A história do Torino inicia-se após uma combinação de equipes surgidas ainda no século XIX. Em 1891, foi criada a Internazionale Torino. Três temporadas depois, foi fundado o FC Torinese. As duas agremiações disputavam o Campeonato Italiano com certo destaque, mesmo sem conquistar o título.
Em 1900, as agremiações se fundiram, mantendo o nome FC Torinese. Em 1906, o clube juntou-se a um grupo de dissidentes da Juventus, até então a maior equipe da cidade, e daí nasceu o Foot Ball Club Torino, que existe até hoje.
Desde o início de sua vida, o Torino carregou consigo a camisa grená. A cor foi escolhida graças à preferência de Alfredo Dick, um dos fundadores do clube e também torcedor do Servette, da Suíça, que trajava essa cor.
Existe, porém, uma versão mais nobre para a escolha. Ela poderia ter sido inspirada na Brigada Savoia, que, em 1706, havia livrado a cidade de Turim da cobiça dos franceses, que sonhavam em tomar o local para si. No retorno da batalha, os soldados vestiam um lenço cor de sangue.
Nos gramados, o Torino já começava a construir uma das rivalidades mais fortes de toda a Itália, contra a conterrânea Juventus. O primeiro confronto se deu logo em 1907, com vitória do time grená por 1 a 0.
E os bons desempenhos em campo não ficariam restritos a esse confronto. Logo na primeira participação no Campeonato Italiano, o Torino terminou em segundo lugar, perdendo a final para o Genoa.
Anos depois, o clube do sul do país voltaria a impedir o primeiro título nacional do Torino. Na temporada 1914/15, o clube grená disputava o Campeonato Italiano com destaque, ficando entre os melhores da eliminatória de sua região. Do outro lado, o Genoa se classificava para a partida decisiva.
O problema é que, em virtude da Primeira Guerra Mundial, a competição daquele ano foi suspensa, assim como as duas seguintes. Em 1919, no retorno às atividades, a Federação Italiana declarou o Genoa como campeão nacional.
A perda do scudetto não abalou o Torino, que continuou em busca dos títulos, e ficou sempre próximo dos principais times do país. A primeira vez que conseguiu o troféu, porém, foi manchada por um escândalo.
Na temporada 1926/27, o time conquistou o Campeonato Italiano deixando a rival Juventus ficando com o segundo lugar. A equipe, porém, teve a conquista revogada pela FIGC (Federação Italiana), que acusou o Torino de subornar equipes para vencer o rival alvinegro. A taça só iria mesmo para a galeria da equipe grená na temporada seguinte.
Foi, no entanto, uma conquista à parte. Isso porque a agremiação passaria a década seguinte longe das principais conquistas. Mas a volta ao lugar mais alto do pódio, porém, seria no período mais glorioso do clube. Era o começo do “Grande Torino”.
O primeiro passo para essa fase veio em 1935/36, quando o time conseguiu seu primeiro título na história: a Copa da Itália. No ano seguinte, o Torino mudou seu nome para Football Club ad Associazone Calcio por pressão do governo fascista.
Foi no início dos anos 1940, porém, que o clube viveu seu auge. Na temporada 1942/43, depois de 15 anos, conseguiu mais uma vez o título do Campeonato Italiano, com a equipe comandada pelo talentoso Valentino Mazzola.
Seria o primeiro de outras quatro conquistas. Isso porque a competição ficou paralisada por dois anos (1943/44 e 1944/45) devido à Segunda Guerra Mundial. Depois disso, o Torino venceu os Italianos de 1945/46 a 1948/49.
A grande época, porém, foi interrompida por uma das maiores tragédias do esporte mundial. Em 4 de maio de 1949, o Torino voltava para a Itália depois de uma partida amistosa em Lisboa, contra o Benfica.
Perto de Turim, devido ao mau tempo e a um problema mecânico, o avião que carregava elenco, comissão técnica e alguns jornalistas que acompanharam o confronto chocou-se com a Basílica da cidade de Superga. O acidente destruiu parte da construção e matou todos os tripulantes.
A tragédia causou comoção geral na Itália. Do elenco do Torino só se salvaram três jogadores, que, por motivos variados, não viajaram com a equipe. Entre os mortos, craques como Valentino Mazzola e Mario Rigamonti, que eram também da seleção italiana. Logo depois, foi realizada uma partida entre um time símbolo do Torino, composto por jogadores de outras equipes, e o River Plate, da Argentina, em homenagem aos familiares das vítimas.
Depois do desastre, o Torino foi obrigado a disputar o restante do Campeonato Italiano com uma equipe de juvenis, simplesmente porque não tinha atletas para compor o time principal. Mesmo assim, conquistou o amargo título nacional de 1948/49.
Seria um baque muito grande para o clube. Após o acontecimento, o Torino demorou para voltar a disputar um título. Pelo contrário. Dez anos após a tragédia, o time fez campanha ruim, terminou o Campeonato Italiano na 17ª colocação e caiu, pela primeira vez, para a Série B.
A estada longe dos melhores foi rápida e fez até bem para o clube. Logo na temporada seguinte, o Torino retornou à elite e aproximou-se das conquistas da Copa Itália de 1960/61 e do Campeonato Italiano de 1964/65. O clube conseguiria o troféu da Copa da Itália na temporada 1967/68.
O grande momento pós-tragédia veio na década de 1970. Na temporada 1975/76, o Torino voltou a vencer o Campeonato Italiano, depois de disputa acirrada com a rival Juventus.
Depois disso, teria outra chance de fazer história. Em 1991/92, chegou à final da Copa da UEFA, que seria o primeiro título continental do clube, mas acabou derrotado pelo critério de gols marcados fora de casa pelo Ajax, da Holanda.
No ano seguinte, ainda conquistaria a Copa da Itália, mas a década de 1990 ficaria marcada pelas alternâncias de divisões da agremiação. O pior momento aconteceria no começo do século XXI. Em 2005, por problemas financeiros, não conseguiu disputar a Série A, e teve de mudar seu nome para Torino Football Club.
No ano seguinte, conseguiria o acesso à elite, e ainda teria de trocar de nome novamente para Torino Football Club 1906, que carrega consigo até os dias atuais.
Títulos
Campeonato Itáliano: 7 (1927-28, 1942-43, 1945-46, 1946-47, 1947-48, 1948-49 e 1975-76)
Serie B da Itália: 3 (1959-60, 1989-90, e 2000-01)
Copa da Itália: 5 (1935-36, 1942-43, 1967-68, 1970-71 e 1992-93)
Estádio: Stadio Olimpico di Torino, com capacidade para 27.168 pessoas.
Hino
La maratona e’ com te
Canta di um mito perche’
Siam rinati com la gloria
Scriveremo la nuova storia
Solo Toro sempre Toro Cuore Toro
Solo Toro sempre Toro Cuore Toro
Cresce l’orgoglio che e’ in noi
Del nuovo calcio gli eroi
Lotta e vinci com onore
Per il simbolo del cuore
Solo Toro sempre Toro Cuore Toro
Solo Toro sempre Toro Cuore Toro
Scelta di vitta per noi
Piu’ di uma fede perche’
Siamo il popolo granata
E non solo allá partita
Solo Toro sempre Toro Cuore Toro
Solo Toro sempre Toro cuore Toro
Batte piu’ forte che mai
Pulsa la grinta che hai
E’ sparito il cielo scuro
C’e’ il granata nel futuro
Solo Toro sempre Toro cuore Toro
Solo Toro sempre Toro cuore Toro
Alcunhas Granata (grenás) e Il Toro (o touro)
Mascote
A mascote do Torino é um touro grená, que está representado, inclusive, no escudo da agremiação. A escolha é uma clara referência ao nome do clube e também da cidade de Turim.
Site
http://www.torinofc.it/
Em 1900, as agremiações se fundiram, mantendo o nome FC Torinese. Em 1906, o clube juntou-se a um grupo de dissidentes da Juventus, até então a maior equipe da cidade, e daí nasceu o Foot Ball Club Torino, que existe até hoje.
Desde o início de sua vida, o Torino carregou consigo a camisa grená. A cor foi escolhida graças à preferência de Alfredo Dick, um dos fundadores do clube e também torcedor do Servette, da Suíça, que trajava essa cor.
Existe, porém, uma versão mais nobre para a escolha. Ela poderia ter sido inspirada na Brigada Savoia, que, em 1706, havia livrado a cidade de Turim da cobiça dos franceses, que sonhavam em tomar o local para si. No retorno da batalha, os soldados vestiam um lenço cor de sangue.
Nos gramados, o Torino já começava a construir uma das rivalidades mais fortes de toda a Itália, contra a conterrânea Juventus. O primeiro confronto se deu logo em 1907, com vitória do time grená por 1 a 0.
E os bons desempenhos em campo não ficariam restritos a esse confronto. Logo na primeira participação no Campeonato Italiano, o Torino terminou em segundo lugar, perdendo a final para o Genoa.
Anos depois, o clube do sul do país voltaria a impedir o primeiro título nacional do Torino. Na temporada 1914/15, o clube grená disputava o Campeonato Italiano com destaque, ficando entre os melhores da eliminatória de sua região. Do outro lado, o Genoa se classificava para a partida decisiva.
O problema é que, em virtude da Primeira Guerra Mundial, a competição daquele ano foi suspensa, assim como as duas seguintes. Em 1919, no retorno às atividades, a Federação Italiana declarou o Genoa como campeão nacional.
A perda do scudetto não abalou o Torino, que continuou em busca dos títulos, e ficou sempre próximo dos principais times do país. A primeira vez que conseguiu o troféu, porém, foi manchada por um escândalo.
Na temporada 1926/27, o time conquistou o Campeonato Italiano deixando a rival Juventus ficando com o segundo lugar. A equipe, porém, teve a conquista revogada pela FIGC (Federação Italiana), que acusou o Torino de subornar equipes para vencer o rival alvinegro. A taça só iria mesmo para a galeria da equipe grená na temporada seguinte.
Foi, no entanto, uma conquista à parte. Isso porque a agremiação passaria a década seguinte longe das principais conquistas. Mas a volta ao lugar mais alto do pódio, porém, seria no período mais glorioso do clube. Era o começo do “Grande Torino”.
O primeiro passo para essa fase veio em 1935/36, quando o time conseguiu seu primeiro título na história: a Copa da Itália. No ano seguinte, o Torino mudou seu nome para Football Club ad Associazone Calcio por pressão do governo fascista.
Foi no início dos anos 1940, porém, que o clube viveu seu auge. Na temporada 1942/43, depois de 15 anos, conseguiu mais uma vez o título do Campeonato Italiano, com a equipe comandada pelo talentoso Valentino Mazzola.
Seria o primeiro de outras quatro conquistas. Isso porque a competição ficou paralisada por dois anos (1943/44 e 1944/45) devido à Segunda Guerra Mundial. Depois disso, o Torino venceu os Italianos de 1945/46 a 1948/49.
A grande época, porém, foi interrompida por uma das maiores tragédias do esporte mundial. Em 4 de maio de 1949, o Torino voltava para a Itália depois de uma partida amistosa em Lisboa, contra o Benfica.
Perto de Turim, devido ao mau tempo e a um problema mecânico, o avião que carregava elenco, comissão técnica e alguns jornalistas que acompanharam o confronto chocou-se com a Basílica da cidade de Superga. O acidente destruiu parte da construção e matou todos os tripulantes.
A tragédia causou comoção geral na Itália. Do elenco do Torino só se salvaram três jogadores, que, por motivos variados, não viajaram com a equipe. Entre os mortos, craques como Valentino Mazzola e Mario Rigamonti, que eram também da seleção italiana. Logo depois, foi realizada uma partida entre um time símbolo do Torino, composto por jogadores de outras equipes, e o River Plate, da Argentina, em homenagem aos familiares das vítimas.
Depois do desastre, o Torino foi obrigado a disputar o restante do Campeonato Italiano com uma equipe de juvenis, simplesmente porque não tinha atletas para compor o time principal. Mesmo assim, conquistou o amargo título nacional de 1948/49.
Seria um baque muito grande para o clube. Após o acontecimento, o Torino demorou para voltar a disputar um título. Pelo contrário. Dez anos após a tragédia, o time fez campanha ruim, terminou o Campeonato Italiano na 17ª colocação e caiu, pela primeira vez, para a Série B.
A estada longe dos melhores foi rápida e fez até bem para o clube. Logo na temporada seguinte, o Torino retornou à elite e aproximou-se das conquistas da Copa Itália de 1960/61 e do Campeonato Italiano de 1964/65. O clube conseguiria o troféu da Copa da Itália na temporada 1967/68.
O grande momento pós-tragédia veio na década de 1970. Na temporada 1975/76, o Torino voltou a vencer o Campeonato Italiano, depois de disputa acirrada com a rival Juventus.
Depois disso, teria outra chance de fazer história. Em 1991/92, chegou à final da Copa da UEFA, que seria o primeiro título continental do clube, mas acabou derrotado pelo critério de gols marcados fora de casa pelo Ajax, da Holanda.
No ano seguinte, ainda conquistaria a Copa da Itália, mas a década de 1990 ficaria marcada pelas alternâncias de divisões da agremiação. O pior momento aconteceria no começo do século XXI. Em 2005, por problemas financeiros, não conseguiu disputar a Série A, e teve de mudar seu nome para Torino Football Club.
No ano seguinte, conseguiria o acesso à elite, e ainda teria de trocar de nome novamente para Torino Football Club 1906, que carrega consigo até os dias atuais.
Títulos
Campeonato Itáliano: 7 (1927-28, 1942-43, 1945-46, 1946-47, 1947-48, 1948-49 e 1975-76)
Serie B da Itália: 3 (1959-60, 1989-90, e 2000-01)
Copa da Itália: 5 (1935-36, 1942-43, 1967-68, 1970-71 e 1992-93)
Estádio: Stadio Olimpico di Torino, com capacidade para 27.168 pessoas.
Hino
La maratona e’ com te
Canta di um mito perche’
Siam rinati com la gloria
Scriveremo la nuova storia
Solo Toro sempre Toro Cuore Toro
Solo Toro sempre Toro Cuore Toro
Cresce l’orgoglio che e’ in noi
Del nuovo calcio gli eroi
Lotta e vinci com onore
Per il simbolo del cuore
Solo Toro sempre Toro Cuore Toro
Solo Toro sempre Toro Cuore Toro
Scelta di vitta per noi
Piu’ di uma fede perche’
Siamo il popolo granata
E non solo allá partita
Solo Toro sempre Toro Cuore Toro
Solo Toro sempre Toro cuore Toro
Batte piu’ forte che mai
Pulsa la grinta che hai
E’ sparito il cielo scuro
C’e’ il granata nel futuro
Solo Toro sempre Toro cuore Toro
Solo Toro sempre Toro cuore Toro
Alcunhas Granata (grenás) e Il Toro (o touro)
Mascote
A mascote do Torino é um touro grená, que está representado, inclusive, no escudo da agremiação. A escolha é uma clara referência ao nome do clube e também da cidade de Turim.
Site
http://www.torinofc.it/