O nome foi sugestão de Raul Engelhard que estudava na Europa, no entanto foi contrariado, já que na época, remo lembrava logo a “catraia”, pequena embarcação a remo ou à vela tripulada por um só homem. Raul explicou a sugestão aos demais companheiros se lembrando de um clube da Inglaterra denominado de Rowing Club, e assim ficou Grupo do Remo.
Extinção e Reorganização
O desembargador Alfredo Barradas determinou através de assembléia geral no dia 14 de fevereiro de 1908 que o Remo seria extinto devido alguns associados estarem acordados com o Sport Club do Pará. Estes associados não foram citados o que abriu procedente para um recurso.
Foi quando em 15 de agosto de 1911 Antonio Silva, Cândido Jucá, Carl Schumann, Elzaman Magalhães, Geraldo Motta, Jayme Lima, Norton Corllet, Oscar Saltão, Otto Bartels e Palmério Pinto se movimentaram para uma reestruturação, promovendo o ressurgimento do Clube do Remo, que viria se torna brevemente em monumento esportivo do Estado e um patrimônio do esporte brasileiro.Com a ajuda da Liga Marítima, os atletas transportaram as embarcações para a sede do Clube, onde posteriormente se organizou uma grande festa. No dia 16 de novembro deste mesmo ano o Clube do Remo conquistaria seu primeiro título estadual na regata.
E logo que ganhou o seu jogo inaugural, o Remo começou a sua seqüência de títulos, vencendo o Campeonato Paranaense sete vezes seguidas (de 1913 a 1919) logo em seus primeiros anos de futebol. Até hoje, o recorde do heptacampeonato nunca foi batido no Pará.
O Remo continuou se destacando no futebol paraense, mas o clube azulino queria mais. E esse desejo foi realizado em 1961, quando o time se tornou conhecido no país todo por disputar a Taça Brasil, feito que repetiu em 1965.
O bicampeonato veio também em 1969, em uma competição onde além do Remo, incluiu também Tuna Luso e Paysandu, pelo Pará; Nacional, Fast Club e Olímpico, pelo Amazonas; Moto Clube e Ferroviário, pelo Maranhão; e Piauí e Flamengo, pelo Piauí. O título foi decidido com o Nacional do Amazonas, em partida realizada em Manaus, no dia 10 de dezembro de 1969, num empate de 2x2, resultado que garantiu ao Remo o título, em decorrência de sua exuberante campanha. A onzena campeã do Remo era formada por: François; Mesquita, Carvalhão (Edilson), Nagel e Lúcio; Ângelo e Carlitinho; Birungueta, Íris (Omar), Zequinha e Neves. O time era novamente treinado por Danilo Alvin.
O tricampeonato do Norte foi vencido em uma final, com jogos de ida e volta, sendo seu adversário o Rodoviária do Amazonas. Na primeira partida, em Manaus, no dia 25 de novembro de 1971, o Remo venceu com um placar de 1x0. Em Belém, no jogo da volta o placar foi de 4x2 no Baenão, em 28 de novembro de 1971, sagrando-se dessa forma tricampeão do norte. O time vencedor do Remo foi: Dico; Mendonça, Edair, Valdemar (Mesquita) e Edilson; Tito e Carlitinho; Ernani, Rubilota (Jeremias), Alcino e Neves.
O ano de 1971 evidenciou uma das mais preponderantes conquistas do clube, que sagrou-se campeão do Norte e Nordeste. Após a conquista do tricampeonato do Norte, o Remo acabou enfrentando posteriormente o Itabaiana de Sergipe, que era campeão do Nordeste, em partidas de ida e volta, onde o Remo sagrou-se campeão do Torneio Norte-Nordeste.
O clube continuou com seu domínio no Pará até entrar de vez para o cenário nacional nos anos 90. De lá para cá, o Remo se tornou o time que mais vezes disputou a Copa do Brasil. Naquela década, o time conseguiu ficar 33 partidas (de 1993 a 1997) sem perder para o seu maior rival, o Paysandu. Nos anos 90, também se sagrou pentacampeão paraense, de 1993 a 1997, mostrando que foram realmente dois anos gloriosos para o Filho da Glória e do Triunfo.
Com o início do novo milênio veio também a terceira colocação no Módulo Amarelo da Copa João Havelange, melhor posição da equipe em nacionais desde 2000. Cinco anos depois, veio o único título nacional da agremiação. Em 2005, o Clube do Remo se sagrou campeão da Série C do Brasileirão.Desde 2005, o clube conta com uma Associação de Torcedores, a ATAR, fundada com o objetivo de apoiar o Remo na área patrimonial e financeira. O mais recente título do clube foi o Campeonato Paraense de 2008, quando venceu o Águia na final, conquistando assim seu 42º troféu estadual. Mas como a história dos clubes não é feita somente de alegrias o Remo sofreu em 2007 o segundo rebaixamento para Série C em pouco mais de 3 anos, atolado em dívidas, jogadores e funcionários do clube insatisfeitos com os atrasos de salários constantes e a possibilidade de vender sua sede para sanar suas dívidas, foram algumas das razões que culminaram com o rebaixamento do time que foi sacramentado com uma derrota de 2 a 1 o Ituano no Estádio Novelli Júnior. Agora o Clube do Remo foi desclassificado da Série C do Brasileiro de 2008, sendo derrotado pelo Rio Branco do Acre, e tenta "convencer" a CBF para os Clubes que foram desclassificados até então da Série C não caiam respectivamente para a Série D.
Títulos
Campeonato Brasileiro - Série C 2005.
Copa Norte-Nordeste: 1971.
Campeonato Paraense: 42 vezes (1913, 1914, 1915, 1916, 1917, 1918, 1919, 1924, 1925, 1926, 1930, 1933, 1936, 1940, 1949, 1950, 1952, 1953, 1954, 1960, 1964, 1968, 1973, 1974, 1975, 1977, 1978, 1979, 1986, 1989, 1990, 1991, 1993, 1994, 1995, 1996, 1997, 1999, 2003, 2004, 2007 e 2008).
Estádio
Estádio Evandro Almeida |
A paixão pela bola aconteceu de forma repentina por parte dos brasileiros. Os clubes existentes na época se dedicavam basicamente aos esportes náuticos, mas com a chegada do esporte no país os grandes clubes logo trataram de formar suas equipes, sendo assim também com o Remo. Os jogos eram realizados em campos comuns, parecidos com os de pelada hoje em dia. Só em 1917, mais precisamente no dia 15 de agosto o Remo inaugurou seu ´´estádio`` de futebol. Medindo 110m de comprimento por 70m de largura e tendo ao seu redor uma arquibancada com capacidade para 2.500 pessoas. Existia ainda um pavilhão superior de 12m de comprimento por 6m de largura para associados e familiares. Com o desenvolvimento do esporte as acomodações já não suportavam grandes públicos em dia de jogo. Até que em 14/07/1935 o Remo reestruturou o seu estádio com arquibancadas bem maiores oferecendo uma boa acomodação para os torcedores. Em 1940 o estádio recebeu 8 torres, cada uma com 4 refletores. A partir daí o Remo poderia mandar seus jogos à noite. O nome oficial do estádio é Evandro Almeida, em homenagem ao grande atleta que depois virou dirigente do clube e faleceu no dia 21/05/1964. O que se vê hoje é resultado de 3 anos de obras que foram concluídas em 1962. Foi ai que o estádio Evandro Almeida ganhou a forma que hoje se apresenta, sendo o primeiro no estado a ter vestiário com túneis para duas equipes e mais o dos árbitros. A inauguração do novo Baenão aconteceu diante da equipe do Ceará Sporting, 1x1 foi o resultado final. Atualmente o estádio tem capacidade para 18 mil torcedores, estes lugares são divididos entre as arquibancadas, as cadeiras cativas e as cadeiras vips. O Baenão oferece aos torcedores 5 locais para a entrada, sendo dois para as arquibancadas, um para as cadeiras cativas, outro para as cadeiras vips com acesso pela trav. das Mercedes e um para o local destinado aos sócios do Clube ou torcedores visitantes, que fica bem em baixo das cabines de imprensa. E por falar nas cabines no total são 16, sendo uma exclusiva para a Federação Paraense de Futebol em homenagem ao Dr. João Costa, uma para a imprensa escrita, quatro para as emissoras visitantes e dez para a imprensa local divididas entre rádios e tvs. O Baenão comporta ainda uma estrutura que garante o desenvolvimento do futebol profissional assim como as categorias de base. Pelo lado da Av Almirante Barroso funciona o gerenciamento destas categorias e também a administração da escolinha de futebol do clube. Por lá, existe alojamento para 15 atletas, vestiário, refeitório comandado pela Dona Iná e mais o departamento administrativo. Já pelo lado da Avenida 25 de Setembro funciona o departamento de futebol profissional, com centro médico e fisioterápico, sala de jogos e Internet, refeitório, rouparia, sala para Educação Física e Fisiologia, sala de imprensa, vestiário com trinta armários individuais e a toca do leão, um espaço construído para a concentração dos jogadores na véspera dos jogos. A área externa do estádio apresenta ainda um estacionamento para os jogadores e uma arena onde é realizado o treino da escolinha de futebol do clube. |
Hino
O hino oficial do Clube do Remo foi lançado em 1941. O poeta Antônio Tavernard adaptou a marcha carnavalesca de Emílio Albim para representar o Clube do Remo em um hino que seria executado nas grandes vitórias do clube. O bloco carnavalesco era os “cadetes Azulinos”, formado por atletas, associados, dirigentes e torcedores que percorriam as principais ruas da cidade com destino a Praça da República.
Atletas azulinos somos nós
E cumpriremos o nosso dever
Um dia quando unidos para a luta,
O pavilhão sabemos defender
Enquanto a azul bandeira tremuleja,
O vento a beija, como a sonhar,
Honrando essa bandeira que paneja,
Nós todos saberemos com amor lutar
E nós atletas temos vigor
A nossa turma é toda de valor (bis)
Nós todos no vigor da mocidade
Vamos gozando nessa quadra jovial
E nós, os azulinos da cidade,
Erguemos vivas ao nosso ideal.
Em cada um de nós mora a esperança,
Nossa pujança, nosso ideal,
E porque somos do CLUBE DO REMO
Numa só voz diremos que não tem igual
E nós atletas temos vigor
A nossa turma é toda de valor (bis)
Mascote
A mascote do Remo é o leão. O animal foi escolhido como um dos símbolos do clube por causa da história mitológica do leão azul, que foi petrificado por Medusa. Pela força do animal, ele virou um símbolo do clube. Não é à toa que o Remo é considerado o ´´Rei da Amazônia``.
Site
http://www.clubedoremo.com.br/