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Associação Desportiva São Caetano

Um grupo de pessoas ligadas ao esporte de São Caetano do Sul, liderado pela família Tortorello, resolve reerguer o futebol na cidade, que já havia passado por boas fases com o São Caetano Esporte Clube (anos 30), a Associação Atlética São Bento (anos 50) e o Saad Esporte Clube (anos 70), todos ex- integrantes da elite do futebol paulista.
Primeiro, o grupo utilizou o nome da Sociedade Esportiva Recreativa União Jabaquara, clube de São Caetano que atendia à principal exigência da FPF (Federação Paulista de Futebol): ter disputado campeonatos nos últimos três anos. Uma vez filiado, o nome mudou para Associação Desportiva São Caetano.

As cores azul e branco foram adotadas devido à bandeira da cidade. O escudo do São Caetano foi desenhado por Waldemar Zambrana. O time entrou em campo pela primeira vez em jogos oficiais no dia 18 de março de 1990, pela Terceira Divisão do Campeonato Paulista, empatando com o Comercial de Registro em 1 a 1. O atacante Taloni foi o autor do primeiro gol oficial da história do São Caetano.

CRESCIMENTO ALUCINANTE

O São Caetano é o maior exemplo de crescimento a curto prazo. Após dois anos de sua fundação, em 1991, a equipe foi campeã estadual da Terceira Divisão. Com isso, ganhou destaque, conquistou a simpatia da pequena população da cidade, de apenas 15km², na divisa com a Capital.
A equipe permaneceu na Série A-2, mas retornou novamente do início. Foi em 1998, com o novo acesso e o vice da Série C do Campeonato Brasileiro, que o Azulão deu a grande arrancada de sua história. No ano seguinte, ficou atrás apenas do Avaí, sendo vice-campeão do Campeonato Brasileiro da Série B.

O ‘PEQUENO GIGANTE’

O futebol brasileiro ficou conturbado em 2000, com disputas entre as entidades e clubes. Assim, foi criada a Copa João Havelange, o campeonato nacional, dividido em dois módulos: verde (times da Primeira Divisão) e amarelo (Segunda Divisão), que se enfrentariam num mata-mata na fase final.
Sob o comando de Jair Picerni, o São Caetano ficou em segundo no módulo amarelo e se classificou. Pela frente, teve o tradicional Fluminense. Após um empate em três gols no Palestra Itália, o Azulão embarcou para o Rio, onde enfrentaria o Tricolor no gigante Maracanã. Mesmo com 70 mil torcedores contra, Adhemar fez 1 a 0, ficou conhecido como ‘Canhão do Anacleto Campanella” e levou o time adiante na competição.
O pequeno tornou-se gigante, após eliminar Palmeiras e Grêmio, chegando à final contra o Vasco da Gama. No primeiro jogo, empate em um gol. Na volta, em São Januário, no Rio, uma tragédia: a queda do alambrado do estádio, que machucou centenas de pessoas e provocou um terceiro duelo, desta vez, no Maracanã. Mesmo com a derrota por 3 a 1, o Azulão ganhou destaque nacional e foi considerado pelos demais torcedores como o “campeão moral”.
O vice deu direito à equipe de participar da Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro de 2001. Neste ano, foi campeã paulista da Série A-2, conquistando o acesso à elite. Poucos acreditavam, mas o Azulão voltou a alçar um grande vôo, novamente com Jair Picerni.
Num time formado por Silvio Luiz, Mancini, Müller, Daniel, Esquerdinha, Dininho, Serginho e Magrão, entre outros, o São Caetano eliminou grandes equipes e chegou novamente à final nacional. A cidade se mobilizou e 22 mil pessoas lotaram o Anacleto para ver a decisão contra o Atlético-PR. Nem a derrota, com um novo vice, apagou a estrela do Azulão.

PROJEÇÃO INTERNACIONAL

O São Caetano ganhou projeção internacional em 2001, quando disputou sua primeira Copa Libertadores da América, vaga conquistada com o vice da João Havelange. No Grupo 7, se classificou para a segunda fase ao lado do Cruz Azul (México). Depois, na fase eliminatória, se deparou com o Palmeiras. Venceu em casa por 1 a 0, perdeu no Palestra pelo mesmo placar e, nos pênaltis, viu a vaga escapar.
Com o vice do Brasileiro de 2001, voltou a percorrer a América em 2002. O Azulão liderou o Grupo 1, deixando para trás Cobreloa (Chile), Alianza Lima (Peru) e Cerro Porteño (Paraguai). No mata-mata, passou pela Universidad Católica (Chile), Peñarol (Uruguai) e América do México. E foi o mais jovem finalista da Libertadores. O Olímpia (Paraguai) foi o adversário.
O Azulão surpreendeu os paraguaios em pleno Defensores Del Chaco, fazendo 1 a 0. A volta foi no Pacaembu. O time perdeu o jogo no tempo normal por 2 a 1 e foi para a decisão por pênaltis. Nem o azar, com a derrota por 4 a 2, minimizou a campanha do São Caetano, que foi além de muitos outros times de tradição do futebol brasileiro.

Enfrentar o São Caetano virou sinônimo de perigo para os grandes clubes do País. Após dois vices nacionais e a campanha extraordinária na Libertadores, o Azulão ficou com a quarta colocação do Brasileirão 2003, dando uma vaga na Libertadores 2004. Neste ano, chegou à fase eliminatória. Empatou duas vezes com o Boca Juniors (Argentina) e parou novamente nos pênaltis, desta vez, no estádio La Bombonera.

O GRANDE TÍTULO

Em 2004, liderado pelo técnico Muricy Ramalho, o São Caetano conquistou seu primeiro título de peso. Com estrelas como Silvio Luiz, Luiz, Dininho, Thiago, Ânderson Lima, Serginho, Triguinho, Marcelo Mattos, Mineiro, Gilberto, Marcinho, Euller e Fabrício Carvalho, o Azulão eliminou São Paulo e Santos antes de fazer a grande final com o Paulista de Jundiaí. Duas vitórias no Pacaembu (3 a 1 e 2 a 0), com mais de 20 mil pessoas por jogo, renderam ao time do Grande ABC o lugar mais alto do principal torneio estadual do Brasil.

O bicampeonato estadual bateu na trave três anos depois. Novamente desacreditado e sob o comando de Dorival Júnior, o Azulão eliminou o São Paulo na semifinal e decidiu o título com o Santos. Luiz, Douglas e Somália lideraram a equipe, que venceu o primeiro jogo por 2 a 0. Na volta, derrota pelo mesmo placar. Como tinha melhor campanha, o Peixe acabou ficando com a taça.

Títulos

- Campeão Paulista da Primeira Divisão (2004)
- Campeão Paulista da Série A-2 (2000)
- Campeão Paulista da Série A-3 (1991 e 1998)

ESTÁDIO MUNICIPAL ANACLETO CAMPANELLA

Escolha do nome: Anacleto Campanella foi a forma encontrada pelos construtores do estádio para homenagear o então prefeito da cidade. Anacleto Campanella foi uma das pessoas mais importantes da história de São Caetano do Sul e governou a cidade durante oito anos (1953-1957 e 1961-1965), em seus dois mandatos na prefeitura.

Inauguração: 2 de janeiro de 1955.

Primeiro jogo: São Bento de São Caetano 1 x 0 XV de Piracicaba.

Recorde de público: 20 mil pessoas (23/12/2001, São Caetano x Atlético-PR, final do Campeonato Brasileiro).

Capacidade atual: 14 mil pessoas.

Hino
Letra e música de:
Carlos Roberto de Jesus Polastro

-No dia quatro de dezembro aconteceu Aquele fato que marcou a nossa história Foi nessa data que, pujante ele nasceu Um clube já predestinado para a glória Com disciplina e respeitando seus rivais Parte prá luta para ser o "Campeão" Leva a torcida... para o delírio Alegra o meu coração São Caetano... vamos prá vitória Nosso objetivo é só o gol... "gol !" Marque prá sempre, fique na memória Mostre ao povo o que é futebol São Caetano... brilhe e a sua luz Se perpetuará na imensidão Honre a cidade que te batizou Ostenta, no alto, seu pendão.


Mascote

O Azulão em forma de pássaro nada mais é do que uma homenagem de seus fundadores às cores tradicionais do São Caetano. A certeza de que faria vôos altos em sua trajetória definiu o mascote como um pássaro. A escolha da ave que representa o clube não poderia ter sido melhor. Afinal, o São Caetano disputou as principais competições (como Libertadores, Brasileiro, Copa do Brasil e Campeonato Paulista) com a beleza de um vôo que só os pássaros são capazes de fazer.

Site

http://www.adsaocaetano.com.br

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