
Fundado o clube, o treinador Cláudio Garcia, ex-jogador do Fluminense, e o preparador físico

Taça na prateleira, o Brasília fez o seu primeiro amistoso interestadual, vencendo o Fluminense de Araguari, no Estádio Mané Garrincha, por 3 x 1, e, pouco depois o seu primeiro grande jogo, perdendo, por 1 x 0 do Flamengo. O ato seguinte foi o Torneio Imprensa, em 1976, contra Ceub, Taguatinga, Gama, Grêmio Brasiliense e Humaitá, ficando em terceiro lugar, atrás de Grêmio e Taguatinga. Nessa disputa, esperava-se que surgisse o futuro grande clássico candango, Brasília x Ceub, mas quando os dois se pegaram, não saíram do 0 x 0.
Iniciado o Campeonato Brasiliense de 76, o título valeria vaga no Campeonato Nacional. O Ceub ganhou o primeiro turno (Taça Brasília) e o segundo foi interrompido para se disputar um quadrangular que indicaria o representante do DF na disputa. Mas o que pintou foram liminares de todos os lados, culminando com o Ceub abandonando o futebol profissional. O Grêmio também se esfacelou, o Taguatinga emprestou o grande ídolo da torcida brasiliense, Banana, ao Vasco, e tudo ficou favorável ao Brasília, que terminou campeão, numa final contra o Humaitá. Treinado por Velha, o time do título foi Norberto; Terezo, Luis Carlos Teixeira, Sousa (ex-Cruzeiro) e Odair Galetti; Well, Raimundinho "Baianinho" e Rogério Bayer; Humberto "Banga", Roberto (ex-Clube do Remo) e Duda.
Fundado em 1975, é o clube profissional mais antigo em atividade no Distrito Federal. O Brasília Esporte Clube era bancado pela Associação Comercial do Distrito Federal e deteve a hegemonia no futebol candango, com oito títulos entre 1976 e 1987, um recorde igualado somente em 2000 pelo Gama. Em 1999, já em crise, aproveitando a Lei Pelé, tornou-se o primeiro clube-empresa totalmente privado do Brasil. Comandado pelo médico veterinário aposentado Ênio Marques, um grupo de oito sócios fundou a empresa Brasília Promoções e Participações Desportivas S/A e comprou, por preço simbólico, o departamento de futebol do Brasília Esporte Clube mudando seu nome para Brasília Futebol Clube passando a deter os direitos sobre a marca Brasília para clube de futebol. Os planos eram ambiciosos. Entre outros pontos, queriam fazer intercâmbio com clubes brasileiros e estrangeiros (incluindo-se aí até pré-temporada na Europa); e a construção de um centro de treinamento atrás do Mané Garrincha. As cores tradicionais vermelha e branca foram trocadas pelo verde, amarelo e azul, para ter uma identidade maior com o Brasil. A idéia era, a longo prazo, vender a imagem do clube no exterior. Em 2000, foi formada uma supercomissão técnica, com nove pessoas e o clube passou a treinar na UnB. Toda essa estrutura deixou o clube com uma folha de pagamento em torno de R$ 50 mil por mês. Para segurar um folha tão alta, os dirigentes contavam com o acerto de parcerias, o que não aconteceu. Com uma receita baseada apenas na cota de cerca de R$ 10 mil mensais repassados pela FM, fruto de um convênio com o GDF, os planos mirabolantes caíram por terra. A dura realidade bateu as portas do clube em forma de dívidas com a UnB, jogadores e comissão técnica. Em 2001, a situação piorou. O clube disputou o estadual com uma equipe modesta esperando meramente não ser rebaixado. Não conseguiu.
Assim, pela primeira vez, em mais de 20 anos, o Brasília, um dos clubes mais tradicionais do Distrito Federal, oito vezes campeão brasiliense disputava a Segunda Divisão Estadual. Transformado em clube-empresa em dezembro de 1999, sob a responsabilidade de oito sócios, estava praticamente abandonado à própria sorte. Com a corda no pescoço, os cartolas resolveram cortar despesas. O clube passou a ser um time de aluguel, com toda a estrutura bancada pelo Gama. O elenco na Segunda Divisão foi formado por juniores do Gama, em preparação para a Copa São Paulo de Futebol Junior 2002. O presidente do Gama Wagner Marques, ex-presidente do próprio Brasíia assumiu todos os custos e inclusive trocou as cores do clube. Sumiram o azul e amarelo do novo e fracassado Brasília e ressurgiram o vermelho e o branco do Brasília dos tempos aúreos. A parceria surtiu efeito e o clube conseguiu reerguer-se e conquistar a Segunda Divisão estadual. Porém, fica em 9ºlugar e é rebaixado novamente. Disputa a segunda divisão em 2003 e 2004, chegando as semifinais nos dois anos. Em 2005, não disputa nenhum campeonato, retornando em 2006, na terceira divisão. É vice-campeão, mas não sobe, e novamente vice em 2007, subindo para segunda divisão em 2008, onde disputa a final, e já conquistou o acesso, estando de volta a primeira divisão após sete anos.
Campeonato Brasiliense: 8 vezes (1976, 1977, 1978, 1980, 1982, 1983, 1984 e 1987).
Campeonato Brasiliense 2ª Divisão: 2001.
Hino
Autor: José Wilson Costa Dias
Avante, Brasília, avante
Todos gritam por você
Como um Sol irradiante
Hei de vê-lo até morrer
Sua garra exuberante
Num magnífico esplendor
Me deixa muito contente
Colorado, meu grande amor
Brasília, Brasília,
Você é o maior em tradição
Brasília, Brasília
Sempre será o eterno campeão
Brasília, Brasília,
Eu sempre lhe amei
Brasília, Brasília,
Colorado sempre sei
Estádio
Utiliza o Estádio Mané Garrincha
Mascote
Calango do Cerrado