquia novamente.
Classificada as quartas de final, venceu a Iugoslávia por 2 a 0, atropelou a Áustria por 6 a 1 na semifinal e reencontrou na grande final a Hungria, por quem foi goleado na primeira fase. O jogo entrou para a história do futebol mundial. O jogo em Berna começou como era esperado: a Hungria vencendo. Ferenc Puskás, aos seis, e Zoltán Czibor, aos oito, deram vantagem de 2 a 0 aos húngaros. Max Morlock diminui aos 10 minutos, Helmut Rahn marcou o gol de empate aos 18 e fez o jogo pegar fogo. Pukás, o grande astro da Hungria, jogava com uma contusão que o impedia de mostrar todo seu futebol. E a Hungria ainda teve um gol de Puskás anulado. Aos 39 minutos, a Alemanha chegou ao terceiro gol, novamente com Helmut Rahn. O jogo ficou na história como o “Milagre de Berna” e a Alemanha saiu de lá campeã mundial pela primeira vez.
Desde então, a Alemanha participa de todas as Copas do Mundo. Em 1958, ficou em quarto lugar, ao perder para a França de Just Fontaine por 6 a 3. Em 1962, chegou às quartas de final, eliminada pela Iugoslávia. Em 1966, perdeu a polêmica final da Copa na Inglaterra com um gol irregular de George Hurst. Em 1970,foi eliminada pela Itália nas semifinal e ficou em terceiro lugar.
Em 1972, os alemães disputaram sua primeira Eurocopa. Jogada na Bélgica, o time venceu a competição, com a base do time que levaria para a Copa de 1974. Já naquele torneio, o artilheiro Gerd Mueller mostrou seu talento: marcou dois na semifinal contra a Bélgica e outros dois na final, contra a União Soviética, vencida por 3 a 0.
Finalmente, em 1974, chegou ao título novamente. Jogando em casa, a seleção de Franz Beckenbauer, Sepp Maier, Paul Breitner e Gerd Mueller fez excelente campanha. Foram sete jogos, com seis vitórias e só uma derrota – curiosamente, para a Alemanha Oriental, ainda na primeira fase, que ajudou os compatriotas a se classificarem para a segunda fase. A final foi contra a Holanda de Johan Cruijff, que saiu na frente logo a dois minutos de jogo. Empatou e virou ainda no primeiro tempo, levando seu segundo título de Copa do Mundo.
A Eurocopa de 1976 chegou à Iugoslávia como uma das favoritas ao título – não só por defender a conquista de 1972, mas também por ser campeã do mundo. Chegou à final contra à Tchecoslováquia, mas acabou derrotada nos pênaltis. Na Copa de 1978, a equipe chegou à segunda fase, mas acabou eliminada no grupo que tinha Holanda, Itália e Áustria – a Holanda chegou à final como líder do grupo.
Os alemães voltariam a reinar em território europeu em 1980, na Eurocopa da Itália. Pela terceira vez consecutiva, chegou à final, e pela segunda vez, levantou a taça de campeã, depois de vencer o seu grupo e bater a Bélgica na final. Em 1982, na Espanha, chegou à sua quarta final, contra a Itália, mas acabou derrotada pela Azzurra, que foi tricampeã.
A Eurocopa de 1984 foi a pior da história alemã. Doi derrotada ainda na primeira fase, e deu adeus à briga pelo título na França. Em 1986, novamente chegou à final, desta vez contra a Argentina do inspirado Diego Maradona. Perdeu novamente, e outra vez adiou a chance de ganhar o terceiro título.
A Alemanha sediou a Eurocopa de 1988, quando chegou ás semifinais, mas acabaria derrotada pela Holanda de Marco van Basten. Em 1990, foi até a final contra a Argentina e vingou a derrota quatro anos antes: derrotou os sul-americanos por 1 a 0 e levou o título. Finalmente a Alemanha se igualava a Itália e Brasil em títulos. Dois anos depois, tentou reaver o título europeu, mas acabou derrotada na Eurocopa de 1992 pela Dinamarca, que tinha sido sensação em 1986.
Em 1994, chegou as quartas de final, perdendo para a surpreendente Bulgária. Em 1996, na Eurocopa, conseguiu o sucesso novamente na Eurocopa, desta vez disputada na Inglaterra. Venceram a surpreendente República Tcheca na final e chegaram ao seu terceiro título.
Em 1998, na Copa da França, novamente caiu nas quartas de final diante de uma surpresa: a Croácia, que viria a ser terceira colocada. A seleção foi muito mal na Eurocopa de 2000, sendo eliminada na primeira fase e causando decepção aos seus torcedores. Em 2002, fez um confronto de gigantes com o Brasil, que nunca tinha enfrentado em Copas do Mundo. Acabou derrotada por 2 a 0 e viu os brasileiros venceram a Copa pela quinta vez.
Em 2004, já se preparando para a Copa que sediaria dali a dois anos, novamente decepcionou. Acabou eliminada na primeira fase, assim como quatro anos antes. A Copa de 2006 gerou muita expectativa. O país voltava a sediar o Mundial, e a campanha empolgou. O time jogou ofensivamente, avançou fase a fase até cair diante da Itália nas semifinais, em um jogo que só acabou na prorrogação.
Em 2008, jogou a Eurocopa da Áustria e Suíça e conseguiu ir bem. Chegou até a final contra a Espanha e era considerada favorita. Foi derrotada por 1 a 0 pela Espanha de Fernando Torres, Xavi Hernández e Cesc Fábregas.
Por toda sua história, a Alemanha é sempre um adversário respeitável, com uma camisa pesada e muita tradição na sua escola de futebol. Em 2010, o técnico Joachim Löw indica que levará uma geração jovem, uma renovação saudável em um futebol sempre muito forte. Mesmo não estando entre as seleções que mais encantam, descartar os alemães, olhando historicamente, parece ser pouco inteligente.
Alcunhas Die Nationalelf
Fonte
http://www.trivela.com/Conteudo.aspx?secao=54&id=21853
Site
http://www.dfb.de/
A Alemanha não participou da Copa de 1930 por uma razão simples: a DFB não podia pagar a viagem para o Uruguai, muito cara e difícil na época, especialmente em um momento que ainda vivia os resqueícios da grande depressão econômica de 1929. Em 1934, na sua primeira Copa do Mundo, já mostrou a que veio. Eliminou a Bélgica na primeira fase por 5 a 2 e a Suécia nas quartas de final por 2 a 1. Na semifinal, foi derrotada pela Tchcoslováquia por 3 a 1 e disputou o 3º lugar com a Áustria. Venceu por 3 a 2 e terminou sua primeira Copa como 3º colocado.
Em 1936, disputou os Jogos Olímpicos em Berlim e teve uma campanha muito ruim, já sob a bandeira nazista. Venceu o primeiro jogo contra Luxemburgo por 9 a 0, mas foi eliminada na segunda eliminatória ao ser derrotada por 2 a 0 pela Noruega. A má campanha custou o cargo do técnico Otto Nerz, substituído por Sepp Herberger. Na Copa de 1938, a Alemanha já tinha anexado a Áustria ao seu território. Como os austríacos tinham uma boa seleção na época, já que contavam com uma liga profissional no país, alguns jogadores da Áustria foram intimados a participarem da seleção alemã que iria ao Mundial. No estádio Parc de Princes, em Paris, com uma torcida altamente hostil aos alemães, a seleção da Alemanha, que jogava com as cores e a suástica do partido nazista, apenas empatou com a Suíça por 1 a 1. No jogo replay quatro dias depois, os alemães perderam por 4 a 2 e foram eliminados. É a pior campanha alemã na história das Copas.
Em 1950, a seleção não pode participar da Copa ainda como consequência da derrota na II Guerra Mundial. A partir de então, a Alemanha passou a se dividir entre Alemanha Ocidental e Alemanha Oriental. Seu retorno às Copas do Mundo, em 1954, como Alemanha Ocidental, foi triunfal. A Nationalmannschaft tinha como adversária no grupo 2 a poderosa Hungria de Ferenc Puskás. No primeiro jogo, 4 a 1 na Turquia. No segundo, derrota acachapante para a Hungria por 8 a 3. No terceiro, nova goleada por 7 a 2 sobre a Turquia novamente.
Classificada as quartas de final, venceu a Iugoslávia por 2 a 0, atropelou a Áustria por 6 a 1 na semifinal e reencontrou na grande final a Hungria, por quem foi goleado na primeira fase. O jogo entrou para a história do futebol mundial. O jogo em Berna começou como era esperado: a Hungria vencendo. Ferenc Puskás, aos seis, e Zoltán Czibor, aos oito, deram vantagem de 2 a 0 aos húngaros. Max Morlock diminui aos 10 minutos, Helmut Rahn marcou o gol de empate aos 18 e fez o jogo pegar fogo. Pukás, o grande astro da Hungria, jogava com uma contusão que o impedia de mostrar todo seu futebol. E a Hungria ainda teve um gol de Puskás anulado. Aos 39 minutos, a Alemanha chegou ao terceiro gol, novamente com Helmut Rahn. O jogo ficou na história como o “Milagre de Berna” e a Alemanha saiu de lá campeã mundial pela primeira vez.
Desde então, a Alemanha participa de todas as Copas do Mundo. Em 1958, ficou em quarto lugar, ao perder para a França de Just Fontaine por 6 a 3. Em 1962, chegou às quartas de final, eliminada pela Iugoslávia. Em 1966, perdeu a polêmica final da Copa na Inglaterra com um gol irregular de George Hurst. Em 1970,foi eliminada pela Itália nas semifinal e ficou em terceiro lugar.
Em 1972, os alemães disputaram sua primeira Eurocopa. Jogada na Bélgica, o time venceu a competição, com a base do time que levaria para a Copa de 1974. Já naquele torneio, o artilheiro Gerd Mueller mostrou seu talento: marcou dois na semifinal contra a Bélgica e outros dois na final, contra a União Soviética, vencida por 3 a 0.
Finalmente, em 1974, chegou ao título novamente. Jogando em casa, a seleção de Franz Beckenbauer, Sepp Maier, Paul Breitner e Gerd Mueller fez excelente campanha. Foram sete jogos, com seis vitórias e só uma derrota – curiosamente, para a Alemanha Oriental, ainda na primeira fase, que ajudou os compatriotas a se classificarem para a segunda fase. A final foi contra a Holanda de Johan Cruijff, que saiu na frente logo a dois minutos de jogo. Empatou e virou ainda no primeiro tempo, levando seu segundo título de Copa do Mundo.
A Eurocopa de 1976 chegou à Iugoslávia como uma das favoritas ao título – não só por defender a conquista de 1972, mas também por ser campeã do mundo. Chegou à final contra à Tchecoslováquia, mas acabou derrotada nos pênaltis. Na Copa de 1978, a equipe chegou à segunda fase, mas acabou eliminada no grupo que tinha Holanda, Itália e Áustria – a Holanda chegou à final como líder do grupo.
Os alemães voltariam a reinar em território europeu em 1980, na Eurocopa da Itália. Pela terceira vez consecutiva, chegou à final, e pela segunda vez, levantou a taça de campeã, depois de vencer o seu grupo e bater a Bélgica na final. Em 1982, na Espanha, chegou à sua quarta final, contra a Itália, mas acabou derrotada pela Azzurra, que foi tricampeã.
A Eurocopa de 1984 foi a pior da história alemã. Doi derrotada ainda na primeira fase, e deu adeus à briga pelo título na França. Em 1986, novamente chegou à final, desta vez contra a Argentina do inspirado Diego Maradona. Perdeu novamente, e outra vez adiou a chance de ganhar o terceiro título.
A Alemanha sediou a Eurocopa de 1988, quando chegou ás semifinais, mas acabaria derrotada pela Holanda de Marco van Basten. Em 1990, foi até a final contra a Argentina e vingou a derrota quatro anos antes: derrotou os sul-americanos por 1 a 0 e levou o título. Finalmente a Alemanha se igualava a Itália e Brasil em títulos. Dois anos depois, tentou reaver o título europeu, mas acabou derrotada na Eurocopa de 1992 pela Dinamarca, que tinha sido sensação em 1986.
Em 1994, chegou as quartas de final, perdendo para a surpreendente Bulgária. Em 1996, na Eurocopa, conseguiu o sucesso novamente na Eurocopa, desta vez disputada na Inglaterra. Venceram a surpreendente República Tcheca na final e chegaram ao seu terceiro título.
Em 1998, na Copa da França, novamente caiu nas quartas de final diante de uma surpresa: a Croácia, que viria a ser terceira colocada. A seleção foi muito mal na Eurocopa de 2000, sendo eliminada na primeira fase e causando decepção aos seus torcedores. Em 2002, fez um confronto de gigantes com o Brasil, que nunca tinha enfrentado em Copas do Mundo. Acabou derrotada por 2 a 0 e viu os brasileiros venceram a Copa pela quinta vez.
Em 2004, já se preparando para a Copa que sediaria dali a dois anos, novamente decepcionou. Acabou eliminada na primeira fase, assim como quatro anos antes. A Copa de 2006 gerou muita expectativa. O país voltava a sediar o Mundial, e a campanha empolgou. O time jogou ofensivamente, avançou fase a fase até cair diante da Itália nas semifinais, em um jogo que só acabou na prorrogação.
Em 2008, jogou a Eurocopa da Áustria e Suíça e conseguiu ir bem. Chegou até a final contra a Espanha e era considerada favorita. Foi derrotada por 1 a 0 pela Espanha de Fernando Torres, Xavi Hernández e Cesc Fábregas.
Por toda sua história, a Alemanha é sempre um adversário respeitável, com uma camisa pesada e muita tradição na sua escola de futebol. Em 2010, o técnico Joachim Löw indica que levará uma geração jovem, uma renovação saudável em um futebol sempre muito forte. Mesmo não estando entre as seleções que mais encantam, descartar os alemães, olhando historicamente, parece ser pouco inteligente.
Alcunhas Die Nationalelf
Fonte
http://www.trivela.com/Conteudo.aspx?secao=54&id=21853
Site
http://www.dfb.de/