Nas Eliminatórias para a Copa de 2006, ela foi a última seleção a conquistar lugar no Mundial disputado na Alemanha, ao ganhar a repescagem, contra o Uruguai, quinto colocado da qualificação sul-americana. Agora, a situação se inverteu. Um ponto, conquistado contra o Catar, fora de casa, no dia 6 de junho, pelo grupo 1 da fase final das Eliminatórias asiáticas, bastou para que a seleção da Austrália se tornasse o primeiro país garantido na Copa do Mundo de 2010. Foi mais uma prova da evolução que a seleção do país vem mostrando nesta década.
Ao longo da década, a seleção foi mais visitada por combinados do que por seleções propriamente ditas. Se é verdade que a abertura a seleções de outros continentes foi crescendo – como em 1925, quando dois amistosos contra o Canadá foram disputados -, também é verdade que a maioria dos oponentes ainda era de combinados, como um time de jogadores ingleses, outro de chineses e até uma equipe europeia, contra quem houve jogos em 1928.
E, a bem da verdade, o cenário seria similar nas décadas de 1930 e 1940. Às vezes, com hiatos longos. Entre 1933 e 1936, não houve partidas da Austrália, algo também visto entre 1941 e 1947. Se havia um lado bom, era o do prosseguimento da abertura do leque de adversários: em 47, as atividades foram reiniciadas com cinco jogos (uma vitória, um empate e três derrotas) contra a África do Sul.
Mas nada foi tão importante para o desenvolvimento da seleção quanto a primeira participação em Eliminatórias para a Copa do Mundo. A chance de ir ao Mundial de 1966 parou em duas derrotas para a Coreia do Norte (6 a 1 e 3 a 1, ambos os jogos disputados em Phnom Penh, Cambodja), mas a Austrália começava a sentir-se mais integrada ao futebol mundial.
Mais quatro anos e, em 1969, novas Eliminatórias. Por pouco, muito pouco, a classificação para a Copa de 1970 não veio aos australianos. Em eliminatórias que uniram Ásia e Oceania, o time que tinha nos atacantes Ray Baartz e Attila Abonyi suas principais estrelas superou Japão e Coreia do Sul, na primeira fase, e a antiga Rodésia, em decisão que precisou de um terceiro jogo.
Porém, no play-off decisivo, o time acabou sendo derrotado por Israel em Tel-Aviv, no jogo de ida, por 1 a 0. Na volta, em Sydney, nem toda a pressão evitou que os israelenses arrancassem um empate em 1 a 1 e a vaga no Mundial do México. Mas a certeza de que um lugar numa Copa era possível fora estabelecida.
Em sistema bastante semelhante a 1970, Ásia e Oceania disputaram uma só competição. Na fase de grupos, três empates e três vitórias levaram a equipe a pontear o grupo, superando Nova Zelândia, Iraque e Indonésia. Na segunda fase, o grande susto: enfrentando um dos principais rivais, o Irã, o time comandado pelo técnico iugoslavo Rale Rasic fez 3 a 0 em Sydney, mas, na volta, sob o ambiente hostil do estádio Aryamehr de Teerã, sofreu 2 a 0 em apenas 31 minutos.
Susto superado, mais outra batalha, a que daria a vaga, no play-off contra a Coreia do Sul. Dois empates (0 a 0 em Sydney, 2 a 2 em Seul) e a necessidade do terceiro jogo, em Hong Kong. Seria o cenário do gol inesquecível de Jimmy Mackay, aos 25 minutos do 2º tempo. O gol da vitória por 1 a 0. O gol da classificação para a Copa de 1974.
Em terras alemãs, a campanha foi vexatória (um ponto em três jogos, nenhum gol marcado e cinco sofridos), mas pouco surpreendente para uma seleção que raramente saíra de seu continente. Daquele momento em diante, a abertura era inexorável. Assim como a busca por nova aparição em Copas do Mundo.
Baqueada pela derrota por 5 a 0 para a Colômbia, em pleno Monumental de Núñez, a Albiceleste pediu de volta a presença de Diego Maradona, na equipe de Alfio Basile. Mas o time comandado por Eddie Thomson foi osso duríssimo: um empate em 1 a 1, em Sydney, exigiu a decisão em Buenos Aires, na volta. E só com um gol contra de Tobin a Argentina conseguiu a vaga no Mundial dos Estados Unidos. Mesmo assim, a boa impressão foi tamanha que Paul Wade, enquanto chorava, recebeu o consolo de quem? Dele, Maradona: “Não chore, suas lágrimas de tristeza um dia serão de alegria.”
Enquanto ia se desenvolvendo e conquistando títulos continentais (1996 daria o segundo troféu da Copa das Nações da Oceania), a Austrália recebia mais novatos promissores, como Mark Viduka, Harry Kewell e John Aloisi. Nas Eliminatórias da Copa de 1998, comandada por Terry Venables, no banco, a Austrália superou, novamente, as eliminatórias da Oceania, e foi ao play-off contra o Irã.
Após arrancar um 1 a 1 na ida, em Teerã, o MCG Stadium, em Melbourne, ficou repleto para o jogo de volta. Uma vitória ou empate até 1 a 1 daria a vaga no Mundial da França. Kewell e Aurelio Vidmar abriram 2 a 0. A volta a uma Copa parecia assegurada. Faltou combinar com Ali Daei e Khodadad Azizi, que empataram a partida, calaram o país e levaram o Irã à França, pela regra dos gols fora de casa. Nem o vice da Copa das Confederações de 1997 aplacou a tristeza daquela tragédia para os Socceroos.
Àquela altura, amistosos contra seleções já eram comuns. E nova chance de ir a um Mundial viria, em 2001. Após goleadas homéricas na primeira fase das Eliminatórias da Oceania (quem não se lembra dos 22 a 0 em Tonga? E dos 31 a 0 em Samoa Americana?) e da vitória nas duas partidas da decisão sobre – quem mais? – a Nova Zelândia (2 a 0 e 4 a 1), novo play-off. Desta vez, contra o Uruguai, quinto colocado da América do Sul.
O 1 a 0 no MCG, gol de Muscat, ampliou as esperanças da qualificação à Copa de 2002. Esperanças pulverizadas no jogo de volta, quando Richard Morales fez dois gols, a Celeste Olímpica venceu por 3 a 0 e a Austrália chorou novamente. Novamente, a Copa das Confederações serviu de consolo: um 3º lugar, garantido com vitória sobre o Brasil, por 1 a 0.
Superado o desafio (7 a 0 e 2 a 1), restava a tradicional repescagem contra o quinto colocado da América do Sul. Novamente, o Uruguai seria o rival. Na ida, em Montevidéu, 1 a 0 para os charrúas, gol de Dario Rodríguez. Mas na volta... com um Telstra Stadium lotado por 83 mil torcedores (fora os telespectadores), os Socceroos fizeram 1 a 0 ainda no primeiro tempo, com Bresciano. Não conseguiram marcar mais, e teriam de definir a vaga nos pênaltis. Assim como fizera contra o Canadá, em 1993, Mark Schwarzer foi o herói definitivo, ao defender dois penais dos uruguaios. E John Aloisi converteu a cobrança derradeira. A Austrália estava de volta a um Mundial, 32 anos depois. Na mesma Alemanha de 1974.
E 2006 impulsionou de vez a ascensão dos Socceroos. Primeiro, a consolidação da tão pedida mudança para a Confederação Asiática de Futebol. Depois, a campanha honrosa na Copa do Mundo, quando o time conseguiu superar Japão e Croácia para ganhar a segunda vaga para as oitavas-de-final, no grupo do Brasil, e só caiu por um pênalti controverso, aos 50 minutos do 2º tempo da partida contra a Itália.
Seguiu-se a criação da A-League, o campeonato profissional de futebol no país. E se, na primeira aparição na Copa da Ásia, o time de Pim Verbeek parou nas quartas-de-final, o desempenho atual nas Eliminatórias continentais mostram que o crescimento da seleção continua. Até onde, impossível prever. E, de mais a mais, o que vier já é lucro para um país que só ficou mais conhecido no futebol há pouco mais de 30 anos.
Fonte
http://www.trivela.com/Conteudo.aspx?secao=54&id=21845
Site
http://www.footballaustralia.com.au/
Um longo caminho
E o crescimento visto atualmente tem algo de inimaginável, para uma seleção que tinha seu campo de atuação praticamente restrito a Oceania e Ásia, quando começou a jogar, em 1922. Mais do que dois continentes, as primeiras partidas dos Socceroos resumiram-se a duelos contra a eterna rival da Oceania, Nova Zelândia. Na primeira partida, em 17 de junho, derrota por 3 a 1. Depois, um empate em um gol e nova derrota por 3 a 1 para os Kiwis. 1922 ainda registrou vários amistosos contra clubes neozelandeses. Num deles, veio a primeira vitória: 3 a 1 sobre o Wanganui, em 27 de maio, na estreia propriamente dita do time nacional.Ao longo da década, a seleção foi mais visitada por combinados do que por seleções propriamente ditas. Se é verdade que a abertura a seleções de outros continentes foi crescendo – como em 1925, quando dois amistosos contra o Canadá foram disputados -, também é verdade que a maioria dos oponentes ainda era de combinados, como um time de jogadores ingleses, outro de chineses e até uma equipe europeia, contra quem houve jogos em 1928.
E, a bem da verdade, o cenário seria similar nas décadas de 1930 e 1940. Às vezes, com hiatos longos. Entre 1933 e 1936, não houve partidas da Austrália, algo também visto entre 1941 e 1947. Se havia um lado bom, era o do prosseguimento da abertura do leque de adversários: em 47, as atividades foram reiniciadas com cinco jogos (uma vitória, um empate e três derrotas) contra a África do Sul.
Começa a abertura
A década de 1950 marcou o início da pavimentação do longo caminho em direção à profissionalização. Se amistosos contra seleções fora do eixo Nova Zelândia-asiáticas ainda eram raridade, alguns clubes de respeito começaram a prestar atenção nos Socceroos. O pontapé inicial foi dado em 1957, com amistosos contra o FK Austria Vienna e o Ferencvaros, da Hungria. 1960 chegou e mais encontros com clubes maiores foram ocorrendo (1964, contra o Everton, da Inglaterra; 1965, contra o Chelsea).Mas nada foi tão importante para o desenvolvimento da seleção quanto a primeira participação em Eliminatórias para a Copa do Mundo. A chance de ir ao Mundial de 1966 parou em duas derrotas para a Coreia do Norte (6 a 1 e 3 a 1, ambos os jogos disputados em Phnom Penh, Cambodja), mas a Austrália começava a sentir-se mais integrada ao futebol mundial.
Mais quatro anos e, em 1969, novas Eliminatórias. Por pouco, muito pouco, a classificação para a Copa de 1970 não veio aos australianos. Em eliminatórias que uniram Ásia e Oceania, o time que tinha nos atacantes Ray Baartz e Attila Abonyi suas principais estrelas superou Japão e Coreia do Sul, na primeira fase, e a antiga Rodésia, em decisão que precisou de um terceiro jogo.
Porém, no play-off decisivo, o time acabou sendo derrotado por Israel em Tel-Aviv, no jogo de ida, por 1 a 0. Na volta, em Sydney, nem toda a pressão evitou que os israelenses arrancassem um empate em 1 a 1 e a vaga no Mundial do México. Mas a certeza de que um lugar numa Copa era possível fora estabelecida.
A Copa
A década de 1970 abriu em definitivo o mundo do futebol para a Austrália. Mesmo no ano final do decênio anterior, 1970, houve um amistoso contra o México, país-sede do Mundial daquele ano (derrota por 3 a 0, na Cidade do México). Em 1972, houve amistoso contra o Santos, com Pelé e tudo, e um empate honroso em 2 a 2. Mas o ano esperado era 1973, quando novas Eliminatórias da Copa do Mundo surgiriam.Em sistema bastante semelhante a 1970, Ásia e Oceania disputaram uma só competição. Na fase de grupos, três empates e três vitórias levaram a equipe a pontear o grupo, superando Nova Zelândia, Iraque e Indonésia. Na segunda fase, o grande susto: enfrentando um dos principais rivais, o Irã, o time comandado pelo técnico iugoslavo Rale Rasic fez 3 a 0 em Sydney, mas, na volta, sob o ambiente hostil do estádio Aryamehr de Teerã, sofreu 2 a 0 em apenas 31 minutos.
Susto superado, mais outra batalha, a que daria a vaga, no play-off contra a Coreia do Sul. Dois empates (0 a 0 em Sydney, 2 a 2 em Seul) e a necessidade do terceiro jogo, em Hong Kong. Seria o cenário do gol inesquecível de Jimmy Mackay, aos 25 minutos do 2º tempo. O gol da vitória por 1 a 0. O gol da classificação para a Copa de 1974.
Em terras alemãs, a campanha foi vexatória (um ponto em três jogos, nenhum gol marcado e cinco sofridos), mas pouco surpreendente para uma seleção que raramente saíra de seu continente. Daquele momento em diante, a abertura era inexorável. Assim como a busca por nova aparição em Copas do Mundo.
Três tragédias
A chance de ouro veio em 1993. A geração da década de 1980, que contava com veteranos como Graham Arnold, Alex Tobin, o capitão Paul Wade e Frank Farina, já era somada com novatos como os irmãos Tony e Aurelio Vidmar e Mark Bosnich. As eliminatórias para a Copa de 1994 foram complicadas. Primeiro, a Oceania, onde o duelo contra a Nova Zelândia foi vencido, o que levou a um play-off contra o Canadá, vice da Concacaf. Duas vitórias por 2 a 1 para cada lado, e só nos pênaltis brilhou a estrela de outro novo talento, o goleiro Mark Schwarzer, que garantiu o triunfo por 4 a 1 e a ida ao play-off final, contra a Argentina.Baqueada pela derrota por 5 a 0 para a Colômbia, em pleno Monumental de Núñez, a Albiceleste pediu de volta a presença de Diego Maradona, na equipe de Alfio Basile. Mas o time comandado por Eddie Thomson foi osso duríssimo: um empate em 1 a 1, em Sydney, exigiu a decisão em Buenos Aires, na volta. E só com um gol contra de Tobin a Argentina conseguiu a vaga no Mundial dos Estados Unidos. Mesmo assim, a boa impressão foi tamanha que Paul Wade, enquanto chorava, recebeu o consolo de quem? Dele, Maradona: “Não chore, suas lágrimas de tristeza um dia serão de alegria.”
Enquanto ia se desenvolvendo e conquistando títulos continentais (1996 daria o segundo troféu da Copa das Nações da Oceania), a Austrália recebia mais novatos promissores, como Mark Viduka, Harry Kewell e John Aloisi. Nas Eliminatórias da Copa de 1998, comandada por Terry Venables, no banco, a Austrália superou, novamente, as eliminatórias da Oceania, e foi ao play-off contra o Irã.
Após arrancar um 1 a 1 na ida, em Teerã, o MCG Stadium, em Melbourne, ficou repleto para o jogo de volta. Uma vitória ou empate até 1 a 1 daria a vaga no Mundial da França. Kewell e Aurelio Vidmar abriram 2 a 0. A volta a uma Copa parecia assegurada. Faltou combinar com Ali Daei e Khodadad Azizi, que empataram a partida, calaram o país e levaram o Irã à França, pela regra dos gols fora de casa. Nem o vice da Copa das Confederações de 1997 aplacou a tristeza daquela tragédia para os Socceroos.
Àquela altura, amistosos contra seleções já eram comuns. E nova chance de ir a um Mundial viria, em 2001. Após goleadas homéricas na primeira fase das Eliminatórias da Oceania (quem não se lembra dos 22 a 0 em Tonga? E dos 31 a 0 em Samoa Americana?) e da vitória nas duas partidas da decisão sobre – quem mais? – a Nova Zelândia (2 a 0 e 4 a 1), novo play-off. Desta vez, contra o Uruguai, quinto colocado da América do Sul.
O 1 a 0 no MCG, gol de Muscat, ampliou as esperanças da qualificação à Copa de 2002. Esperanças pulverizadas no jogo de volta, quando Richard Morales fez dois gols, a Celeste Olímpica venceu por 3 a 0 e a Austrália chorou novamente. Novamente, a Copa das Confederações serviu de consolo: um 3º lugar, garantido com vitória sobre o Brasil, por 1 a 0.
Finalmente, os sorrisos
Os sucessivos fins de sonho nas repescagens das Eliminatórias faziam crescer o pedido de transferência para a confederação asiática. Afinal, de que adiantava ser soberano na Oceania se os play-offs só significavam decepção? O cenário começou a se transformar definitivamente em 2005. Com o título da Copa das Nações da Oceania, em 2004, veio o direito a participar da Copa das Confederações, na Alemanha. Novo mau desempenho - a equipe não foi páreo para Argentina e Alemanha - e fim da linha para Frank Farina, agora como técnico. Foi aí que a federação australiana correu atrás de Guus Hiddink para treinar a equipe na final das Eliminatórias da Oceania, contra as Ilhas Salomão.Superado o desafio (7 a 0 e 2 a 1), restava a tradicional repescagem contra o quinto colocado da América do Sul. Novamente, o Uruguai seria o rival. Na ida, em Montevidéu, 1 a 0 para os charrúas, gol de Dario Rodríguez. Mas na volta... com um Telstra Stadium lotado por 83 mil torcedores (fora os telespectadores), os Socceroos fizeram 1 a 0 ainda no primeiro tempo, com Bresciano. Não conseguiram marcar mais, e teriam de definir a vaga nos pênaltis. Assim como fizera contra o Canadá, em 1993, Mark Schwarzer foi o herói definitivo, ao defender dois penais dos uruguaios. E John Aloisi converteu a cobrança derradeira. A Austrália estava de volta a um Mundial, 32 anos depois. Na mesma Alemanha de 1974.
E 2006 impulsionou de vez a ascensão dos Socceroos. Primeiro, a consolidação da tão pedida mudança para a Confederação Asiática de Futebol. Depois, a campanha honrosa na Copa do Mundo, quando o time conseguiu superar Japão e Croácia para ganhar a segunda vaga para as oitavas-de-final, no grupo do Brasil, e só caiu por um pênalti controverso, aos 50 minutos do 2º tempo da partida contra a Itália.
Seguiu-se a criação da A-League, o campeonato profissional de futebol no país. E se, na primeira aparição na Copa da Ásia, o time de Pim Verbeek parou nas quartas-de-final, o desempenho atual nas Eliminatórias continentais mostram que o crescimento da seleção continua. Até onde, impossível prever. E, de mais a mais, o que vier já é lucro para um país que só ficou mais conhecido no futebol há pouco mais de 30 anos.
Fonte
http://www.trivela.com/Conteudo.aspx?secao=54&id=21845
Site
http://www.footballaustralia.com.au/