A firma de construção COENGE S.A. - Engenharia e Construções, pioneira na capital da República, onde chegou no ano de 1957, fundou, em 14 de novembro de 1966, uma agremiação de futebol para manter vivo o clima de amizade e a união de todos os seus funcionários e operários.
Seus idealizadores consideravam o futebol como o esporte da paixão, do entusiasmo e da alegria, e não foi difícil conseguir entre os componentes da firma a cooperação necessária para se formar uma equipe. A idéia pouco a pouco foi tomando corpo e o clube surgia para a alegria de todos. Embora houvesse a colaboração de toda a firma, alguns nomes se destacaram pela maneira com que se empenharam na campanha de organização e concretização do Coenge Futebol Clube, entre eles Edvaldo Batista Gesteira, Júlio César de Oliveira, Geraldo Augusto da Fonseca e Indalécio de Souza Pinto. Estes devotados e conscientes não mediram esforços para levar a equipe a figurar dentre as melhores do Distrito Federal.
Constituído na maior parte por elementos da própria Companhia, o Coenge inaugurou a sua Sede Social à Quadra 9, Lote 10, Setor Comercial no Gama, onde promoveu suas reuniões para decisões e medidas a serem adotadas em relação ao clube. Além do futebol, o clube possuía quadras de voleibol, futebol de salão e grande parte recreativa, oferecendo, assim, diversão para todos os seus mais de 400 associados.
Como é do conhecimento de todos o futebol sempre encontrou inúmeras dificuldades para a sua expansão em Brasília. Talvez pelo ritmo acelerado de construções, ou por falta de recursos de vários clubes, o futebol do brasiliense esbarrava sempre em alguns obstáculos.
Mesmo ciente das dificuldades, o Coenge nunca esmoreceu e enfrentou crises e problemas com grande disposição. Sua primeira diretoria foi constituída dos seguintes membros: Edvaldo Batista Gesteira (Presidente), Antônio de Sena Lopes (Vice-Presidente), Júlio César de Oliveira (1º Secretário), Genilson Almeida Alfena (2º Secretário), Geraldo Augusto Fonseca (1º Tesoureiro) e Indalécio de Souza Pinto e Francisco Matheus, respectivamente Diretor de Esporte e Diretor Social.
Sua sala de troféus possuía em suas prateleiras inúmeras taças, dentre elas a de tricampeão do Torneio de Aniversário do Gama (1967 a 1969).Outras taças passariam a enriquecer essa sala.
Nos dias 26 de novembro e 3 de dezembro de 1967, o Coenge Futebol Clube e Associação Atlética Mariana, ambos da cidade-satélite do Gama, promoveram um torneio quadrangular contando ainda com a presença de Rabello e Cruzeiro do Sul, clubes profissionais do DF. Na primeira rodada, o Cruzeiro do Sul venceu 2 x 1 A. A. Mariana por 2 x 1, enquanto Coenge e Rabello empataram em 1 x 1 (nos pênaltis, vitória do Coenge por 3 x 2). Na decisão do torneio, o Cruzeiro do Sul venceu o Coenge por 4 x 3 e sagrou-se campeão.
Em 1968, foi o vencedor do Campeonato do Departamento Autônomo, Série Gama, da Federação Desportiva de Brasília, superando União, Real, Gaminha, Guarani, Grêmio, Minas e Imperial. Junto com o Gaminha, passou para a Fase Final do campeonato, que reuniu clubes de outras cidades-satélites e do Plano Piloto. Foi necessária uma superdecisão entre Gaminha, Civilsan e Coenge, todos com 3 pontos perdidos, para se conhecer o campeão.
A decisão aconteceu no dia 2 de fevereiro de 1969 e com um gol de Oscar o Coenge venceu o Gaminha por 1 x 0.
A campanha invicta nessa fase final foi a seguinte: 1 x 0 Meta, 3 x 2 Brasília, 2 x 1 Gaminha, 2 x 2 Manufatura, 3 x 3 Setor Automobilístico, 2 x 2 Civilsan, 2 x 1 Civilsan e 1 x 0 Gaminha.
O Coenge foi com campeão com essa formação: Hugo, Dirceu (Minhoca), Heraldo (Márcio), Ferraz (Tarcísio) e Xixico (Duchinha); Divino e Pelezão (Mauro); Garrinchinha, Pelezinho, Tatá e Oscar (Ademir).
Com o título, Coenge confirmava que era a melhor equipe amadora do Distrito Federal.
Seus dirigentes se animaram com o título e, quando a Federação Desportiva de Brasília resolveu inscrever clubes amadores e profissionais em seu campeonato de 1969, o Coenge se fez presente com mais 23 clubes de todo o Distrito Federal.
Foi a maior conquista de sua curta história. A campanha do clube foi excelente em todos os aspectos. Nas tardes de domingo as cores preto e branco do Coenge alegravam grande número de torcedores que levavam o seu grito incentivador para os jogadores que sempre procuravam corresponder.
Fez sua estréia no dia 13 de abril, no estádio da Associação Atlética Cultural Mariana, no Gama, vencendo o Vila Matias, por 1 x 0. Na primeira fase, ficou no Grupo B, e terminou apenas atrás do Brasília (que nada tem a ver com o atual Brasília, era de Taguatinga) e na frente de dez outros clubes. Foram doze jogos, 9 vitórias, 2 empates e apenas uma derrota. Marcou 24 gols e sofreu 6.
Na fase final, entre os doze melhores times do Distrito Federal, não foi derrotado, conseguindo 8 vitórias e 3 empates (26 gols a favor e 10 contra).
A partida que definiu o título aconteceu em 19 de outubro de 1969, mais uma vez no campo da Cultural Mariana: goleada de 5 x 1 sobre o Brasília.
Na campanha pela conquista da Taça Brasília o Coenge contou com 20 jogadores. Esses, depois de uma campanha ao longo de seis meses, conseguiram o título de campeões da Taça Brasília, quando todos acreditavam que o título ficaria de posse do Grêmio. Foi o prêmio pelo esforço despendido, pela luta e pela convicção de que conseguiriam o cobiçado troféu.
Defenderam o Coenge Hugo (goleiro), Minhoca, Jamil, Ferraz, Tatá, Elias, Ceará, Pelezão, Eustáquio, Bi Santiago, Divino e Xixico (defensores) e Agostinho, Batista, Garrinchinha, Pelezinho, Marcos, Neco, Mauro e Oscar (atacantes).
Logo depois, disputou a Taça “Tira-Teima”, oferta da Casa do Athleta (loja de material esportivo de Brasília), contra o Grêmio, em uma série “melhor de três”.
No primeiro jogo, em 2 de novembro, empate em 2 x 2. Uma semana depois, novo empate, desta vez em 1 x 1. No dia 22 de novembro, o Coenge venceu o Grêmio por 1 x 0, gol de Noé. Seria a conquista do título. Seria. Posteriormente, foi anulado o título, tendo em vista o Coenge utilizar um jogador em situação irregular (o zagueiro Jamil). Em nova partida, em 29 de novembro, o Grêmio venceu por 1 x 0 e ficou com título.
O ano de 1970 começou de forma animadora, disputando dois amistosos interestaduais: 1 x 1 Portuguesa, do Rio de Janeiro (1º de fevereiro) e 3 x 1 Goiânia (22 de fevereiro).
Continuou disputando amistosos (0 x 0 com o Tupi e derrota para o Goiás por 4 x 0), até o início do Torneio “Governador Hélio Prates da Silveira”, em 5 de julho.
Antes, em junho, realizou excursão invicta pelo interior de Goiás, conseguindo os seguintes resultados: 3 x 2 Mago, em Anápolis; 3 x 2 Jataiense, em Jataí e 2 x 1 Palmeiras, em Mineiros.
O torneio foi encerrado em 16 de agosto de 1970, com o título ficando com o Grêmio, com a vitória sobre o Coenge (vice-campeão), por 2 x 1. Jogaram pelo Coenge: Maurício, Márcio, Elias, Mauro e Pereira; Santiago e Divino; Augustin, Ari (Américo), Paulinho (Mário) e Oscar.
Em 6 de setembro, estreou no campeonato amador do DF de 1970, com vitória de 1 x 0 sobre o Defelê, gol de Oscar.
A primeira fase terminou no dia 8 de novembro e o Coenge ficou com a sétima colocação, não conseguindo classificação para a Fase Final (somente os seis melhores passavam). Foram 9 jogos, 4 vitórias, 2 empates e 3 derrotas, 10 gols a favor e 12 contra.
Sua última participação em torneios oficiais do DF aconteceu de forma melancólica: em 28 de março de 1971, foi derrotado pelo Serviço Gráfico, por 3 x 1, em jogo válido pelo Torneio “Governador do Distrito Federal”. A competição foi marcada por muitos WO, pois muitos clubes estavam irregulares (débito com a Tesouraria da FDB) e suspensos de suas obrigações. O Coenge foi um deles.
Em 13 de agosto de 1971, aconteceu a Assembléia da Federação Desportiva de Brasília que desfiliou as seguintes associações: Gaminha, Planalto, Coenge, Defelê, CSU e Serveng Civilsan. O Coenge nunca mais voltou ao futebol.
Fonte:
http://blog.soccerlogos.com.br/2008/08/25/clubes-extintos-do-df-coenge/
Seus idealizadores consideravam o futebol como o esporte da paixão, do entusiasmo e da alegria, e não foi difícil conseguir entre os componentes da firma a cooperação necessária para se formar uma equipe. A idéia pouco a pouco foi tomando corpo e o clube surgia para a alegria de todos. Embora houvesse a colaboração de toda a firma, alguns nomes se destacaram pela maneira com que se empenharam na campanha de organização e concretização do Coenge Futebol Clube, entre eles Edvaldo Batista Gesteira, Júlio César de Oliveira, Geraldo Augusto da Fonseca e Indalécio de Souza Pinto. Estes devotados e conscientes não mediram esforços para levar a equipe a figurar dentre as melhores do Distrito Federal.
Constituído na maior parte por elementos da própria Companhia, o Coenge inaugurou a sua Sede Social à Quadra 9, Lote 10, Setor Comercial no Gama, onde promoveu suas reuniões para decisões e medidas a serem adotadas em relação ao clube. Além do futebol, o clube possuía quadras de voleibol, futebol de salão e grande parte recreativa, oferecendo, assim, diversão para todos os seus mais de 400 associados.
Como é do conhecimento de todos o futebol sempre encontrou inúmeras dificuldades para a sua expansão em Brasília. Talvez pelo ritmo acelerado de construções, ou por falta de recursos de vários clubes, o futebol do brasiliense esbarrava sempre em alguns obstáculos.
Mesmo ciente das dificuldades, o Coenge nunca esmoreceu e enfrentou crises e problemas com grande disposição. Sua primeira diretoria foi constituída dos seguintes membros: Edvaldo Batista Gesteira (Presidente), Antônio de Sena Lopes (Vice-Presidente), Júlio César de Oliveira (1º Secretário), Genilson Almeida Alfena (2º Secretário), Geraldo Augusto Fonseca (1º Tesoureiro) e Indalécio de Souza Pinto e Francisco Matheus, respectivamente Diretor de Esporte e Diretor Social.
Sua sala de troféus possuía em suas prateleiras inúmeras taças, dentre elas a de tricampeão do Torneio de Aniversário do Gama (1967 a 1969).Outras taças passariam a enriquecer essa sala.
Nos dias 26 de novembro e 3 de dezembro de 1967, o Coenge Futebol Clube e Associação Atlética Mariana, ambos da cidade-satélite do Gama, promoveram um torneio quadrangular contando ainda com a presença de Rabello e Cruzeiro do Sul, clubes profissionais do DF. Na primeira rodada, o Cruzeiro do Sul venceu 2 x 1 A. A. Mariana por 2 x 1, enquanto Coenge e Rabello empataram em 1 x 1 (nos pênaltis, vitória do Coenge por 3 x 2). Na decisão do torneio, o Cruzeiro do Sul venceu o Coenge por 4 x 3 e sagrou-se campeão.
Em 1968, foi o vencedor do Campeonato do Departamento Autônomo, Série Gama, da Federação Desportiva de Brasília, superando União, Real, Gaminha, Guarani, Grêmio, Minas e Imperial. Junto com o Gaminha, passou para a Fase Final do campeonato, que reuniu clubes de outras cidades-satélites e do Plano Piloto. Foi necessária uma superdecisão entre Gaminha, Civilsan e Coenge, todos com 3 pontos perdidos, para se conhecer o campeão.
A decisão aconteceu no dia 2 de fevereiro de 1969 e com um gol de Oscar o Coenge venceu o Gaminha por 1 x 0.
A campanha invicta nessa fase final foi a seguinte: 1 x 0 Meta, 3 x 2 Brasília, 2 x 1 Gaminha, 2 x 2 Manufatura, 3 x 3 Setor Automobilístico, 2 x 2 Civilsan, 2 x 1 Civilsan e 1 x 0 Gaminha.
O Coenge foi com campeão com essa formação: Hugo, Dirceu (Minhoca), Heraldo (Márcio), Ferraz (Tarcísio) e Xixico (Duchinha); Divino e Pelezão (Mauro); Garrinchinha, Pelezinho, Tatá e Oscar (Ademir).
Com o título, Coenge confirmava que era a melhor equipe amadora do Distrito Federal.
Seus dirigentes se animaram com o título e, quando a Federação Desportiva de Brasília resolveu inscrever clubes amadores e profissionais em seu campeonato de 1969, o Coenge se fez presente com mais 23 clubes de todo o Distrito Federal.
Foi a maior conquista de sua curta história. A campanha do clube foi excelente em todos os aspectos. Nas tardes de domingo as cores preto e branco do Coenge alegravam grande número de torcedores que levavam o seu grito incentivador para os jogadores que sempre procuravam corresponder.
Fez sua estréia no dia 13 de abril, no estádio da Associação Atlética Cultural Mariana, no Gama, vencendo o Vila Matias, por 1 x 0. Na primeira fase, ficou no Grupo B, e terminou apenas atrás do Brasília (que nada tem a ver com o atual Brasília, era de Taguatinga) e na frente de dez outros clubes. Foram doze jogos, 9 vitórias, 2 empates e apenas uma derrota. Marcou 24 gols e sofreu 6.
Na fase final, entre os doze melhores times do Distrito Federal, não foi derrotado, conseguindo 8 vitórias e 3 empates (26 gols a favor e 10 contra).
A partida que definiu o título aconteceu em 19 de outubro de 1969, mais uma vez no campo da Cultural Mariana: goleada de 5 x 1 sobre o Brasília.
Na campanha pela conquista da Taça Brasília o Coenge contou com 20 jogadores. Esses, depois de uma campanha ao longo de seis meses, conseguiram o título de campeões da Taça Brasília, quando todos acreditavam que o título ficaria de posse do Grêmio. Foi o prêmio pelo esforço despendido, pela luta e pela convicção de que conseguiriam o cobiçado troféu.
Defenderam o Coenge Hugo (goleiro), Minhoca, Jamil, Ferraz, Tatá, Elias, Ceará, Pelezão, Eustáquio, Bi Santiago, Divino e Xixico (defensores) e Agostinho, Batista, Garrinchinha, Pelezinho, Marcos, Neco, Mauro e Oscar (atacantes).
Logo depois, disputou a Taça “Tira-Teima”, oferta da Casa do Athleta (loja de material esportivo de Brasília), contra o Grêmio, em uma série “melhor de três”.
No primeiro jogo, em 2 de novembro, empate em 2 x 2. Uma semana depois, novo empate, desta vez em 1 x 1. No dia 22 de novembro, o Coenge venceu o Grêmio por 1 x 0, gol de Noé. Seria a conquista do título. Seria. Posteriormente, foi anulado o título, tendo em vista o Coenge utilizar um jogador em situação irregular (o zagueiro Jamil). Em nova partida, em 29 de novembro, o Grêmio venceu por 1 x 0 e ficou com título.
O ano de 1970 começou de forma animadora, disputando dois amistosos interestaduais: 1 x 1 Portuguesa, do Rio de Janeiro (1º de fevereiro) e 3 x 1 Goiânia (22 de fevereiro).
Continuou disputando amistosos (0 x 0 com o Tupi e derrota para o Goiás por 4 x 0), até o início do Torneio “Governador Hélio Prates da Silveira”, em 5 de julho.
Antes, em junho, realizou excursão invicta pelo interior de Goiás, conseguindo os seguintes resultados: 3 x 2 Mago, em Anápolis; 3 x 2 Jataiense, em Jataí e 2 x 1 Palmeiras, em Mineiros.
O torneio foi encerrado em 16 de agosto de 1970, com o título ficando com o Grêmio, com a vitória sobre o Coenge (vice-campeão), por 2 x 1. Jogaram pelo Coenge: Maurício, Márcio, Elias, Mauro e Pereira; Santiago e Divino; Augustin, Ari (Américo), Paulinho (Mário) e Oscar.
Em 6 de setembro, estreou no campeonato amador do DF de 1970, com vitória de 1 x 0 sobre o Defelê, gol de Oscar.
A primeira fase terminou no dia 8 de novembro e o Coenge ficou com a sétima colocação, não conseguindo classificação para a Fase Final (somente os seis melhores passavam). Foram 9 jogos, 4 vitórias, 2 empates e 3 derrotas, 10 gols a favor e 12 contra.
Sua última participação em torneios oficiais do DF aconteceu de forma melancólica: em 28 de março de 1971, foi derrotado pelo Serviço Gráfico, por 3 x 1, em jogo válido pelo Torneio “Governador do Distrito Federal”. A competição foi marcada por muitos WO, pois muitos clubes estavam irregulares (débito com a Tesouraria da FDB) e suspensos de suas obrigações. O Coenge foi um deles.
Em 13 de agosto de 1971, aconteceu a Assembléia da Federação Desportiva de Brasília que desfiliou as seguintes associações: Gaminha, Planalto, Coenge, Defelê, CSU e Serveng Civilsan. O Coenge nunca mais voltou ao futebol.
Fonte:
http://blog.soccerlogos.com.br/2008/08/25/clubes-extintos-do-df-coenge/