O Clube Desportivo Santa Clara é um clube de Ponta Delgada, Ilha de São Miguel, Açores, Portugal. É o clube mais representativo dos Açores. Os seus maiores feitos, foram a conquista do Campeonato Nacional da II Liga em 2000/2001; do Campeonato Nacional da 2ª Divisão em 1997/1998; e as suas 3 presenças no Campeonato Nacional da 1ª Divisão.
O Clube Desportivo Santa Clara é o resultado final, algo distante no tempo mas muito próximo no essencial, de um fenómeno sócio desportivo que iniciando-se em finais de 1917 teve o seu apogeu durante os anos de 1919 e 1920, o auge da animada disputa dos "Campeonatos de Santa Clara", competição na qual participavam equipas em representação de algumas das várias "lojas de Santa Clara", apresentando-se como herdeiro natural dos dois outros "Santa Claras"; o "Santa Clara Foot-ball Club" e o "Sport Club Santa Clara", ambos antes dele também filiados na "Associação de Foot-ball de Sam Miguel", hoje; Associação de Futebol de Ponta Delgada.
A primeira Direcção do Clube Desportivo Santa Clara foi eleita por aclamação a 12 de Maio de 1927, tendo os seus estatutos de fundação sido aprovados pouco depois, a 21 Junho de 1927, numa Assembleia-geral que para o efeito fora convocada e então foi presidida pelo Tenente João Joaquim Vicente Jr. O processo de constituição do clube culmina a 29 Julho de 1927 com a concessão pelo Governo Civil de Ponta Delgada do respectivo alvará.
O Clube Desportivo Santa Clara solicitou a sua inscrição na Associação de Futebol a 6 de Agosto de 1927, ensejo que só lhe foi concedido cerca de três meses depois. O seu primeiro jogo oficial ocorreu a 20 de Novembro de 1927.
A década de 30 foi de grande importância na afirmação do Clube Desportivo Santa Clara, contribuindo extraordinariamente para a grandiosidade com que a colectividade chegou ao século XXI: Em 1930, início de um ciclo desportivo memorável, o CDSC ganha o seu primeiro título (Campeão da LDM “Liga Desportiva Micaelense”); a 31 Janeiro de 1935 inaugura oficialmente (já lá estava instalado desde Novembro de 1934) aquela que ainda hoje é a sua sede, considerada então a melhor sede de um clube de futebol nos Açores; em Maio deste mesmo ano aventura-se a outra façanha, e torna-se no primeiro clube de futebol açoriano a deslocar-se a Portugal, digressão durante a qual defrontou, entre outros, o Sport Lisboa e Benfica; em 1936 a celebração do primeiro aniversário da nova sede constitui também um grande acontecimento, com repercussões que chegam aos dias de hoje; ainda durante a década de 30 sagra-se sete vezes consecutivas Campeão da AFSM (1930/31 até 1936/37) obtendo um recorde ainda hoje por igualar. Com apenas 10 anos de existência, já então o CDSC se posicionava, com destaque, na liderança do futebol micaelense.
Durante as épocas 1942/43, 1943/44 e 1944/45 a AFSM interrompeu a sua actividade. Este facto, assim como outras consequências dos últimos anos da II Grande Guerra, voltam a relegar o CDSC para patamares desportivos mais humildes, quase idênticos aos dos seus primeiros três anos de existência. Na década de 40, só em 1949 o CDSC volta a saborear os louros da vitória no campeonato.
Nas três décadas seguintes; 50, 60 e 70, muito embora sem nunca voltar a atingir o nível conseguido na década de 30, o CDSC impõe-se de novo com enorme destaque, conquistando 17 dos 33 campeonatos disputados entre 1949 e 1982 (mais do que o somatório dos títulos ganhos pelos seus adversários todos juntos).
Foi na transição da década de sessenta para a de setenta, entre a época de 1968/69 e a de 1971/72, que o CDSC obteve a sua segunda melhor série de campeonatos consecutivamente ganhos (4), acrescentando assim ao seu recorde de 1930/37 o igualar da segunda melhor série deste tipo, obtida entre as épocas 1924/25 e 1927/28 pelo Clube União Sportiva.
Só nos anos oitenta o CDSC inicia o seu percurso nos “Nacionais”, conseguindo, a par da sua longa e relativamente modesta participação na “III Divisão Série E”, criar um núcleo de formação futebolística com adequada orientação técnica (Departamento de Formação Juvenil), “viveiro” por onde, entre muitos outros, também passou “Pedro Pauleta”. A par disso, a década de oitenta foi também um período de valorização e consolidação patrimonial; em 1984 são dados os primeiros passos para a aquisição dos 21.000m2 de terreno em São Gonçalo, em 1986 tem inicio a construção do “Complexo Desportivo”, e, volvido pouco tempo, o CDSC adquire ainda a sede que desde 1934 já ocupava. No decorrer da época desportiva 1986/87, e com um plantel que incluía significativo número de atletas oriundos dos escalões de formação, o CDSC ascendeu pela primeira vez à II Divisão, participando durante a época seguinte, integrando na Zona Sul, no respectivo campeonato.
Na última década do século XX, depois de uma rápida e bem sucedida passassem pela “Série Açores” (com um plantel muito jovem e mais uma vez recheado de atletas oriundos dos escalões de formação do clube) o CDSC ascende quase meteoricamente até ao patamar mais elevado do futebol português: em 1995/96 é Campeão da “Série Açores” subindo à 2ª Divisão (B); em 1996/97 é o segundo classificado da sua zona na 2ª Divisão (B), falhando por muito pouco outra subida; em 1997/98 ganha a Zona Sul, é Campeão da 2ª Divisão (B), e sobe à 2ª Divisão de Honra; e em 1998/99, terminando o Campeonato da 2ª Divisão de Honra em 3º lugar, ganha direito a aceder, pela primeira vez, à 1ª Divisão. Na época seguinte (1999/2000), a última do século XX, e aquela em que pela primeira o CDSC participou na 1ª Divisão, acabou regressando de novo, à 2ª Divisão de Honra. Pena que a acompanhar esta fulgurante ascensão desportiva não existisse uma cautelosa equipa dirigente, rigorosa, competente, que, simultaneamente com o futebol tivesse sabido gerir convenientemente o clube, moderar a euforia então reinante, evitando desperdiçar a enorme oportunidade de, em toda a linha e de forma segura, o CDSC poder crescer e firmar-se consolidadamente.
Com a viragem do século, não obstante os diversos “avisos à navegação” e as já visíveis consequências do desgoverno instalado, no que ao bom senso e racionalidade possa dizer respeito, se alguma coisa se alterou foi para pior; a “aposta cega” em resultados desportivos assentou numa, ainda maior, displicência no controlo e gestão das contas do clube. Futebolisticamente voltou a resultar: em 2000/01 o CDSC é Campeão da 2ª Divisão de Honra e ascende à I Liga; em 2001/02 e 2002/03 mantém-se entre “os grandes”, mas tudo isso para em 2003/04 regressar de novo à 2ª Divisão de Honra, patamar onde, nas duas últimas épocas, até à última jornada, disputou a subida à Primeira Liga.
Dadas as circunstâncias, o sucesso desportivo teve como parceiro, tal como se adivinhava e foi por alguns previamente anunciado, o descalabro económico, estando o clube actualmente a recuperar dos momentos muitos difíceis por que passou, obrigando-se a hipotecar todo o seu património (algum entretanto já alienado) para tentar sobreviver. O bom trabalho efectuado nas últimas duas épocas começa a mostrar resultados, mas sanear o CDSC, reequilibra-lo económica e financeiramente procurando mantê-lo nos patamares desportivos a que habituou os seus sócios e simpatizantes, é o grande desafio que se continua a colocar ao actual grupo dirigente do CDSC, clube que, apesar de todas as vicissitudes inerentes “à pesada herança”, continua, sem nenhum tipo de dúvidas; O MAIOR CLUBE DE FUTEBOL DOS AÇORES.
Títulos
Campeonato Nacional da II Liga 2000/2001
Campeonato Nacional da 2ª Divisão 1997/1998
Estádio
Estádio de São Miguel
Inauguração 1930
Capacidade 15277
Site
http://www.cdsantaclara.pt/
O Clube Desportivo Santa Clara é o resultado final, algo distante no tempo mas muito próximo no essencial, de um fenómeno sócio desportivo que iniciando-se em finais de 1917 teve o seu apogeu durante os anos de 1919 e 1920, o auge da animada disputa dos "Campeonatos de Santa Clara", competição na qual participavam equipas em representação de algumas das várias "lojas de Santa Clara", apresentando-se como herdeiro natural dos dois outros "Santa Claras"; o "Santa Clara Foot-ball Club" e o "Sport Club Santa Clara", ambos antes dele também filiados na "Associação de Foot-ball de Sam Miguel", hoje; Associação de Futebol de Ponta Delgada.
A primeira Direcção do Clube Desportivo Santa Clara foi eleita por aclamação a 12 de Maio de 1927, tendo os seus estatutos de fundação sido aprovados pouco depois, a 21 Junho de 1927, numa Assembleia-geral que para o efeito fora convocada e então foi presidida pelo Tenente João Joaquim Vicente Jr. O processo de constituição do clube culmina a 29 Julho de 1927 com a concessão pelo Governo Civil de Ponta Delgada do respectivo alvará.
O Clube Desportivo Santa Clara solicitou a sua inscrição na Associação de Futebol a 6 de Agosto de 1927, ensejo que só lhe foi concedido cerca de três meses depois. O seu primeiro jogo oficial ocorreu a 20 de Novembro de 1927.
A década de 30 foi de grande importância na afirmação do Clube Desportivo Santa Clara, contribuindo extraordinariamente para a grandiosidade com que a colectividade chegou ao século XXI: Em 1930, início de um ciclo desportivo memorável, o CDSC ganha o seu primeiro título (Campeão da LDM “Liga Desportiva Micaelense”); a 31 Janeiro de 1935 inaugura oficialmente (já lá estava instalado desde Novembro de 1934) aquela que ainda hoje é a sua sede, considerada então a melhor sede de um clube de futebol nos Açores; em Maio deste mesmo ano aventura-se a outra façanha, e torna-se no primeiro clube de futebol açoriano a deslocar-se a Portugal, digressão durante a qual defrontou, entre outros, o Sport Lisboa e Benfica; em 1936 a celebração do primeiro aniversário da nova sede constitui também um grande acontecimento, com repercussões que chegam aos dias de hoje; ainda durante a década de 30 sagra-se sete vezes consecutivas Campeão da AFSM (1930/31 até 1936/37) obtendo um recorde ainda hoje por igualar. Com apenas 10 anos de existência, já então o CDSC se posicionava, com destaque, na liderança do futebol micaelense.
Durante as épocas 1942/43, 1943/44 e 1944/45 a AFSM interrompeu a sua actividade. Este facto, assim como outras consequências dos últimos anos da II Grande Guerra, voltam a relegar o CDSC para patamares desportivos mais humildes, quase idênticos aos dos seus primeiros três anos de existência. Na década de 40, só em 1949 o CDSC volta a saborear os louros da vitória no campeonato.
Nas três décadas seguintes; 50, 60 e 70, muito embora sem nunca voltar a atingir o nível conseguido na década de 30, o CDSC impõe-se de novo com enorme destaque, conquistando 17 dos 33 campeonatos disputados entre 1949 e 1982 (mais do que o somatório dos títulos ganhos pelos seus adversários todos juntos).
Foi na transição da década de sessenta para a de setenta, entre a época de 1968/69 e a de 1971/72, que o CDSC obteve a sua segunda melhor série de campeonatos consecutivamente ganhos (4), acrescentando assim ao seu recorde de 1930/37 o igualar da segunda melhor série deste tipo, obtida entre as épocas 1924/25 e 1927/28 pelo Clube União Sportiva.
Só nos anos oitenta o CDSC inicia o seu percurso nos “Nacionais”, conseguindo, a par da sua longa e relativamente modesta participação na “III Divisão Série E”, criar um núcleo de formação futebolística com adequada orientação técnica (Departamento de Formação Juvenil), “viveiro” por onde, entre muitos outros, também passou “Pedro Pauleta”. A par disso, a década de oitenta foi também um período de valorização e consolidação patrimonial; em 1984 são dados os primeiros passos para a aquisição dos 21.000m2 de terreno em São Gonçalo, em 1986 tem inicio a construção do “Complexo Desportivo”, e, volvido pouco tempo, o CDSC adquire ainda a sede que desde 1934 já ocupava. No decorrer da época desportiva 1986/87, e com um plantel que incluía significativo número de atletas oriundos dos escalões de formação, o CDSC ascendeu pela primeira vez à II Divisão, participando durante a época seguinte, integrando na Zona Sul, no respectivo campeonato.
Na última década do século XX, depois de uma rápida e bem sucedida passassem pela “Série Açores” (com um plantel muito jovem e mais uma vez recheado de atletas oriundos dos escalões de formação do clube) o CDSC ascende quase meteoricamente até ao patamar mais elevado do futebol português: em 1995/96 é Campeão da “Série Açores” subindo à 2ª Divisão (B); em 1996/97 é o segundo classificado da sua zona na 2ª Divisão (B), falhando por muito pouco outra subida; em 1997/98 ganha a Zona Sul, é Campeão da 2ª Divisão (B), e sobe à 2ª Divisão de Honra; e em 1998/99, terminando o Campeonato da 2ª Divisão de Honra em 3º lugar, ganha direito a aceder, pela primeira vez, à 1ª Divisão. Na época seguinte (1999/2000), a última do século XX, e aquela em que pela primeira o CDSC participou na 1ª Divisão, acabou regressando de novo, à 2ª Divisão de Honra. Pena que a acompanhar esta fulgurante ascensão desportiva não existisse uma cautelosa equipa dirigente, rigorosa, competente, que, simultaneamente com o futebol tivesse sabido gerir convenientemente o clube, moderar a euforia então reinante, evitando desperdiçar a enorme oportunidade de, em toda a linha e de forma segura, o CDSC poder crescer e firmar-se consolidadamente.
Com a viragem do século, não obstante os diversos “avisos à navegação” e as já visíveis consequências do desgoverno instalado, no que ao bom senso e racionalidade possa dizer respeito, se alguma coisa se alterou foi para pior; a “aposta cega” em resultados desportivos assentou numa, ainda maior, displicência no controlo e gestão das contas do clube. Futebolisticamente voltou a resultar: em 2000/01 o CDSC é Campeão da 2ª Divisão de Honra e ascende à I Liga; em 2001/02 e 2002/03 mantém-se entre “os grandes”, mas tudo isso para em 2003/04 regressar de novo à 2ª Divisão de Honra, patamar onde, nas duas últimas épocas, até à última jornada, disputou a subida à Primeira Liga.
Dadas as circunstâncias, o sucesso desportivo teve como parceiro, tal como se adivinhava e foi por alguns previamente anunciado, o descalabro económico, estando o clube actualmente a recuperar dos momentos muitos difíceis por que passou, obrigando-se a hipotecar todo o seu património (algum entretanto já alienado) para tentar sobreviver. O bom trabalho efectuado nas últimas duas épocas começa a mostrar resultados, mas sanear o CDSC, reequilibra-lo económica e financeiramente procurando mantê-lo nos patamares desportivos a que habituou os seus sócios e simpatizantes, é o grande desafio que se continua a colocar ao actual grupo dirigente do CDSC, clube que, apesar de todas as vicissitudes inerentes “à pesada herança”, continua, sem nenhum tipo de dúvidas; O MAIOR CLUBE DE FUTEBOL DOS AÇORES.
Títulos
Campeonato Nacional da II Liga 2000/2001
Campeonato Nacional da 2ª Divisão 1997/1998
Estádio
Estádio de São Miguel
Inauguração 1930
Capacidade 15277
Site
http://www.cdsantaclara.pt/