A Unione Calcio Sampdoria foi fundada no dia 12 de agosto de 1946, com a fusão de duas equipes: a Sampierdarenese e a Andrea Doria. O clube logo foi inscrito na Série A do Campeonato Italiano, onde estreou no dia 22 de setembro de 1946 na derrota para a Roma por 3 a 1.
A camisa do clube ganhou as cores das duas equipes que se juntaram: o branco e azul da Andrea Doria e o vermelho e preto da Sampierdarenese. No símbolo, a foto de um típico pescador da região, chamado de Baciccia. As duas primeiras temporadas não foram fáceis, mas o time conseguiu permanecer na Série A.
Em 1948/49, porém, a Samp surpreendeu e terminou a competição em quinto lugar, com o chamado “ataque atômico”, com Baldini (o primeiro jogador do clube a ser convocado para a seleção italiana) e Bassetto. A equipe seguiu com boas campanhas, sempre incomodando os grandes.
Em 1958, o clube contratou um dos maiores ídolos da torcida, o atacante Ernesto “Tito” Cucchiaroni. Porém, em 1965/66, a equipe acabou sendo rebaixada para a Série B pela primeira vez na sua história. A passagem pela segunda divisão durou pouco. Logo no ano seguinte, a Samp voltou para a elite.
O clube, porém, atravessava uma séria crise financeira. Os anos 70 foram difíceis para o time blucerchiata, que estava sempre na zona intermediária da tabela. Em 1973, Colantuoni deixou a presidência do clube após cinco anos no cargo.
Chegou então Giulio Rolandi, que logo passou a função para Glauco Lolli Ghetti – pela segunda vez. Foi uma sucessão de troca de presidentes. Em 1977, a Samp caiu para a Série B. Durante a competição, a torcida fez várias manifestações contra Lolli Ghetti.
Ele não aguentou e o cargo passou para Edmondo Costa. A falta de investimentos fez com que o time não conseguisse bons resultados na segunda divisão. Mas tudo estava por mudar. A Samp começava a enxergar a luz no final do túnel.
Após novos protestos da torcida, Costa decidiu vender o clube: no dia 3 de julho de 1979, a Sampdoria foi comprada por Paolo Mantovani, um petroleiro romano que acabara de chegar em Gênova. Sua missão era o sonho da torcida blucerchiata: retornar à Série A.
Mais que isso: ele queria o scudetto. Mantovani fez uma revolução na parte interna do clube, mudando completamente a diretoria. O time também sofreu grandes transformações. Em 1981/82, após cinco anos na Série B, a Samp voltou à elite do futebol italiano. Festa em Gênova.
Mantovani foi obrigado a reforçar a equipe: entre alguns bons jogadores, chegou Roberto Mancini, do Bologna. A administração e o empenho do presidente animaram os torcedores, que começaram a comparecer em grande número ao estádio.
Em 1984/85, o clube conquistou seu primeiro grande título: a Copa da Itália. Foram anos dourados para a Samp. A equipe conquistaria o bi e o tri do torneio em 1987/88 e 1988/89. Na temporada seguinte viria o primeiro sucesso internacional: a Recopa, vencida contra o Anderlecht, da Bélgica.
Mas o melhor ainda estava por vir. Sob o comando do técnico Vujadin Boskov, a Samp ganhou ainda mais força e o carisma dos italianos. Em 1990/91, Mantovani montou um esquadrão, que tinha nomes como Pagliuca, Toninho Cerezo, Vierchowod, Lombardo, Mancini e Vialli.
Não deu outra: Sampdoria campeã italiana. Um scudetto mais do que comemorado e merecido. Cinco pontos de vantagem sobre Milan e Inter. Vialli artilheiro. Os torcedores foram às ruas festejar o título inédito. Na temporada seguinte, a equipe surpreendeu e chegou à final da Liga dos Campeões contra o Barcelona.
Pecado para a equipe italiana, que levou o jogo para a prorrogação, mas, faltando sete minutos para terminar, tomou o gol de Ronald Koeman, que deu o título aos espanhóis. Em 1993/94, a Samp venceu a Copa da Itália pela quarta vez.
Era o fim daquela velha e boa Sampdoria. A morte de Mantovani, em 1993, foi apenas o início de tempos difíceis e o declínio do time – seu filho, Enrico Mantovani, assumiu a presidência. O atacante Vialli já nem fazia mais parte do elenco – foi vendido em 1992 para a Juventus. Pagliuca foi para a Inter. E outros bons jogadores, como Mancini e Mihajlovic deixaram a equipe.
Em 1998/99, a Samp caiu para a Série B. Na temporada 2001/02, o clube quase foi parar na Série C, mas conseguiu se safar muito graças ao atacante Flachi. Assim como aconteceu com Mantovani, a Samp precisava de alguém para reerguê-la. Um novo petroleiro apareceu para salvar o clube da falência: Riccardo Garrone.
O dono da ERG (patrocinador da Samp) contratou o técnico Walter Novellino, especialista em promoções para a Série A. Trouxe jogadores de nome como Volpi, Bazzani e Turci, que se juntaram com os jovens talentos como Palombo, Domizzi e Gasbarroni.
Em 2002/03, a Samp voltou para elite do futebol italiano novamente. Com um elenco equilibrado, se firmou na Série A conquistando um oitavo lugar. Em 2004/05, a equipe de Gênova conquistou um surpreendente quinto lugar, uma posição abaixo da zona da Liga dos Campeões.
Mas na temporada seguinte, caiu de produção novamente e ficou na parte intermediária da tabela. O técnico Walter Novellino passou a ser contestado pela torcida. Em 2007/08, Walter Mazzarri chegou para substituí-lo. Junto com ele veio o atacante Cassano, hoje muito adorado pelos torcedores.
Os dois juntos levaram o time para a Copa da Uefa, onde não obteve grande sucesso. Em 2008/09, Cassano, Mazzarri e a Sampdoria alcançaram a final da Copa da Itália, mas a Lazio ficou o título. O treinador decidiu por sair do clube, deixando a vaga para Luigi Del Neri.
Títulos
Campeonato Italiano (1) 1990/91
Serie B: (2) 1933-34, 1966-67
Copa da Itália (4) 1984/85, 1987/88, 1988/89 e 1993/94
Recopa (1) 1989/90
Estádio
O Estádio Luigi Ferraris (apelidado de Marassi) é um estádio localizado em Gênova, na Itália. É a casa dos times de futebol Genoa 1893 e UC Sampdoria.
Inaugurado em 22 de Janeiro de 1911 no bairro de Marassi (da onde vem o apelido), com um jogo entre Genoa 1893 e Internazionale, com capacidade para 20.000 torcedores. Em 1 de Janeiro de 1933, foi rebatizado com o nome de Luigi Ferraris, capitão do Genoa e héroi da Primeira Guerra Mundial pela Itália.
Recebeu uma partida da Copa do Mundo de 1934, a derrota brasileira por 3 a 1 para a Espanha.
Em 1987 foi demolido e reconstruído, recebendo quatro partidas da Copa do Mundo de 1990.
Atualmente o estádio tem capacidade para 36.536 torcedores, mas o recorde de público no estádio é de 60.000 torcedores, num jogo entre Itália e Portugal, em 27 de Fevereiro de 1949.
Hino
Se deserte son le strade,
oggi doria giochi tu,
le bandiere blucerchiate,
batte il cuore della sud,
Per quegl’undici campioni,
l’entusiasmo scoppiera’,
la comenica allo stadio,
un canto s’alzera'
Doria ole’, doria ole’, forza doria, doria ole’
Se le squadre sono tante,
la piu’ bella resti tu,
dei ragazzi sei l’orgolgio,
e per noi la gioventu',
Vive sotto la lanterna,
operosa la citta',
e benche cost’ moderna,
si commuove nel cantar
Doria ole’, doria ole', forza doria, doria ole'
Apelido: Samp, Doria, Blucerchiati
Mascote
A mascote da Sampdoria é o Baciccia, que é uma silhueta de um pescador genovês típico, com barba, chapéu característico, cachimbo e cabelos ao vento. O símbolo está, inclusive, no escudo da agremiação.
Site
http://www.sampdoria.it/
A camisa do clube ganhou as cores das duas equipes que se juntaram: o branco e azul da Andrea Doria e o vermelho e preto da Sampierdarenese. No símbolo, a foto de um típico pescador da região, chamado de Baciccia. As duas primeiras temporadas não foram fáceis, mas o time conseguiu permanecer na Série A.
Em 1948/49, porém, a Samp surpreendeu e terminou a competição em quinto lugar, com o chamado “ataque atômico”, com Baldini (o primeiro jogador do clube a ser convocado para a seleção italiana) e Bassetto. A equipe seguiu com boas campanhas, sempre incomodando os grandes.
Em 1958, o clube contratou um dos maiores ídolos da torcida, o atacante Ernesto “Tito” Cucchiaroni. Porém, em 1965/66, a equipe acabou sendo rebaixada para a Série B pela primeira vez na sua história. A passagem pela segunda divisão durou pouco. Logo no ano seguinte, a Samp voltou para a elite.
O clube, porém, atravessava uma séria crise financeira. Os anos 70 foram difíceis para o time blucerchiata, que estava sempre na zona intermediária da tabela. Em 1973, Colantuoni deixou a presidência do clube após cinco anos no cargo.
Chegou então Giulio Rolandi, que logo passou a função para Glauco Lolli Ghetti – pela segunda vez. Foi uma sucessão de troca de presidentes. Em 1977, a Samp caiu para a Série B. Durante a competição, a torcida fez várias manifestações contra Lolli Ghetti.
Ele não aguentou e o cargo passou para Edmondo Costa. A falta de investimentos fez com que o time não conseguisse bons resultados na segunda divisão. Mas tudo estava por mudar. A Samp começava a enxergar a luz no final do túnel.
Após novos protestos da torcida, Costa decidiu vender o clube: no dia 3 de julho de 1979, a Sampdoria foi comprada por Paolo Mantovani, um petroleiro romano que acabara de chegar em Gênova. Sua missão era o sonho da torcida blucerchiata: retornar à Série A.
Mais que isso: ele queria o scudetto. Mantovani fez uma revolução na parte interna do clube, mudando completamente a diretoria. O time também sofreu grandes transformações. Em 1981/82, após cinco anos na Série B, a Samp voltou à elite do futebol italiano. Festa em Gênova.
Mantovani foi obrigado a reforçar a equipe: entre alguns bons jogadores, chegou Roberto Mancini, do Bologna. A administração e o empenho do presidente animaram os torcedores, que começaram a comparecer em grande número ao estádio.
Em 1984/85, o clube conquistou seu primeiro grande título: a Copa da Itália. Foram anos dourados para a Samp. A equipe conquistaria o bi e o tri do torneio em 1987/88 e 1988/89. Na temporada seguinte viria o primeiro sucesso internacional: a Recopa, vencida contra o Anderlecht, da Bélgica.
Mas o melhor ainda estava por vir. Sob o comando do técnico Vujadin Boskov, a Samp ganhou ainda mais força e o carisma dos italianos. Em 1990/91, Mantovani montou um esquadrão, que tinha nomes como Pagliuca, Toninho Cerezo, Vierchowod, Lombardo, Mancini e Vialli.
Não deu outra: Sampdoria campeã italiana. Um scudetto mais do que comemorado e merecido. Cinco pontos de vantagem sobre Milan e Inter. Vialli artilheiro. Os torcedores foram às ruas festejar o título inédito. Na temporada seguinte, a equipe surpreendeu e chegou à final da Liga dos Campeões contra o Barcelona.
Pecado para a equipe italiana, que levou o jogo para a prorrogação, mas, faltando sete minutos para terminar, tomou o gol de Ronald Koeman, que deu o título aos espanhóis. Em 1993/94, a Samp venceu a Copa da Itália pela quarta vez.
Era o fim daquela velha e boa Sampdoria. A morte de Mantovani, em 1993, foi apenas o início de tempos difíceis e o declínio do time – seu filho, Enrico Mantovani, assumiu a presidência. O atacante Vialli já nem fazia mais parte do elenco – foi vendido em 1992 para a Juventus. Pagliuca foi para a Inter. E outros bons jogadores, como Mancini e Mihajlovic deixaram a equipe.
Em 1998/99, a Samp caiu para a Série B. Na temporada 2001/02, o clube quase foi parar na Série C, mas conseguiu se safar muito graças ao atacante Flachi. Assim como aconteceu com Mantovani, a Samp precisava de alguém para reerguê-la. Um novo petroleiro apareceu para salvar o clube da falência: Riccardo Garrone.
O dono da ERG (patrocinador da Samp) contratou o técnico Walter Novellino, especialista em promoções para a Série A. Trouxe jogadores de nome como Volpi, Bazzani e Turci, que se juntaram com os jovens talentos como Palombo, Domizzi e Gasbarroni.
Em 2002/03, a Samp voltou para elite do futebol italiano novamente. Com um elenco equilibrado, se firmou na Série A conquistando um oitavo lugar. Em 2004/05, a equipe de Gênova conquistou um surpreendente quinto lugar, uma posição abaixo da zona da Liga dos Campeões.
Mas na temporada seguinte, caiu de produção novamente e ficou na parte intermediária da tabela. O técnico Walter Novellino passou a ser contestado pela torcida. Em 2007/08, Walter Mazzarri chegou para substituí-lo. Junto com ele veio o atacante Cassano, hoje muito adorado pelos torcedores.
Os dois juntos levaram o time para a Copa da Uefa, onde não obteve grande sucesso. Em 2008/09, Cassano, Mazzarri e a Sampdoria alcançaram a final da Copa da Itália, mas a Lazio ficou o título. O treinador decidiu por sair do clube, deixando a vaga para Luigi Del Neri.
Títulos
Campeonato Italiano (1) 1990/91
Serie B: (2) 1933-34, 1966-67
Copa da Itália (4) 1984/85, 1987/88, 1988/89 e 1993/94
Recopa (1) 1989/90
Estádio
O Estádio Luigi Ferraris (apelidado de Marassi) é um estádio localizado em Gênova, na Itália. É a casa dos times de futebol Genoa 1893 e UC Sampdoria.
Inaugurado em 22 de Janeiro de 1911 no bairro de Marassi (da onde vem o apelido), com um jogo entre Genoa 1893 e Internazionale, com capacidade para 20.000 torcedores. Em 1 de Janeiro de 1933, foi rebatizado com o nome de Luigi Ferraris, capitão do Genoa e héroi da Primeira Guerra Mundial pela Itália.
Recebeu uma partida da Copa do Mundo de 1934, a derrota brasileira por 3 a 1 para a Espanha.
Em 1987 foi demolido e reconstruído, recebendo quatro partidas da Copa do Mundo de 1990.
Atualmente o estádio tem capacidade para 36.536 torcedores, mas o recorde de público no estádio é de 60.000 torcedores, num jogo entre Itália e Portugal, em 27 de Fevereiro de 1949.
Hino
Se deserte son le strade,
oggi doria giochi tu,
le bandiere blucerchiate,
batte il cuore della sud,
Per quegl’undici campioni,
l’entusiasmo scoppiera’,
la comenica allo stadio,
un canto s’alzera'
Doria ole’, doria ole’, forza doria, doria ole’
Se le squadre sono tante,
la piu’ bella resti tu,
dei ragazzi sei l’orgolgio,
e per noi la gioventu',
Vive sotto la lanterna,
operosa la citta',
e benche cost’ moderna,
si commuove nel cantar
Doria ole’, doria ole', forza doria, doria ole'
Apelido: Samp, Doria, Blucerchiati
Mascote
A mascote da Sampdoria é o Baciccia, que é uma silhueta de um pescador genovês típico, com barba, chapéu característico, cachimbo e cabelos ao vento. O símbolo está, inclusive, no escudo da agremiação.
Site
http://www.sampdoria.it/