
Uma bola de capotão e um pequeno espaço próximo onde hoje é o teatro Dominguinhos, surgiu o primeiro campinho de futebol de Ji-Paraná que, na época, nem se chamava ainda vila de Rondônia. Isto aconteceu na década de 50. João Padeiro, que trabalhava com o Velho Sergipe, que ainda está vivo e mora duas casa abaixo do hotel Amiguinho, coordenou a primeira competição de futebol. Era o auge do garimpo de diamante no rio Machado.
As duas equipes eram formadas por garimpeiros, seringueiros e o pessoal que trabalha na central de rádio-telex onde hoje é o Museu das Comunicações Marechal Rondon.
Vila Nova e Vera Cruz
Anos mais tarde, já no final da década de 60, Vila de Rondônia tomava forma de lugarejo e as peladas – partidas de futebol aos finais de semana, eram constantes.
Copão da Amazônia
Na década de 70, Vila Nova e Vera Cruz eram, o que podemos chamar, de uma equipe de futebol. Jogo de camisa, local para treinar e até uns trocados pela participação de alguns jogadores na equipe. O sonho era poder participar do Copão da Amazônia – uma grande competição de futebol amador que reunia os estados da região Norte.
Rivais
Moto Clube, Ferroviário, Flamengo e Botafogo eram os clubes da capital. Nascia aí uma rivalidade com Ji-Paraná que também, durante muito tempo, teve uma rivalidade infernal com o futebol de Ouro Preto. Lá haviam equipes como o Bangu, Industrial e Aciop.
Futebol profissional
Na década de 80 foi o auge do Copão da Amazônia, que deixou de ser algo importante com a chegada do futebol profissional.
O Ji-Paraná foi fundado no dia 22 de abril de 1991. Logo em seus dois primeiros anos de existência, o Ji-Paraná conquistou 2 títulos do Campeonato Rondoniense. Arapongas, Joélson, Cezar, Jaú, Oliveira, Cebola, Anísio, Lindomar, Ademirzinho, Gersinho, Fábio, Da Costa e Itamar são jogadores que fizeram parte da primeira e segunda conquistas. Os técnicos da primeira conquista foram Toninho Pastor e Toninho Funari, que assumiu na fase final do primeiro estadual.
O golpe maior veio de dentro da própria cidade de Ji-Paraná, em 2005: sob os moldes do Sport Club Ulbra de Canoas, no Rio Grande do Sul, clube da Universidade Luterana do Brasil, era criado o S.C. Ulbra de Rondônia. Sem tradição ou torcida, a idéia era fazer com que o trabalho sério e alguma parceria inicial com o co-irmão citadino trouxesse resultados rápidos e, estes, investimentos. Foi um sucesso: em 2005, título da Segunda Divisão do Estado; em 2006 e 2007, bicampeonato rondoniense.
Enquanto, até por ajuda sua, com o empréstimo de jogadores, o pretenso rival tomava o trono que um dia fora seu, o Ji-Paraná decaía. Mais do que conquistar novos investimentos, a Ulbra também quebrou o monopólio do Jipa em conseguir o apoio da cidade, dividindo as coisas e criando uma situação fatal ao outrora único clube dali. Em dificuldades frente à nova realidade, o Ji-Paraná Futebol Clube chegou a um ponto impensável no ano passado: venceu apenas um jogo em 12 rodadas do Campeonato Rondoniense, acabou na lanterna, e foi rebaixado à segundona.
Em 2008, o Ji-Paraná disputa a segunda divisão e o Ulbra anuncia o fim do departamento de futebol.
Títulos
Estaduais: 1991/92/95/96/97/98/99 e 2001
Taça Rondônia Eucatur de Futebol: 2001.
Estádio
O Estádio Municipal José de Abreu Bianco, mais conhecido como Biancão. Foi construído na gestão do governador José de Abreu Bianco (1999-2002), e oficialmente inaugurado em 22 de junho de 2002. Capacidade 7.000
Hino:
"Nasceu azul da cor do céu,
nos orgulhamos antes de crescer
trazendo títulos e tantas batalhas,
ó meu jipão amo você no coração;
do estado de Rondônia é o grande campeão
sempre enchendo os nossos olhos;
acelerando nosso coração,
e com orgulho os jiparanaenses
cantam forte este refrão:
Jipa Jipa Jipa Jipa,
Eu te amo meu Jipão!
É o Galo de Rondônia
glorioso eterno vencedor humilde,
valente e guerreiro, orgulho do interior
Jipa Jipa Jipa Jipa,
Eu te amo meu Jipão!
Jipa Jipa Jipa Jipa,
Ji-Paraná é campeão".
Apelidos Galo da BR
Mascote

site: http://www.baraketu.com/asp/jiparana/index.asp