O Club Sport Marítimo foi fundado na cidade de Funchal, na Ilha da Madeira, em 20 de setembro de 1910, 15 dias antes da instauração da República no país. Assim como muitos times criados no início do século 20, os rubro-verdes tiveram influências inglesas em sua formação, mas não houve nenhuma colaboração por partes dos britânicos, afirmando, dessa maneira, a independência da classe marítima, criadora da entidade.
Em seus primeiros anos de vida, o time madeirense disputava partidas contra outros grupos de operários e portuários europeus que desembarcavam na Ilha. A medida em que o futebol ganhava espaço no país, a equipe aumentava seu número de torcedores e apareciam novos rivais, como os times da capital, Lisboa.
As diversas viagens e a Primeira Guerra Mundial esgotaram os recursos financeiros da agremiação, que perdeu sua sede social, seus bens e desmotivou dirigentes e jogadores a dar continuidade ao clube.
Apesar da rivalidade já existente na época, quem salvou o Marítimo da extinção foi o Clube Futebol União, que cedeu suas instalações temporariamente. A primeira competição da qual o clube participou ocorreu em 1916, no Campeonato da Madeira.
Com a conquista do torneio do distrito da Madeira por diversas vezes, o time ganhou o direito de disputar, em 1922/23, o recém-criado Campeonato Português e não demorou muito para conquistar seu primeiro título nacional. Em 1925/26, bateu o tradicional Belenenses, na final, sagrando-se campeão após uma temporada memorável. Com isso, ganhou o apelido de Maior das Ilhas, por se tratar do único campeão nacional vindo da região.
No início da década de 30 o time entrou em uma grave crise financeira e, somada com a Revolta da Madeira, em 1931, foi impedido de participar do Campeonato Português, juntamente com as equipes insulares, ou seja, as de fora do continente português, tendo acesso apenas à Taça de Portugal, que teve sua primeira edição em 1938/39.
Dessa forma, o clube se voltou para disputa das competições distritais e conseguiu a marca de 12 conquistas seguidas do Campeonato da Madeira, de 1944/45 a 1955/56.
Depois de muitas negociações, ficou estabelecido que o vencedor da competição regional disputaria uma vaga no Campeonato Nacional da Segunda Divisão. O Marítimo não perdeu tempo e na primeira oportunidade se garantiu ao vencer mais uma vez o Campeonato da Associação de Futebol da Madeira e ser o primeiro time da Ilha a ascender ao torneio nacional.
Mesmo tendo estrutura e organização inferiores em relação aos times presentes nas competições nacionais, os rubro-verdes se tornam a primeira equipe insular a subir à elite do futebol português. O acesso aconteceu no ano de 1977, onde se manteve por três temporadas, mas devido ao semi-profissionalismo e dificuldades logísticas para custear viagens, o time desceu de divisão em 1980/81, retornando ao convívio com os grandes no ano seguinte.
A gangorra não parou e, em 1982/83, o clube foi rebaixado novamente, permanecendo dois anos na segunda divisão, quando, em 1985, voltou à elite para nunca mais sair. A partir de então, os Leões se estabilizam entre os melhores do país. Nos anos 90 fizeram boas campanhas no torneio nacional e retomaram o prestígio de décadas passadas.
Na temporada 1991/92, os madeirenses terminaram a competição portuguesa na sétima posição e garantiram vaga pela primeira vez em uma competição européia, a Copa da Uefa.
Com a inédita classificação, com uma maior organização interna e a ofensividade do comandante brasileiro Paulo Autuori, o Marítimo fez sua melhor campanha na Super Liga, onde terminou na quinta colocação e alcançou a segunda fase do segundo mais importante torneio do continente. Ao todo foram cinco participações neste certame europeu, tendo chegado à segunda eliminatória em duas ocasiões.
Na Taça de Portugal, segunda competição em nível de importância no país, a equipe chegou a duas finais, mas acabou derrotada em ambas. Na primeira oportunidade, em 1994/95, perdeu para o Sporting, em Lisboa, por 2 a 0. Seis anos depois, em 2001, foi vencida pelo Porto, pelos mesmo 2 a 0, o que acabou com o sonho do time ilhéu de conquistar seu primeiro título português.
O clube se tornou Sociedade Anônima Desportiva no final do século 20, devido às más gestões e, por conta disso, o Governo Regional cortou as verbas destinadas ao Marítimo, complicando ainda mais suas finanças. Dessa forma, foi necessária a criação da SAD para equilibrar novamente as contas dos rubro-verdes, ficando, dessa maneira, 40% das ações para a entidade, 40% para a Região Autônoma da Madeira e 20% para outros acionistas.
Títulos
Campeonatos de Portugal 1925-26
Estádio
O Estádio dos Barreiros localiza-se na zona oeste da cidade do Funchal, na Ilha da Madeira. É o local onde joga o Marítimo. Foi inaugurado a 5 de Maio de 1957 e pode contar com 9.177 espectadores.
Lugar mítico do futebol madeirense, o estádio foi propriedade da Região Autónoma da Madeira até 2009, estando a ser alvo de reconstrução, já nas mãos do Club Sport Marítimo para que este possa ter um espaço condigno para atuar.
A obra está a decorrer desde Agosto de 2009 prevendo-se a respectiva inauguração a tempo do centenário do Clube Sport Marítimo, em 2010. Iniciou-se na zona da bancada nascente, permitindo que decorram, sem problemas, os jogos caseiros da Época 2009/2010 da Liga Sagres. O relvado sofreu uma aproximação à bancada poente em cerca de 7 metros.
Tudo aponta que o Estádio esteja concluído em 2011, no início da época desportiva 2011/2012.
Marcha do Marítimo
Somos Campeões
Pela vida inteira
Nossos Corações
São para a Madeira
Desde a terra-mãe
Até ao Ultramar
Nosso lema tem
De lutar, lutar
Lá no Continente
E até aos Açores
Momçabique e Angola
São nossos amores
Já deixamos fama
De valor sem par
Arde em nós a chama
De lutar, lutar
Estribilho
Encarnado e verde
Cores sem igual
Da nossa bandeira
E de Portugal
E que ninguém pense
Em ter ilusões
Ser bom Madeirense
É gostar dos campeões
Mascote
A mascote do Marítimo é um Leão, presente no escudo da equipe. Símbolo de força, o animal foi adotado em 1917, quando foi escolhido para representar o clube imbatível e campeão, assim como o Rei das Selvas.
Em seus primeiros anos de vida, o time madeirense disputava partidas contra outros grupos de operários e portuários europeus que desembarcavam na Ilha. A medida em que o futebol ganhava espaço no país, a equipe aumentava seu número de torcedores e apareciam novos rivais, como os times da capital, Lisboa.
As diversas viagens e a Primeira Guerra Mundial esgotaram os recursos financeiros da agremiação, que perdeu sua sede social, seus bens e desmotivou dirigentes e jogadores a dar continuidade ao clube.
Apesar da rivalidade já existente na época, quem salvou o Marítimo da extinção foi o Clube Futebol União, que cedeu suas instalações temporariamente. A primeira competição da qual o clube participou ocorreu em 1916, no Campeonato da Madeira.
Com a conquista do torneio do distrito da Madeira por diversas vezes, o time ganhou o direito de disputar, em 1922/23, o recém-criado Campeonato Português e não demorou muito para conquistar seu primeiro título nacional. Em 1925/26, bateu o tradicional Belenenses, na final, sagrando-se campeão após uma temporada memorável. Com isso, ganhou o apelido de Maior das Ilhas, por se tratar do único campeão nacional vindo da região.
No início da década de 30 o time entrou em uma grave crise financeira e, somada com a Revolta da Madeira, em 1931, foi impedido de participar do Campeonato Português, juntamente com as equipes insulares, ou seja, as de fora do continente português, tendo acesso apenas à Taça de Portugal, que teve sua primeira edição em 1938/39.
Dessa forma, o clube se voltou para disputa das competições distritais e conseguiu a marca de 12 conquistas seguidas do Campeonato da Madeira, de 1944/45 a 1955/56.
Depois de muitas negociações, ficou estabelecido que o vencedor da competição regional disputaria uma vaga no Campeonato Nacional da Segunda Divisão. O Marítimo não perdeu tempo e na primeira oportunidade se garantiu ao vencer mais uma vez o Campeonato da Associação de Futebol da Madeira e ser o primeiro time da Ilha a ascender ao torneio nacional.
Mesmo tendo estrutura e organização inferiores em relação aos times presentes nas competições nacionais, os rubro-verdes se tornam a primeira equipe insular a subir à elite do futebol português. O acesso aconteceu no ano de 1977, onde se manteve por três temporadas, mas devido ao semi-profissionalismo e dificuldades logísticas para custear viagens, o time desceu de divisão em 1980/81, retornando ao convívio com os grandes no ano seguinte.
A gangorra não parou e, em 1982/83, o clube foi rebaixado novamente, permanecendo dois anos na segunda divisão, quando, em 1985, voltou à elite para nunca mais sair. A partir de então, os Leões se estabilizam entre os melhores do país. Nos anos 90 fizeram boas campanhas no torneio nacional e retomaram o prestígio de décadas passadas.
Na temporada 1991/92, os madeirenses terminaram a competição portuguesa na sétima posição e garantiram vaga pela primeira vez em uma competição européia, a Copa da Uefa.
Com a inédita classificação, com uma maior organização interna e a ofensividade do comandante brasileiro Paulo Autuori, o Marítimo fez sua melhor campanha na Super Liga, onde terminou na quinta colocação e alcançou a segunda fase do segundo mais importante torneio do continente. Ao todo foram cinco participações neste certame europeu, tendo chegado à segunda eliminatória em duas ocasiões.
Na Taça de Portugal, segunda competição em nível de importância no país, a equipe chegou a duas finais, mas acabou derrotada em ambas. Na primeira oportunidade, em 1994/95, perdeu para o Sporting, em Lisboa, por 2 a 0. Seis anos depois, em 2001, foi vencida pelo Porto, pelos mesmo 2 a 0, o que acabou com o sonho do time ilhéu de conquistar seu primeiro título português.
O clube se tornou Sociedade Anônima Desportiva no final do século 20, devido às más gestões e, por conta disso, o Governo Regional cortou as verbas destinadas ao Marítimo, complicando ainda mais suas finanças. Dessa forma, foi necessária a criação da SAD para equilibrar novamente as contas dos rubro-verdes, ficando, dessa maneira, 40% das ações para a entidade, 40% para a Região Autônoma da Madeira e 20% para outros acionistas.
Títulos
Campeonatos de Portugal 1925-26
Estádio
O Estádio dos Barreiros localiza-se na zona oeste da cidade do Funchal, na Ilha da Madeira. É o local onde joga o Marítimo. Foi inaugurado a 5 de Maio de 1957 e pode contar com 9.177 espectadores.
Lugar mítico do futebol madeirense, o estádio foi propriedade da Região Autónoma da Madeira até 2009, estando a ser alvo de reconstrução, já nas mãos do Club Sport Marítimo para que este possa ter um espaço condigno para atuar.
A obra está a decorrer desde Agosto de 2009 prevendo-se a respectiva inauguração a tempo do centenário do Clube Sport Marítimo, em 2010. Iniciou-se na zona da bancada nascente, permitindo que decorram, sem problemas, os jogos caseiros da Época 2009/2010 da Liga Sagres. O relvado sofreu uma aproximação à bancada poente em cerca de 7 metros.
Tudo aponta que o Estádio esteja concluído em 2011, no início da época desportiva 2011/2012.
Marcha do Marítimo
Somos Campeões
Pela vida inteira
Nossos Corações
São para a Madeira
Desde a terra-mãe
Até ao Ultramar
Nosso lema tem
De lutar, lutar
Lá no Continente
E até aos Açores
Momçabique e Angola
São nossos amores
Já deixamos fama
De valor sem par
Arde em nós a chama
De lutar, lutar
Estribilho
Encarnado e verde
Cores sem igual
Da nossa bandeira
E de Portugal
E que ninguém pense
Em ter ilusões
Ser bom Madeirense
É gostar dos campeões
Mascote
A mascote do Marítimo é um Leão, presente no escudo da equipe. Símbolo de força, o animal foi adotado em 1917, quando foi escolhido para representar o clube imbatível e campeão, assim como o Rei das Selvas.
Apelido: Verde-Rubros, Maior das Ilhas e Leões
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