Anos 50-60 - Memoráveis batalhas campais entre Social, Usipa e Acesita
Termina a fase de adoção do Social pela Belgo Mineira. Sob a direção do empresário Mariano Pires Pontes, o clube monta grandes equipes para fazer frente ao clube Usipa, de Ipatinga e Acesita, de Timóteo, bem como ao Comercial e Minas, de Nova Era.
Era a época de memoráveis torneios regionais. A emancipação de Ipatinga e Acesita acirra a rivalidade entre os clubes, empolga os torcedores e transforma as partidas em verdadeiras batalhas campais.
Anos 70
No final da década, dirigentes e simpatizantes começam a discutir a viabilidade da profissionalização do Social. A transformação e o crescimento populacional faz surgir várias equipes amadoras. A situação leva ao consenso de que não se justificaria mais manter o clube no amadorismo, cuja própria concorrência fomenta o surgimento de um time maior. Aí surgiu a idéia de se disputar o Torneio de Acesso da Federação Mineira de Futebol em 81, primeiro estágio na escalada do profissionalismo.
Anos 80 - O Social filia-se à Federação Mineira de Futebol e disputa o Torneio de Acesso
A série de amistosos preparatórios contra Vila Nova, Cruzeiro, América, Atlético, Democrata de Sete Lagoas, Bonsucesso (RJ) e Valério doce, de Itabira, resultam em muito otimismo. Mas, o profissionalismo não é só sonho. A menos de um mês do início do torneio, o técnico Juquita se demite. No meio da crise, a diretoria é substituída por um grupo de ex-diretores e simpatizantes, entre os quais Ubiracy Ataíde Martins, Waldir Fenandes, Marcos Aurélio Costa, Ivan de Campos Belo, Jorge Monte Alto e José de Souza Batalha, este último como presidente.
Além disso, a participação do clube no campeonato só foi possível graças ao empenho do advogado Dilson de Aquino junto ao Supremo Tribunal de Justiça Desportiva. Uma exigência da antiga Confederação Brasileira de Desportos, só permitia a participação em competições nacionais de equipes cujas cidades tivessem mais de 100 mil habitantes. O parecer favorável do relator do processo, André Richet (ex-presidente do Flamengo), se baseou no argumento de que o Vale do Aço possuía mais de 500 mil habitantes, ressaltando a característica de conglomerado urbano da região. Vinte anos mais tarde é criada a Região Metropolitana do Vale do Aço.
A uma semana do início da competição uma “proposta irrecusável” leva o técnico Juquita para o Guarani, de Divinópolis. Na seqüência, e no sufoco, a equipe passa pelo comando de quatro ténicos: o massagista Claudio Fonseca, que escala o time para as primeiras partidas; o zagueiro Fifi, que comanda o Social em boa parte do campeonato; Otávio Cirilo, que comanda o time em apenas três jogos; e Pedro Paulo (ex-jogador do Cruzeiro), que dirige o time em seis partidas.
A estréia do Social no futebol profissional acontece em Araxá, em 6 de julho, contra o Araxá. Empate sem gols. A equipe que veste oficialmente pela primeira vez a camisa do Social é: Adilson, Lau, Fifi, Pitoca e Geraldão; Beto, Julinho, Chicão e Luciano (Vanderley); Eli e Zé Laurindo.
Os sobressaltos e as dificuldades comuns, em vôos mais altos, resultam numa campanha iregular: 3 vitórias, 3 empates, 6 derrotas, 8 gols marcados e 17 sofridos. Com a desclassificação e uma série de outros fatores, o clube acaba se licenciando por um período de 10 anos.
1986 - A arrancada do Estádio Louis Ensch
Aproveitando o momento propício da economia no país, quando a primeira fase do Plano Cruzado ainda era favorável a investimentos, o então presidente Ubiracy Ataíde Martins pode enfim viabilizar parte do seu sonho de auto-sustentação do clube.
Com a construção de lojas nas ruas Maria Mattos e 12 de Outubro, é possível gerar recursos, construir parte das arquibancadas do estádio e começar a traçar a volta ao profissionalismo.
Anos 90 - De volta ao sonho do profissionalismo
Dez anos depois de sua primeira participação no Torneio de Acesso, o Social retorna à 2 a Divisão. Sob o comando do técnico Percy Gonçalves e com um elenco formado por semiprofissionais, a equipe não consegue resultados expressivos, embora tenha se classificado para a fase semifinal da competição. No correr das semifinais, Percy Gonçalves deixa o clube, obrigando a diretoria a buscar uma solução caseira: alguém que já havia conquistado um título amador para o clube em 1988 e tinha pela frente uma carreira vitoriosa no futebol mineiro: José Ângelo Ferreira, o Preca.
Sem jogadores que pudessem desequilibrar individualmente, o time se despede da competição no dia 10 de novembro, com vitória de 3 a 2 sobre o América, em Teófilo Otoni.
1995 - Social Campeão Mineiro da Segunda Divisão
O presidente Adílio Coelho e o diretor de futebol Ubiracy Ataíde Martins fazem um detalhado planejamento para a temporada, incluindo reformas no estádio, alojamentos e escolha minuciosa do elenco. Para o comando é contratado o técnico José Angelo, responsável pela bela campanha da Patrocinense no primeiro semestre de 95, elenco que será a base do Social na temporada. O acerto desse planejamento é confirmado com o título de Campeão da Segunda Divisão e uma performance invejável da equipe durante o torneio. Em 18 partidas o Social venceu 13, empatou 3 e sofreu apenas 2 derrotas. Marcou 38 gols e levou 14. O ponta-direita Washington, emprestado pelo Cruzeiro, artilheiro do campeonato com 12 gols, é contratado em seguida.
Social Campeão Mineiro do Módulo II - 1996
21 de agosto. Estádio Louis Ensch. De posse da faixa de campeão, o Social vence o Montes Claros por 2x1 no último jogo da temporada. Luizão abre o placar para o Montes Claros, mas de 4 mil torcedores empurram o time para a virada com gols de Helinho e Messias, este de pênalti. A torcida socialina descobre o doce sabor de varar a madrugada comemorando um título.
O Social no Campeonato Mineiro - 1997
Em 1997, o Saci fez uma campanha memorável. Ficou em quarto lugar, à frente do Atlético Mineiro. Chegou às semi-finais, onde disputou o jogo mais emocionante de sua história, contra o Villa Nova. A partida ficou marcada por permitir que um clube do interior disputasse a final após 50 anos. O técnico da equipe era José Ângelo "Preca".
Ainda no mesmo ano, o Saci disputou seu primeiro Campeonato Brasileiro da Série C. Apesar da eliminação na segunda fase, resultados históricos foram obtidos, como a vitória de 2 a 1 sobre a Inter de Limeira, campeã paulista de 1986, e 4 a 0 sobre o Villa Nova, vice-campeão mineiro do mesmo ano.
No Campeonato Mineiro de 1998 o Saci fez uma campanha modesta, ficando em sétimo lugar. O time foi eliminado nas quartas-de-final pelo Cruzeiro. Já em 1999, o Social sofreu a maior frustração de sua história, sendo rebaixado para o Módulo II. Em 2000, a campanha foi fraca e o time ficou em nono lugar. Em 2001, o resultado foi um pouco melhor e a equipe se classificou para o hexagonal final, mas terminou o campeonato em quinto lugar e permaneceu no Módulo II. Em 2002 conseguiu o retorno ao Módulo I como vice-campeão do Módulo II. Foi novamente rebaixado em 2004, mas, após três anos no Módulo II, o clube retornou ao Módulo I ao se sagrar campeão em 2007.
O modelo do escudo do Social em 1944 originou-se do Santos, aproveitando as iniciais SFC. Na década de 1950 o escudo passa a ser um triângulo com as letras SFC, modelo que se mantém por um longo período mas seria modificado diversas vezes, chegando a ter uma silhueta lembrando as de Atlético e América, até voltar a se assemelhar ao escudo do Santos. Em 1998 é usado um escudo mais quadrado, com o acréssimo da cor cinza, tradicional no time embora não antes representada no escudo. Além de SFC tinha VA, de Vale do Aço. O escudo é rapidamente abandonado e volta o modelo do Santos, com a diferença de ter Social no lugar de SFC e, por vezes, um Saci no lugar da bola. Com o vice do Módulo II em 2002, o Social desenvolve modificações no escudo, dando maior originalidade. A silhueta ainda remete ao Santos, a exemplo de outros clubes que a utilizam, como Uberlândia, URT e Caldense. As faixas, entretanto, foram reduzidas a três linhas curvas, a bola de futebol foi eliminada e a faixa diagonal é substituída por uma horizontal no topo do escudo, voltando a conter as iniciais SFC. Este modelo se mantém até a atualidade.
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Estádio
O Estádio Louis Ensch, ou Luizão, como é mais conhecido, é onde o Social Futebol Clube realiza seus treinamentos e jogos onde possui o mando de campo.
Localizado na área central da cidade de Coronel Fabriciano, o estádio contém uma boa estrutura em comparação com outros estádios do interior.
O nome do estádio é uma homenagem ao então diretor da Belgo Mineira Dr. Louis Ensch. A Belgo Mineira era muito influente em Coronel Fabriciano neste tempo. No amadorismo, a maioria dos jogadores do Social possuia outro emprego principal, sendo a Belgo Mineira, juntamente com a Estrada de Ferro Vitória a Minas, uma das maiores empregadoras desses jogadores.
Capacidade: 6.000 pessoas
Títulos
Campeão Mineiro Módulo II da Primeira Divisão: 2007.
Vice-Campeonato Mineiro Módulo II da Primeira Divisão: 2002.
Vice-campeão mineiro do interior: 1997.
Campeonato Mineiro Módulo II da Primeira Divisão: 1996.
Campeonato Mineiro da Segunda Divisão: 1995.
Hino
http://static.hsw.com.br/mp3/social-mg-hino.mp3
A adoção do Saci como mascote do time fabricianense ocorreu em 1981, quando a diretoria, sob a presidência de Walter Maia, decidiu inscrever o clube na Segunda Divisão do Campeonato Mineiro. Para motivar os torcedores, os dirigentes resolveram promover um concurso para escolher a ilustração que melhor representasse a peculiaridade do clube. Depois de analisar quase 200 desenhos, com várias sugestões de símbolos e mascotes, os jurados acabaram se decidindo pelo saci, que mais tarde viria a ser adoado entusiasticamente pelos torcedores e principalmente pelos chargistas.
O autor da idéia foi o ilustrador José Guilherme Fernandes Lima, na época com 38 anos. A criação, lembra Guilherme, foi uma parceria com o jornalista Marcondes Tedesco, proprietário do Diário do Aço, época em que a sede do jornal era em Coronel Fabriciano. Tedesco é também o autor da Pantera, mascote do Democrata de Governador Valadares.Site
http://www.socialfutebolclube.com.br