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Esporte Clube Quatorze de Julho

O 14 de Julho foi fundado em 14 de julho de 1902, em uma região fronteiriça entre as cidades de Santana do Livramento e Rivera onde atualmente encontra-se o Parque Internacional. O futebol havia chegado primeiro na cidade uruguaia e, por isso, os idealizadores do 14 de julho resolveram montar uma equipe para enfrentar os times de Rivera. Foram fundadores do clube: Pedro Lay, Coriolano Cabeda, Licurgo Cruxen, Armelino Garagorry, Henrique Carvalho, João Caffone, José Ramos, Roberto Calero, Argemiro Zimerman, Julio Sillia e os irmãos Ávila. Seu primeiro presidente foi Felizardo Ávila.

A polêmica sobre o primeiro clube rubro-negro do futebol brasileiro dá razão ao 14 de Julho. O Flamengo, do Rio, como time de futebol, surgiu apenas em 1912. Antes, era clube de regatas. Mas o 14 de Julho já utilizava as listras horizontais em vermelho e preto desde a fundação, em 1902. Também foi o “Leão da Fronteira” a primeira equipe brasileira a conquistar um título internacional. Em 1909, convidado a participar da Copa La France, em Rivera, disputou a competição com três equipes do Uruguai e conquistou o título até então inédito para o futebol do Brasil. A outra façanha do 14 de Julho é se tornar o primeiro clube gaúcho a ceder um atleta para a Seleção Brasileira. Em 1920, o ponta-de-lança Cipriano Nunes da Silveira, o Castelhano, foi convocado para disputar o Sul-Americano no Chile. Mais três gaúchos foram convocados para aquela competição, mas atuavam em clubes de outros Estados. Castelhano era natural de Livramento e jogou de 1907 até 1929 no 14 de Julho. Com sotaque de quem morava em Rivera, Silveira ganhou o apelido de Castelhano.

O apelido de “Leão da Fronteira” surgiu pela primeira vez em março de 1914. O grande Peñarol deixou Montevidéu para realizar um amistoso em Livramento. Era como se hoje o Boca Juniors visitasse Livramento. O 14 de Julho conseguiu empatar o jogo à custa de muita força e garra, que acabou por surpreender os favoritos uruguaios. O apelido já fora citado, mas ficou famoso em todo o Brasil somente em 1919. Foi quando o 14 de Julho goleou o Inter por 6 a 2 em plena Capital, na Chácara do Eucaliptos. No dia seguinte, os jornais de Porto Alegre, em especial o Diário de Notícias, estamparam nas manchetes a expressão “Leão da Fronteira”. Nasceu daí o distintivo do clube, com a figura de um leão.

O 14 de julho foi um dos fundadores da Federação Rio Grandense de Desportos (FRGD) em 1918. No ano seguinte, também participou da criação da Liga de Foot-Ball Livramentense. Ainda em 1919, o clube esteve em Porto Alegre para a realização de amistosos, os quais ocorreram em datas próximas ao único jogo do Campeonato Gaúcho, entre Grêmio e Brasil de Pelotas. Em razão disto, muitas pessoas confundem-se, achando que o 14 de Julho teria participado do primeiro Campeonato Gaúcho da história.

Em 1998, após participar do Campeonato Gaúcho da Terceira Divisão, o 14 de Julho fechou seu departamento de futebol profissional, mantendo apenas as categorias de base. Em 2005, o time profissional voltou a disputar competições oficiais.

É o terceiro clube de futebol mais antigo em atividade do Brasil, atrás apenas de Rio Grande e Ponte Preta-SP (ambos fundados em 1900).

É o primeiro clube rubro-negro, utilizando o uniforme com listras horizontais em vermelho e preto desde a sua fundação, em 1902.

Estádio

O nome do estádio do 14 de Julho, Estádio João Martins, vem do patrono do clube João Coelho Martins. Nascido em 25 de agosto de 1894 em Santana do Livramento, ex-atleta do clube, tenente da Brigada Militar e dirigente nos primeiros anos do 14 de Julho, foi morto durante um conflito da Revolução Constitucionalista de 1932.

Hino

Autor: Rubens Santos

14 de Julho...
tricampeão
encarnado e preto,
são as cores do nosso pavilhão.

Somos desportistas,
trabalhando com todo fervor,
43, 44, 45
são as provas de nosso valor.

Avante 14 de Julho,
mostrai, mostrai teu valor
Tu sempre foste 14 de Julho,
Altivo e batalhador.

Tu és o galhardão
da mocidade inteira
Velho Leão da Fronteira.


Mascote

Leão

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