Em 1947 nasce no interior de Goiás, no núcleo central do Vale do São Patrício, um Leão chamado Ceres Esporte Clube, que com a colaboração, empenho e disposição de muitos cidadãos e pioneiros da cidade, conceberam e construíram um dos times mais vencedores e prósperos do interior goiano de todos os tempos. No começo o Ceres disputava somente jogos amistosos contra equipes da região, como Uruana, Vasco de Rialma, Anápolis, Goiânia, Buruti Alegre, Itumbiara, Araguari, atuando inclusive contra equipes do Rio de Janeiro, como Olaria, Canto do Rio, Portuguesa e são Cristóvão.
Filiou-se a Federação Goiana de Futebol e passou a disputar o campeonato do interior. Em 1959, o Leão do Vale, como é chamado até hoje pelos torcedores, fez um campeonato impecável e passou incólume por Uruana, Vasco de Rialma, Goiás Velho, Firminópolis, Buriti Alegre até chegar a final contra a Jataiense. Em 24 de abril de 1960, foi o dia da grande final, na cidade de Ceres, entre o time local e o time da Jataiense. O time de Jataí era muito bom e contava com jogadores de muita experiência. No segundo tempo do jogo veio os dois gols que deram a vitória para o time dirigido pelo treinador Efraim Batista. Irani, aos 5 minutos abriu a contagem e aos 26 minutos, José Mamede selou com chave de ouro a consagradora vitória do Ceres Esporte Clube erguendo seu primeiro título estadual de Campeão Goiano do Interior. O time campeão conquistou o título com: Raspinha no gol, Dico, Roberto, Irani, Pimba e José Rissate; Ismael, Neudo, Nemézio, Mamede e Jairzinho. O técnico era Efraim Batista.
Filiou-se a Federação Goiana de Futebol e passou a disputar o campeonato do interior. Em 1959, o Leão do Vale, como é chamado até hoje pelos torcedores, fez um campeonato impecável e passou incólume por Uruana, Vasco de Rialma, Goiás Velho, Firminópolis, Buriti Alegre até chegar a final contra a Jataiense. Em 24 de abril de 1960, foi o dia da grande final, na cidade de Ceres, entre o time local e o time da Jataiense. O time de Jataí era muito bom e contava com jogadores de muita experiência. No segundo tempo do jogo veio os dois gols que deram a vitória para o time dirigido pelo treinador Efraim Batista. Irani, aos 5 minutos abriu a contagem e aos 26 minutos, José Mamede selou com chave de ouro a consagradora vitória do Ceres Esporte Clube erguendo seu primeiro título estadual de Campeão Goiano do Interior. O time campeão conquistou o título com: Raspinha no gol, Dico, Roberto, Irani, Pimba e José Rissate; Ismael, Neudo, Nemézio, Mamede e Jairzinho. O técnico era Efraim Batista.
O Ceres foi novamente em 1964, Campeão do Interior, decidindo o título diante da equipe representada pela cidade de Goiás, o time do Independente. Cada equipe venceu um jogo no seu estádio. A decisão foi programada para o Estádio Olímpico Pedro Ludovico, em Goiânia, num sábado à noite. A equipe do Ceres dirigida pelo técnico Lua venceu com: Jaburu no gol, Neudo, Vasquinho, Cabecinha, Gavião e Dico; Lula, Oripes, Roberto, José Mamede e Wilson. Nesse jogo a equipe do Leão do Vale venceu o Independente do Goiás por 4X1, com dois gols do goleador Lula, que foi o herói da noite.
Com a conquista do título, os dirigentes ceresinos, resolveram profissionalizar a equipe na tentativa de subir o Leão do Vale para a divisão especial. Nesta época a principal divisão do futebol goiano era a divisão especial e a divisão de acesso era a primeira divisão. Para chegar à divisão especial, as equipes precisavam sagrar-se campeã da primeira divisão. A profissionalização do futebol goiano se deu a partir de 1962, porém a divisão especial já era disputada desde 1944.
Em 1966, realizando uma campanha meritosa, o alviverde ceresino conseguiu subir da primeira divisão para a divisão especial de futebol profissional. O time do Ceres Esporte Clube por pouco não venceu o campeonato por antecipação. Mesmo diante de adversários consideráveis, o clube ceresino se destacou em todos os jogos, tanto que venceu o campeonato goiano, invicto, cedendo apenas dois empates, sendo um contra o Goiás e outro contra o Nacional.
Com 19 anos de idade, Ceres tinha conquistado seu primeiro título profissional de futebol, sendo campeão invicto da primeira divisão do certame goiano. O time campeão conquistou o título com: Nelson Gama no gol, Cabelo, Wilson Pelé, Conrado, Wilson e Nelson Florentino; Patinho, Curau, Brandão, Roberto e Dediê. O treinador era o Lua e o artilheiro do campeonato foi o comandante de ataque do alvinegro ceresino, Brandão.
Em 1967, na divisão especial, a equipe do Ceres não fez uma boa campanha, obtendo apenas três bons resultados, sendo uma vitória sobre o Goiás, no Estádio Olímpico, outra no Vila Nova, em Ceres e um empate contra o Atlético Goianiense. Resultados que foram insuficientes para garantir a manutenção do Leão do Vale na divisão especial. Ao ser rebaixado em 67, o presidente do Ceres na ocasião, Jeová Mendes, profetizou: "Voltaremos em 69".
No ano de 1968, Efraim Batista, assume as rédeas do Leão do Vale, como é carinhosamente apelidado o time do Ceres, e é ungido presidente do seu clube de coração. Efraim foi tudo no Leão do Vale, de roupeiro a presidente. Agora tem pela frente a saborosa missão de elevar novamente a esquadra alvinegra à divisão de elite do certame goiano.
E não foi diferente, em 08 de agosto de 1968, no Estádio Olímpico de Goiânia, o Ceres Esporte Clube carimbava seu passaporte de retorno a Elite do Futebol Goiano vencendo por 1X0 a forte equipe do Rio Verde das Abóboras e conquistando depois de uma árdua campanha o bi campeonato da primeira divisão do campeonato goiano. O resultado de 1 a 0 foi justo e insofismável, selando de vez sua ascensão a divisão especial. O time bicampeão em 68 foram: Vicente no gol, Cabelo, Cortez, Cariri, Firmo, Wilson Pelé e Vadinho; Brandão, Aluízio, Dediê e Peruca. O técnico era o Lua.
De novo na Elite do futebol goiano, o Ceres teve contra si, uma série de problemas, principalmente financeiros, que obrigou o clube a solicitar licença, por tempo indeterminado. Em 1980, o Leão do Vale retorna novamente a disputar o campeonato goiano. Nesse período houve uma readequação na nomenclatura do futebol goiano e a primeira divisão passou a ser a segunda e a divisão especial, passou a ser a primeira divisão. Com essas mudanças a equipe do Ceres volta disputando a segunda divisão, e vê, naquele ano, Crac de Catalão e Monte Cristo de Goiânia subirem para a primeira divisão.
O Leão do Vale há anos está hibernado, longe das acaloradas e emocionantes disputas do futebol profissional. Houve recentemente uma iniciativa de criar e eleger uma seleção de craques de todos os tempos, destacando jogadores, que na opinião de ilustres e notáveis especialistas esportivos ceresinos, foram os melhores jogadores de futebol de todos os tempos da cidade de Ceres. Tal iniciativa foi na realidade uma agradável massagem na memória e na história dos desportistas ceresinos, que foi capaz de produzir e compor uma seleção de craques digna do valor da cidade, incluindo jogadores com passagens até pela seleção brasileira.
A seleção de craques com os melhores de todos os tempos do futebol ceresino, como presente aos 40 anos da conquista do bicampeonato goiano da primeira divisão de futebol do certame estadual foi composta por: goleiros: Carlos Alberto Feitosa e Raspinha; Lateral direito: Hamilton sapinho e Melo; Zaqueiros: Wilson Santos Pelé, Roberto Schalch, Cortez e Irani; Lateral esquerdo: Almir e Valdeci; Volante: Dirceu Lopes e Cabelo; Meio-campo: Neudo Del Fava, Dediê, Viladônica, Curau e José Mamede e no ataque Nemézio, Jairzinho, Brandão, Queite e Delem. Estes foram os 22 jogadores mais citados e lembrados pelos nossos especialistas esportivos e que formam agora a seleção dos maiores craques da história do futebol ceresino.
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