
Depois do goleiro presidenciável, o Alecrim seguia sua rotina de jogos sem muita expressão, até que em 1923 chegava a Natal um sujeito chamado Alexandre Kruze, um pernambucano filho de alemães. Apaixonado pelo futebol, Kruze, além de rádio-telegrafista da Marinha, especializou-se em Educação Física e Desportos (Nomenclatura da época), e naquele ano, o jovem sargento Kruze era transferido para a Cidade do Sol. De uma maneira ou de outra, o cara conseguiu entrar no modesto time do Alecrim, e logo ocupou uma posição de destaque no alviverde.Falando constantemente em técnica e tática do futebol, Kruze motivou os dirigentes do clube a confiar-lhe uma nova missão: treinar o time do Alecrim. Deu no que deu. Em 1925 o Alecrim levantava o caneco de campeão de maneira invicta, fato inédito entre os clubes de futebol da cidade até então. Como naquela época o Alecrim era formado, basicamente, de negros e descendentes de índios, os caras do ABC e América, que eram times das elites do bairro do Tirol, ficaram putos da vida. No tapetão, o jeito foi dissolver a federação de futebol da época, pra que o campeonato fosse invalidado. Assim foi feito, é mole?
Os anos foram passando e o Alecrim seguiu jogando uma bolinha mais ou menos. 38 anos passaram até o segundo título, que veio em 1963, com o técnico Geléia, numa vitória contra o ABC (o ABC é considerado a 2ª força do futebol potiguar). Nessa época ainda não havia o “bicho” (grana recebida pela vitória). A grande regalia dos jogadores depois de ganhar algum jogo, era um copo de refresco de maracujá acompanhado de um pão doce. Coisa fina... No ano seguinte Geléia deixou o clube dando lugar a Pedro 40, que garantiu o bi-campeonato contra o mesmo adversário. O ABC passou dois anos sendo freguês do escrete alecrinense.
Em 1968, outra façanha, outro chiste do Alecrim. O espírito do time de 1925 baixou no clube naquele ano, porque o esquadrão esmeraldino venceu o campeonato estadual de ponta a ponta. Mais uma vez, invicto! O quarto título do verdão contou com 10 jogos disputados. Sete vitórias, três empates e 24 bolas deixadas nos fundos das redes adversárias. Embalados pela conquista, nesse mesmo ano a torcida do Alecrim ganharia mais um presente. Num amistoso contra o Sport (PE), o gênio das pernas tortas, Mané Garrincha, vestiu a camisa 7 do clube alecrinense e fez a alegria da galera. Apesar da derrota por 1 a 0, aquele 04 de fevereiro ficou para sempre na história do Alecrim.
Originário do bairro mais popular de Natal, o Verdão Maravilha tem resistido bravamente. Sendo o único clube do RN que disputou todos os campeonatos estaduais de futebol, vencendo-os nos anos de 1925, 1963, 1964, 1968, 1985, 1986, em 1968 foi campeão invicto. Foi vice-campeão nos anos de 1928, 1953, 1962, 1965, 1966, 1970, 1972 e 1982. Ganhou a Taça Cidade do Natal nos anos de 1979, 1982 e 1986, sendo vicecampeão dessa taça em 1972, 1976, 1985. Conquistou dez vezes o Torneio Início de futebol e sagrou-se tri-campeão do torneio incentivo - 1976, 1977 e 1978. No esporte amador possui vários títulos, principalmente no voleibol quando foi campeão oito vezes consecutivas e invicto, graças ao trabalho do incansável Jorge. Moura. Campeão no futebol de salão, ciclismo, hipismo, basquete, pedestrianismo por diversas vezes. Representou o Estado no campeonato brasileiro da primeira divisão em 1986, jogando inclusive, no Maracanã e no Parque Antártica.
Títulos
Campeão Potiguar: 1925, 1963, 1964, 1968 (invicto), 1985 e 1986.
Estádio
Nome Oficial: Estádio João Cláudio de Vasconcelos Machado (Machadão)
Capacidade: 52.000
Endereço: Av. Prudente de Morais, s/nº
Inauguração: 04/07/1972
Primeiro jogo: ABC 1 x 0 América-RN
Primeiro gol: Willian (ABC)
Recorde de público: 53.320 (ABC 0x2 Santos - 29/11/72)
Dimensões do gramado: 110m x 75m
Proprietário: Secretaria Municipal de Esportes de Natal
Hino
Autor: Dozinho
Intérprete: Luiza de Paula
O wiphurra ao nosso bicampeão
Todo povo te saúda de alma e coração
Bate olé no gramado com adversário seu
Alecrim futebol clube você é meu (bis)
É voz geral da torcida potiguar
O négocio só tem graça se o Alecrim jogar
Dá gosto verOs meninos traçando o bolão pra valer
Deixando o adversário
Sem nada pra poder fazer
Olé!
Autor: Dozinho
Intérprete: Luiza de Paula
O wiphurra ao nosso bicampeão
Todo povo te saúda de alma e coração
Bate olé no gramado com adversário seu
Alecrim futebol clube você é meu (bis)
É voz geral da torcida potiguar
O négocio só tem graça se o Alecrim jogar
Dá gosto verOs meninos traçando o bolão pra valer
Deixando o adversário
Sem nada pra poder fazer
Olé!
Mascote
Periquito

Site
http://www.alecrimfc.com/