A Dinamarca é a única nação nórdica que já conquistou um título de Eurocopa. Foi em 1992, na Suécia, com o time que mais marcou a história do futebol do país e ficou conhecida como Danish Dynamite (“Dinamite dinamarquesa”. No Brasil, tornou-se a “Dinamáquina”). O futebol dinamarquês, porém, tinha pouca relevância internacional até a década de 70, quando começou a profissionalização no país. E só conseguiu destaque a partir do meio dos anos 80.
A Federação Dinamarquesa de Futebol existe desde 1908, mas conseguiu bons resultados no futebol olímpico. Por três vezes, a Dinamarca ganhou a medalha de prata: 1908, 1912 e 1960. Também ganhou um bronze, em 1948. No futebol internacional, a seleção pouco conseguiu, exatamente porque os seus grandes jogadores tinham de jogar fora do país para serem profissionais.
Sem os astros do país e sem a possibilidade de contratar estrangeiros para os times locais, o futebol dinamarquês ficou muito atrás dos países do centro europeu. Tanto que a Dinamarca não conseguiu chegar a nenhuma Copa do Mundo nesse período de amadorismo. Nos campeonatos europeus, só conseguiu a classificação na edição de 1964 — quando teve a sorte de enfrentar adversários fracos nas eliminatórias. Bateu Malta e Luxemburgo para chegar ao Europeu, que seria vencido pela União Soviética.
A expectativa do time então passou a ser muito alta. Nas oitavas de final, a seleção dinamarquesa de Michael Laudrup, Jesper Olsen e do atual treinador da equipe Morten Olsen, enfrentou a Espanha de Emilio Butragueño. E foi esmagada pelo então atacante do Real Madrid e hoje dirigente do clube merengue. Depois de sair na frente com um gol de Jesper Olsen, de pênalti, Butragueño marcou quatro vezes, Goicoechea marcou outra e a Espanha virou o jogo para 5 a 1. Era o fim da participação da Dinamarca na Copa de 1986. Mas aquela geração ainda traria o título mais importante da história do país.
Depois da eliminação traumática no México, a Dinamarca não conseguiu chegar ao próximo Mundial, em 1990, na Itália, nem passou nas eliminatórias da Eurocopa de 1992. Porém, com a exclusão da Iugoslávia, a Dinamarca foi convida a participar do torneio continental. Michael Laudrup, um dos principais jogadores dinamarqueses, não foi convocado por estar brigado com o técnico Richard Nielsen. O irmão mais novo dos Laudrup, Brian, foi para a competição com a mesma camisa 11 usada pelo irmão em 1986 — e curiosamente, com a mesma idade de Michael naquela Copa: 21 anos.
A campanha de 1992 foi irregular. Começou com um empate em 0 a 0 com a Inglaterra, seguida de uma derrota para ao anfitriões suecos por 1 a 0. Na partida final da fase de grupos, a Dinamarca venceu a França de Jean-Pierre Papin por 2 a 1 e chegou às semifinais. O time enfrentou, então, a Holanda, detentora do título europeu, que tinha Dennis Bergkamp, Frank Rijkaard e Marco van Basten no elenco. Após um empate por 2 a 2, os dinamarqueses surpreenderam e venceram os holandeses nos pênaltis.
Na final, a Dinamarca era claramente o azarão. Os alemães, que bateram os suecos por 3 a 2 nas semifinais, buscavam seu terceiro título na competição. Mas o que se viu no estádio Ullevi, em Gotemburgo, foi um grande jogo dos dinamarqueses. John Jensen, no primeiro tempo, e Kim Vilford, já no segundo tempo, fizeram 2 a 0 para a Dinamarca, que alcançou seu primeiro título internacional.
Com os títulos, a Dinamarca passou a ser vista como uma seleção forte entre as europeias, perigosa de ser enfrentada. Chegou à Copa do Mundo de 1998 ao se classificar em um grupo que tinha Eslovênia, Bósnia, Grécia e Croácia, que seria a terceria colocada no Mundial da França.
Na Copa, caiu no grupo da anfitriã França. Classificou-se para as oitavas de final com uma vitória, um empate e uma derrota — justamente para os franceses, que lideraram o grupo com três vitórias. Na fase eliminatória, enfrentou a Nigéria e venceu por impetuosos 4 a 1, com grande atuação do veterano Michael Laudrup.
A fase seguinte colocaria os dinamarqueses frente a frente com o Brasil, então campeão mundial. Com um time forte e organizado taticamente, os dinamarqueses fizeram um jogo difícil contra os brasileiros. Saíram na frente, com gol de Martin Jorgensen, tomaram a virada com gols de Bebeto e Rivaldo, mas chegaram ao empate com Brian Laudrup. Mas RIvaldo fez 3 a 2, com um chute de fora da área, e a Dinamarca viu o Brasil passar de fase.
Novamente, a Dinamarca caiu no grupo da França, agora a campeã do mundo. Desta vez, porém, quem venceu o confronto foi a seleção nórdica. No dia 11 de junho de 2002, a Dinamarca bateu a França por 2 a 0 e não só se classificou em primeiro no grupo, como ainda eliminou os campeões. Na segunda fase, porém, o adversário foi a Inglaterra. E os britânicos não deram chance: venceram por 3 a 0.
Para 2006, a Dinamarca acabou ficando fora do mundial depois de disputar um grupo que tinha Cazaquistão, Geórgia, Albânia, Grécia, Turquia e Ucrânia. O grupo foi muito equilibrado, e a Dinamarca acabou eliminada com apenas duas derrotas, para Ucrânia e Grécia. Ucrânia, com 25 pontos se classificou direto ao Mundial e Turquia, com 23, foi para respescagem e venceu a Suíça, enquanto a Dinamarca, com 22, ficou fora.
Em 2010, com um time experiente, a Dinamarca foi soberana em um grupo complicado das Eliminatórias, que tinha suecos e portugueses, além da Hungria. Com jogadores veteranos de Copa do Mundo, como Tomasson, Dennis Rommedahl e Martin Jorgensen. Conta ainda com a força de um atacante que joga em um grande centro: Nicklas Bendtner, de 21 anos, do Arsenal. Comandados pelo também experiente técnico Morten Olsen, um dos integrantes da Dinamáquina, a Dinamarca tentará na África do Sul chegar às oitavas de final em um grupo que tem a Holanda (cabeça de chave), Camarões e Japão.
Fonte
http://www.trivela.com/Conteudo.aspx?secao=54&id=21499
Site
http://www.dbu.dk/
A Federação Dinamarquesa de Futebol existe desde 1908, mas conseguiu bons resultados no futebol olímpico. Por três vezes, a Dinamarca ganhou a medalha de prata: 1908, 1912 e 1960. Também ganhou um bronze, em 1948. No futebol internacional, a seleção pouco conseguiu, exatamente porque os seus grandes jogadores tinham de jogar fora do país para serem profissionais.
Sem os astros do país e sem a possibilidade de contratar estrangeiros para os times locais, o futebol dinamarquês ficou muito atrás dos países do centro europeu. Tanto que a Dinamarca não conseguiu chegar a nenhuma Copa do Mundo nesse período de amadorismo. Nos campeonatos europeus, só conseguiu a classificação na edição de 1964 — quando teve a sorte de enfrentar adversários fracos nas eliminatórias. Bateu Malta e Luxemburgo para chegar ao Europeu, que seria vencido pela União Soviética.
A Dinamáquina
Foi só em 1984 que a Dinamarca voltou a participar de um Europeu, onde foi eliminada nos pênaltis pela Espanha. A música da Dinamarca chamava o time de “Danish Dynamite” — e com o bom resultado da equipe, o nome se consagoru. Aquele time conseguiria o título europeu, mas impressionaria antes, na Copa do Mundo de 1986. Aquele foi o primeiro Mundial da Dinamarca, que brilhou na primeira fase da competição. Foram três vitórias contra seleções mais tradicionais. Na primeira partida, 1 a 0 na Escócia. No segundo jogo, um atropelamento: 6 a 1 no Uruguai de Enzo Francescoli. Na rodada final da primeira fase, enfrentou a forte Alemanha Ocidental e venceu por 2 a 0.A expectativa do time então passou a ser muito alta. Nas oitavas de final, a seleção dinamarquesa de Michael Laudrup, Jesper Olsen e do atual treinador da equipe Morten Olsen, enfrentou a Espanha de Emilio Butragueño. E foi esmagada pelo então atacante do Real Madrid e hoje dirigente do clube merengue. Depois de sair na frente com um gol de Jesper Olsen, de pênalti, Butragueño marcou quatro vezes, Goicoechea marcou outra e a Espanha virou o jogo para 5 a 1. Era o fim da participação da Dinamarca na Copa de 1986. Mas aquela geração ainda traria o título mais importante da história do país.
Depois da eliminação traumática no México, a Dinamarca não conseguiu chegar ao próximo Mundial, em 1990, na Itália, nem passou nas eliminatórias da Eurocopa de 1992. Porém, com a exclusão da Iugoslávia, a Dinamarca foi convida a participar do torneio continental. Michael Laudrup, um dos principais jogadores dinamarqueses, não foi convocado por estar brigado com o técnico Richard Nielsen. O irmão mais novo dos Laudrup, Brian, foi para a competição com a mesma camisa 11 usada pelo irmão em 1986 — e curiosamente, com a mesma idade de Michael naquela Copa: 21 anos.
A campanha de 1992 foi irregular. Começou com um empate em 0 a 0 com a Inglaterra, seguida de uma derrota para ao anfitriões suecos por 1 a 0. Na partida final da fase de grupos, a Dinamarca venceu a França de Jean-Pierre Papin por 2 a 1 e chegou às semifinais. O time enfrentou, então, a Holanda, detentora do título europeu, que tinha Dennis Bergkamp, Frank Rijkaard e Marco van Basten no elenco. Após um empate por 2 a 2, os dinamarqueses surpreenderam e venceram os holandeses nos pênaltis.
Na final, a Dinamarca era claramente o azarão. Os alemães, que bateram os suecos por 3 a 2 nas semifinais, buscavam seu terceiro título na competição. Mas o que se viu no estádio Ullevi, em Gotemburgo, foi um grande jogo dos dinamarqueses. John Jensen, no primeiro tempo, e Kim Vilford, já no segundo tempo, fizeram 2 a 0 para a Dinamarca, que alcançou seu primeiro título internacional.
Mudança de nível
Em 1995, a Dinamarca participou da Copa das Confederações da Fifa como campeã europeia. Após vencer a Arábia Saudita e o México, os dinamarqueses enfrentaram a seleção campeã da América do Sul: a Argentina, de Roberto Ayala, Javier Zanetti, Ariel Ortega e Gabriel Batistuta. O time, que desta vez contava com os dois irmãos Laudrup em campo, conseguiu vencer por 2 a 0 e levantar novamente um título, três anos depois da conquista do europeu.Com os títulos, a Dinamarca passou a ser vista como uma seleção forte entre as europeias, perigosa de ser enfrentada. Chegou à Copa do Mundo de 1998 ao se classificar em um grupo que tinha Eslovênia, Bósnia, Grécia e Croácia, que seria a terceria colocada no Mundial da França.
Na Copa, caiu no grupo da anfitriã França. Classificou-se para as oitavas de final com uma vitória, um empate e uma derrota — justamente para os franceses, que lideraram o grupo com três vitórias. Na fase eliminatória, enfrentou a Nigéria e venceu por impetuosos 4 a 1, com grande atuação do veterano Michael Laudrup.
A fase seguinte colocaria os dinamarqueses frente a frente com o Brasil, então campeão mundial. Com um time forte e organizado taticamente, os dinamarqueses fizeram um jogo difícil contra os brasileiros. Saíram na frente, com gol de Martin Jorgensen, tomaram a virada com gols de Bebeto e Rivaldo, mas chegaram ao empate com Brian Laudrup. Mas RIvaldo fez 3 a 2, com um chute de fora da área, e a Dinamarca viu o Brasil passar de fase.
A era “pós-Laudrup”
Com a aposentaria de Michael e Brian Laudrup da seleção, não houve uma queda grande de nível. Jogadores como Martin Jorgensen, Jon Dahl Tomasson e Ebbe Sand mantiveram o nível de seus antecessores e levaram a Dinamarca à Copa do Mundo de 2002.Novamente, a Dinamarca caiu no grupo da França, agora a campeã do mundo. Desta vez, porém, quem venceu o confronto foi a seleção nórdica. No dia 11 de junho de 2002, a Dinamarca bateu a França por 2 a 0 e não só se classificou em primeiro no grupo, como ainda eliminou os campeões. Na segunda fase, porém, o adversário foi a Inglaterra. E os britânicos não deram chance: venceram por 3 a 0.
Para 2006, a Dinamarca acabou ficando fora do mundial depois de disputar um grupo que tinha Cazaquistão, Geórgia, Albânia, Grécia, Turquia e Ucrânia. O grupo foi muito equilibrado, e a Dinamarca acabou eliminada com apenas duas derrotas, para Ucrânia e Grécia. Ucrânia, com 25 pontos se classificou direto ao Mundial e Turquia, com 23, foi para respescagem e venceu a Suíça, enquanto a Dinamarca, com 22, ficou fora.
Em 2010, com um time experiente, a Dinamarca foi soberana em um grupo complicado das Eliminatórias, que tinha suecos e portugueses, além da Hungria. Com jogadores veteranos de Copa do Mundo, como Tomasson, Dennis Rommedahl e Martin Jorgensen. Conta ainda com a força de um atacante que joga em um grande centro: Nicklas Bendtner, de 21 anos, do Arsenal. Comandados pelo também experiente técnico Morten Olsen, um dos integrantes da Dinamáquina, a Dinamarca tentará na África do Sul chegar às oitavas de final em um grupo que tem a Holanda (cabeça de chave), Camarões e Japão.
Fonte
http://www.trivela.com/Conteudo.aspx?secao=54&id=21499
Site
http://www.dbu.dk/