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Futebol Clube Paços de Ferreira

A origem do futebol em Paços de Ferreira remonta à década de 1930, quando a modalidade começou a ser praticada pelo Sport Club Pacense, colectividade sediada em Meixomil (uma das freguesias do concelho).
Foram duas décadas de futebol popular e sem expressão oficial, até que uma reorganização competitiva e o aparecimento do velho Campo da Cavada, motivou a fundação – em 5 de Abril de 1950 – do Futebol Clube Vasco da Gama, colectividade que está na génese do actual F. C. Paços de Ferreira.
A estreia oficial do novo clube ocorreu a 19 de Novembro de 1950, com o «Vasquinho» - designação carinhosa pela qual era tratado entre os seus adeptos – a vencer em Lousada a equipa do Tapada, por 2-1. Agostinho Alves foi o marcador do primeiro golo vitorioso na história dos pacenses. O clube manteve-se na III Divisão Regional da A. F. Porto até à temporada 1956/57, altura em que alcançou a primeira subida do seu historial. Após uma dramática final em quatro jogos, o F. C. Vasco da Gama derrotou o Sporting da Cruz (3-1) no Estádio do Bessa e fez uma festa de arromba do Porto até ao centro da Vila.

A década de 1960 iniciou-se sob o signo das mudanças e - no começo da temporada 1961/62 - o clube passou a utilizar a actual designação de Futebol Clube de Paços de Ferreira. Foram questões de ordem estatutária a motivar esta mudança, que coincidiu também com a troca do seu equipamento amarelo para um idêntico ao utilizado pelo F. C. Porto. O primeiro título conquistado pelo clube surgiu na temporada de 1967/68, quando a equipa confirmou a aposta da direcção de então e alcançou o título da II Divisão Regional da A. F. Porto. Uma forma de terminar em beleza a década e de lançar as raízes do crescimento verificado na década seguinte.
A festa voltou a Paços de Ferreira em 17 de Junho de 1973, quando o clube comemorou a subida à 3ª divisão nacional, após uma clara vitória no campo da Cavada, por 3-0, ante o Perosinho.
Um ano após este feito, o «Paços» voltou a encher o ego dos seus adeptos, ao alcançar o título nacional da 3ª Divisão: a 14 de Julho de 1974, os pacenses invadiram o Estádio Municipal de Leiria e deram o impulso decisivo para a vitória (2-1) sobre o Estrela de Portalegre. O herói do encontro foi Mascarenhas, que marcou o golo da vitória no minuto final do prolongamento. O clube lançava assim as suas raízes no futebol nacional e mostrava-se disposto a alcançar patamares mais elevados, fruto do bairrismo e paixão pelo futebol que é inata aos adeptos de Paços de Ferreira.
A onda de crescimento verificada no clube levou a que em Outubro de 1973 tenha sido inaugurado o Estádio da Mata Real, palco onde ainda hoje os pacenses mostram a sua raça. A euforia das subidas seria, no entanto, resfriada nos dezasseis anos seguintes, onde apesar de várias vezes ter estado à beira de ingressar na 1ª divisão nacional, acabou sempre por baquear ingloriamente nos momentos decisivos. De permeio, a 15 de Março de 1981, os sócios decidiram mudar as cores oficiais do equipamento que o clube utilizava, que passaram a ser as do concelho – amarelo e verde.


O sonho da subida acabou por se tornar realidade no final da época 1990/91, quando de forma surpreendente o F. C. Paços de Ferreira se tornou no primeiro Campeão do estreante campeonato nacional da Divisão de Honra. Uma equipa "formiguinha" conseguiu amealhar os pontos necessários para esta vitória surpresa e tornou-se mítica aos olhos dos adeptos, sedentos de marcar presença nos palcos principais do futebol português. E foi com orgulho que durante três temporadas os pacenses jogaram de igual-para-igual com os «grandes» Benfica, F.C.Porto e Sporting. Essa alegria terminou em 1993/94 quando, pela primeira vez em 44 anos de história, o clube conheceu o sabor amargo da descida de divisão. Foi o momento menos positivo de uma história recheada de sucessos. Um facto que resfriou os ânimos, mas que não foi suficiente para apagar a chama da esperança dos corações verde-amarelos.
Prova disso, foi o percurso realizado pela equipa na temporada 1999/2000, em que protagonizou uma recuperação notável no campeonato da II Liga e alcançou com drama e glória o título nacional na última jornada da prova. Uma alegria extravagante acompanhou a equipa no decisivo encontro de Chaves e, mais uma vez, os adeptos ajudaram a equipa a fazer história.
Em 2000/2001, de novo do escalão máximo do futebol, o F. C. Paços de Ferreira fez um excelente campeonato e, justamente, afirmou-se como a equipa-sensação da competição, onde conseguiu vencer os três «grandes». Uma prestação que se repetiu nas duas épocas seguintes, onde conseguiu sempre melhorar os lugares alcançados na então denominada SuperLiga.
Em 2002/2003 o Clube alcançou um honroso 6º lugar no campeonato e duplicou esse feito inédito, ao atingir as meias-finais da Taça de Portugal, ficando apenas arredado da final por ter perdido por 1-0 na Marinha Grande, frente à União de Leiria.
Despromovido à Liga de Honra no final da época 2003/2004, o Clube soube contornar esse momento menos feliz da sua história e rapidamente preparou o regresso ao campeonato principal do futebol português. Em 2004/2005 o FC Paços de Ferreira realizou uma notável campanha na Liga de Honra, que lhe garantiu a inédita subida a cinco jornadas do final da prova. O golo de Júnior Bahia, no Estádio do Leixões garantiu o triunfo e a festa da subida que se estendeu até ao regresso à Mata Real.

A época 2006/2007 marca um dos pontos mais altos dos mais de 50 anos de história da equipa pacense. Com o orçamento mais baixo da Liga, os auri-verdes conseguem realizar uma campanha surpreendente, sendo mesmo considerados uma das "equipas-sensação" da prova. Demonstrando um espírito guerreiro dentro de campo, os castores conseguem feitos notáveis, como a vitória em Alvalade por 1-0, e a realização de um campeonato apenas com uma derrota caseira, frente ao Belenenses, após mais de um ano sem uma vitória dos visitantes na Mata Real. O Paços foi mesmo, a par do Chelsea de Mourinho, a equipa da Europa que há mais tempo não perdia em casa. Como corolário desta campanha, os auri-verdes conseguem um histórico 6º lugar final, que lhes dá direito a uma participação na Taça UEFA, primeira experiência europeia do "Paços". Este feito histórico ficou selado na última jornada, a 20 de Maio de 2007 (por sinal, dia do aniversário da cidade) no Estádio Municipal de Aveiro, com um golo de Cristiano, que garantiu o empate a uma bola frente ao Beira Mar, e que levou milhares de pacenses a receber os jogadores em festa, no centro da cidade, numa festa que se prolongou pela madrugada.
No dia 20 de Setembro de 2007, o Paços fez a sua estreia europeia, quando, pelas 21h, subiu ao relvado do Estádio do Bessa, casa emprestada dos pacenses, devido à impossibilidade de o jogo se disputar na Mata Real, para defrontar os holandeses do AZ Alkmaar, em jogo a contar para a primeira ronda da Taça UEFA. Apoiados por perto de 10 000 adeptos, os pacenses dominaram o jogo, estando por várias vezes perto de se adiantar no marcador mas, contra a corrente do jogo, aos 89 minutos, Pocognoli estragou o sonho dos pacenses com um golo na sequência de um pontapé de canto. A segunda mão disputou-se a 4 de Outubro na cidade holandesa de Alkmaar. Apoiados por alguns pacenses que se deslocaram àquela cidade holandesa, os castores tentaram dar a volta ao resultado da 1ª mão, mas sem sucesso. O jogo acabou por terminar empatado a zero bolas, ditando assim o afastamento do Paços de Ferreira das competições europeias. No entanto, a experiência foi positiva para o Paços, pois esta pequena equipa da pequena cidade de Paços de Ferreira, com o orçamento mais baixo da Liga, conseguiu lutar de igual para igual com o "gigante" holandês, deixando transparecer uma excelente imagem de Paços de Ferreira e de Portugal na Europa.

Títulos

2ª Divisão/Liga Vitalis  1990/1991, 1999/2000, 2004/2005
3ª Divisão  1973/1974

Estádio

O Estádio da Mata Real situa-se na freguesia e concelho de Paços de Ferreira, mais concretamente no lugar da Ponte Real. Antes da sua construção, o Paços jogara já em diversos terrenos, como o Campo da Aldeia Nova, em Meixomil, e o Campo da Cavada. Porém, em 1969, o Paços foi obrigado pelo proprietário dos terrenos da Cavada, D. José de Lencastre, a devolver o campo até 31 de Outubro de 1971, mas com uma curiosidade: teria direito a "levantar as bilheteiras e os portões existentes no campo".

Porém, apenas em 29 de Fevereiro de 1971, os sócios do clube pacense decidiram a construção de uma nova casa para a equipa. Em 22 de Setembro de 1973, o Paços acordou com a Câmara Municipal os termos do arrendamento: o clube pagava 2400$00 por ano à autarquia pela utilização do futuro complexo. A 7 de Outubro de 1973, é finalmente inaugurado o Parque Desportivo da Ponte Real. O jogo inaugural, entre o Paços e o Vianense, a contar para a 3ª jornada do nacional da II Divisão (Zona Norte), foi assistido por 6000 pessoas

Capacidade 5.172 espectadores


Mascote

A mascote do Paços Ferreira é um simpático castor.
­ Apelido: Castores ou Paços 

Site
http://www.fcpf.pt/

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