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Botafogo Futebol Clube


O Botafogo Futebol Clube de Ribeirão Preto foi fundado em 1918. Naquela época, cada bairro da cidade era representado por um ou mais times, que jogavam entre si em disputas bastante acirradas. Na Vila Tibério, três equipes dividiam a preferência dos torcedores locais: União Paulistano, Tiberense e Ideal Futebol Clube. Com os craques do bairro diluídos por três times, a Vila Tibério não contava com um representante que fizesse frente aos outros clubes da cidade, como o Comercial, o Operário, o Itália, o Atlântico e o Força e Coragem.

Para reverter essa situação, um grupo ligado ao Ideal F.C. convidou representantes dos outros dois times de Vila Tibério para discutirem a possibilidade de uma fusão, buscando o apoio de todos os moradores do bairro em torno de apenas um clube. Desse primeiro encontro participaram Francisco Oranges, membro da diretoria do Tiberense; Pedro, José e João Aguiar, dirigentes do União Paulistano; além de Júlio Pé de Ferro e Antônio Cardoso, jogadores do União Paulistano.
Depois de consumada a união entre os três times, faltava escolher o nome do novo clube. Diz a lenda que depois de muita discussão e confusão, sem que se chegasse a nenhuma conclusão, um dos diretores declarou que botaria fogo em todos os documentos e que a fusão das equipes seria desfeita. A ameaça incendiária do dirigente acabou ajudando na escolha do nome. Nas primeiras décadas do século, o Botafogo do Rio de Janeiro era um dos clubes mais famosos do Brasil e todos concordaram em homenagear o time carioca na hora de batizar a nova associação.

Na posse do primeiro presidente, Joaquim Gagliano, funcionário da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, foi realizado o primeiro rateio para a compra de material esportivo para o Botafogo. Funcionários da Cervejaria Antarctica e da Companhia Mogiana de Estrada de Ferro logo aderiram ao novo clube, como torcedores e colaboradores.
A primeira partida do Botafogo aconteceu em Franca, contra o Esporte Clube Fulgêncio. O time de Ribeirão Preto não se intimidou em estrear fora de casa e venceu por 1 a 0. A festa foi completa em Vila Tibério, onde os moradores tomaram as ruas para comemorar ao lado do presidente Gagliano e dos diretores do clube.

A primeira conquista veio em 1927, quando o Botafogo sagrou-se Campeão do Interior. Foi a única vez que um time de Ribeirão Preto levou esse título, glória que o maior rival dos botafoguenses, o Comercial, não possui em sua história.
O ano de 1956 foi um dos mais brilhantes na história do Botafogo. O clube foi o campeão do Centenário de Ribeirão Preto, ao vencer o Comercial por 4 a 2; foi premiado com a Taça dos Invictos, que pela primeira vez era oferecida a um clube do interior, depois de ficar 19 partidas sem ser derrotado; e conquistou o título da Segunda Divisão do Campeonato Paulista, garantindo o direito de jogar junto aos grandes times de São Paulo.

O título foi assegurado depois de três jogos contra o Paulista. No primeiro, em Ribeirão Preto, o Botafogo venceu por 1 a 0. A segunda partida foi realizada em Jundiaí, e dessa vez o Paulista saiu vitorioso: 3 a 1. Foi necessário marcar mais um jogo, só que agora em campo neutro. O gol de Dicão, no Parque Antártica, foi suficiente para levar o título para Ribeirão Preto. No dia seguinte à vitória foi decretado feriado na cidade para que todos pudessem receber os heróis que levaram o Pantera à Primeira Divisão do Campeonato Paulista.
Em 1977, 21 anos depois da conquista do título da Segunda Divisão, o Botafogo voltou a ser responsável por um inesperado dia de festa em Ribeirão Preto. O Tricolor foi o campeão do primeiro turno do Campeonato Paulista e ficou com a Taça Cidade de São Paulo. Um dos maiores jogadores revelados pelo Botafogo participou dessa conquista: Sócrates. O time principal do Botafogo no título da Taça Cidade de São Paulo era formado por: Aguillera, Wilson Campos, Nei, Manoel e Mineiro; Mario, Lorico e Sócrates; Zé Mario, Arlindo e João Carlos Motoca.

Somente na década de 90, o Botafogo voltou a figurar na elite do futebol brasileiro. O clube de Ribeirão Preto voltou a disputar a Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro em 99, depois dos vices-campeonatos na Série C, em 96, e na Série B, em 98, quando perdeu o título para o Gama. O Primeiro Jogo A estréia do novo clube fundado em Vila Tibério, foi contra o E.C.Fulgencio, da cidade de Franca. O jogo foi realizado no campo do adversário, e a vitória coube ao Botafogo, pela contagem de 1x0. Nesse dia, os moradores de Vila Tibério saíram às ruas, para comemorar a vitória junto com os seus jogadores, fazendo com que a diretoria, comandada pôr Gagliano, composta pôr Domingos Borges, pela Família Trigo, pôr Francisco Oranges e pelos Irmãos Aguiar, encontrasse forças para realizar um trabalho cada vez maior, dando origem à grandeza que hoje é o Botafogo Futebol Clube. Nessa mesma época, Manoela Trigo fundou a torcida feminina do tricolor, e, segundo muitos, chegou a presidir o clube, em um momento de dificuldades, quando muitos acreditavam que a Agremiação fosse desaparecer. Nove anos mais tarde, o Botafogo conquistaria o seu primeiro grande título, em 1927, tornando-se Campeão do Interior, suplantando ao grande rival, o Comercial FC, que também tentava tal triunfo. Naquele ano, dividiram a presidência do Botafogo, Augusto Silva e Adriano dos Santos, sendo a equipe de futebol, capitaneada pôr Maximo Trujillo, conhecido como "Carrapato", que terminou seus dias como funcionário do clube, trabalhando de copeiro na sede administrativa do tricolor.

Primeira Grande Conquista
O ano de 1956 surge como um ano de grandes glórias para o Botafogo.
A conquista da primeira Taça dos Invictos para o interior paulista, troféu instituído pelo jornal “A Gazeta Esportiva”, já anunciava a condição da primeira grande conquista do tricolor que seria o acesso à principal divisão do futebol de São Paulo, título este perseguido desde 1947. Incluído na série A do torneio dos campeões, o Botafogo tornou-se um dos finalistas, juntamente com o Paulista da cidade de Jundiaí. As finais foram disputada em uma melhor de três jogos, sendo o primeiro em Ribeirão Preto, o segundo em Jundiaí, e o terceiro em São Paulo, no tradicional estádio do Parque Antarctica. As equipes chegaram à São Paulo na tarde de 10 de fevereiro, em igualdade de condições. O primeiro jogo em Ribeirão Preto apresentou o placar de 1x0 para o Botafogo, enquanto que a segunda partida em Jundiaí apresentou vitória do Paulista por 3x1. Com a necessidade da terceira partida o ambiente em Ribeirão era um misto de confiança e incerteza. Uma grande torcida botafoguense se fazia presente nas arquibancadas de Parque Antárctica, deslocando-se para a capital levada principalmente pelos trilhos da Mogiana. O bom estado foi um alívio para o tricolor, que logo nos primeiros minutos já demonstrava sua superioridade. Com sua tradicional marca de fibra e raça, o onze tricolor colocava o “o coração na ponta das chuteiras”, sob o comando o técnico José Agnelli, que escalara o atacante Ponce, um lutador que não dava sossego às defesas adversárias, Na meia esquerda entrava Neco, neutralizando as ofensivas de Alvair, e o marcador Mário seguia o craque Bene do Paulista por todo o campo. Nasce o lance do gol, através de uma cabeçada indefensável de Dicão. Em um ambiente dramático, segue a partida até o apito final do árbitro, iniciando uma maratona de comemorações pela capital paulista desde o estádio até o centro, culminando defronte a redação da “A Gazeta Esportiva”. Segunda feria, 11 de fevereiro, foi decretado ponto facultativo pela prefeitura e o comércio e a indústria paralisaram suas atividades a partir do meio dia, para que todos se dirigissem ao Aeroporto Leite Lopes, recepcionando os heróis do acesso. A cidade já reconhecia o tricolor como o orgulho de Ribeirão. Valdomiro da Silva, “o presidente da vitória, empunhando a Taça dos Invictos, acompanhado da delegação vitoriosa, são envolvidos pela multidão que os leva nos braços até o carro alegórico. Com um cortejo impressionante, inicia-se o “Carnaval da Vitória”. Quase três horas de desfile sob o aplauso de mais de trinta mil pessoas. O maior espetáculo popular já visto em Ribeirão Preto na consagração do Botafogo, que dera de presente à cidade o título da primeira divisão.

O Pantera das Américas
Motivado por suas constantes conquistas regionais, o tricolor de Ribeirão já era carinhosamente chamado de “PANTERA DA MOGIANA”, em alusão a adoção de seu mascote, uma Pantera, e a região da mogiana, onde se localiza geograficamente a cidade de Ribeirão Preto.
Porém em janeiro de 1962, o Botafogo partia para sua primeira excursão internacional em gramados sul americanos. A estréia se deu no dia 17 de janeiro de 1962, em partida realizada no estádio San Martim em Mar Del Plata, enfrentando o C.A Quilmes, com vitória deste adversário por 2X1. A recuperação aconteceria na partida seguinte em Olavarria, onde o Botafogo vence a equipe do Estudiantes pelo placar de 5x2, com grande atuação do ataque tricolor. A seqüência da excursão tornou-se um sucesso com seguidas vitórias em Baia Blanca, Tandil, Nacochéa e Rosário, empate em Santa Fé, nova vitória Córdoba, San Francisco e Rio Quarto, até o retorno a Buenos Aires, onde enfrentou o Boca Junior`s no estádio de La Bombonera, onde o Botafogo perdeu por 2x1, em partida memorável, com a presença de torcedores de Ribeirão que viajaram em avião fretado especialmente para acompanhar a partida, que teve ainda transmissão da rádio Bandeirantes de São Paulo,além de emissoras ribeirãopretanas. Duas partidas ainda foram realizadas, com empate em Junin e vitória contra o Quilmes em Cordoba. Em sua primeira excursão, o tricolor disputou 14 jogos, perdeu dois, empatou 3 e conquistou nove vitórias. Quando regressou ao Brasil, o jornal “A Gazeta Esportiva”, festejava sua campanha alterando o slogam da equipe de “Pantera da Mogiana” para “Pantera da Américas”, tendo sido calorosa a recepção da delegação botafoguense na chegada à Ribeirão Preto.

Hino

Botafogo, Botafogo Orgulho de Ribeirão Sua fibra, sua raça Mantém a nossa tradição A bravura, da sua gente Acende nossos corações Grandioso Botafogo Celeiro de campeões Foi a Vila, Vila Tibério O berço do tricolor Crescendo sempre, se consagrando Na glória da região Sem preconceito, tem branco e preto nela Vermelho representa o sangue do Pantera Nossa bandeira altaneira, varonil Vai tremulando pelo céu do meu Brasil O tricolor de Santa Cruz ninguém engole Porque a galera do Pantera não é mole

Títulos

Vice Campeão Brasileiro Série B 1998
Vice Campeão Brasileiro Série C 1996
Vice Campeão Paulista: 2001
Campeão Paulista do Interior: 1927
Campeão Paulista da Série A2: 1956
Campeão Paulista da Série A2: 2000
Vice-Campeonato Paulista A2: 1955
Campeão Paulista da Série A3: 2006

Estádio

O Estádio Santa Cruz é um estádio de futebol localizado na cidade de Ribeirão Preto no Estado de São Paulo, Brasil, e pertencente ao Botafogo. O estádio tem capacidade para aproximadamente 32.000 espectadores. O mesmo recebeu duas vezes a final do Campeonato Paulista, em 1995 (Palmeiras x Corinthians) e 2001 (Botafogo FC x Corinthians).

O estádio foi inaugurado no dia 21 de Janeiro de 1968, quando o Botafogo de Ribeirão Preto goleou por 6 a 2 a Romênia, Sicupira, jogador do Botafogo, foi autor do primeiro gol do estádio. O nome Santa Cruz refere-se ao bairro onde o estádio foi construido, o Santa Cruz do José Jacques.

Em 17 de Março de 1993, cerca de 72.000 pessoas foram ao Santa Cruz ver a Seleção Brasileira empatar em 2 a 2 com a Polônia.

Mascote


A pantera tem como características principais a força e a flexibilidade no mundo animal. Dentro dos gramados, o Botafogo ganhou o apelido de “Pantera da Mogiana” pelas vitórias obtidas contra as equipes pertencentes a esta região do Estado de São Paulo. A conquista do título inédito de Campeão do Interior, em 1927, fez do Botafogo uma equipe temível, exatamente como uma pantera.





Site
http://www.botafogosp.com.br

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