A história do G.E.Brasil teve início depois de uma divergência entre dirigentes e jogadores do Sport Club Cruzeiro do Sul, que era mantido e dirigido por funcionários da Cervejaria Haertel. O campo do S.C. Cruzeiro do Sul situava-se num terreno ao lado da Cervejaria Haertel. Certo dia, colaboradoes do clube, que estavam colocando uma cerca ao redor do campo, viram chegar no local alguns rapazes, jogadores do S.C.Cruzeiro do Sul, os quais de imediato foram treinar. Este fato irritou aqueles que estavam trabalhando na referida cerca. Mandaram que os outros parassem com o jogo e fossem ajudá-los. Frustados os rapazes foram embora. Por ironia do destino, dois daqueles rapazes inconformados com o ocorrido caminharam até um terreno próximo ao local onde hoje está situado o estádio do G.E.Brasil, ficaram ali sentados na grama pensando e discutindo a idéia de fundar um time de futebol, eram eles os saudosos Breno Corrêa da Silva e Salustiano Brito.
Resolveram eles marcar uma reunião de fundação do clube que teve como lugar o prédio de nº56 da rua Santa Cruz, em Pelotas, residência do Sr. José Moreira de Brito, pai de Salustiano. Ficando a sua primeira diretoria assim constituida: Dario Feijó, presidente; Silvio Corrêa da Silva, vice; Walter da Rocha Pereira, 1º secretário; Raymundo Pinto do Rego, tesoureiro; Breno Corrêa, adjunto; Manoel Joaquim Machado, Ulysses Dias Carneiro, Manoel Ribeiro de Souza, Nicolau Nunes, Paulinho Dias de Castro e Mário Reis, diretores; E estava fundado o G.E.Brasil em 7 de setembro de 1911, extamente na data comemorativa a Independência do Brasil.
Alusivo a este fato, foi decidido que as cores da camiseta seriam verde e amarela. Possivelmente, as cores inicialmente adotadas no fardamento do G.E.Brasil, seja o primeiro fato histórico da rivalidade com o E.C.Pelotas. Naquela época houve muita polêmica porque o fardamento dos dois clubes eram parecidos. Como o E.C.Pelotas inspirou-se nas cores do Clube Caixeral (azul e amarelo) para seu fardamento, o G.E.Brasil resolveu adotar as cores do Clube Diamantinos (vermelho e preto), mudando então as cores do fardamento.
Em 1919, o Brasil de Pelotas se consagrou o primeiro campeão gaúcho. Para chegar à final da competição, o clube venceu o campeonato da Segunda Região e o campeonato de Pelotas. Após os triunfos, a equipe disputou a final com o campeão do torneio da Primeira Região.
Na disputa, o Brasil levou a melhor e venceu o Apad, por 5 a 1, com gols de Proença (3), Alvariza e Ignácio. O duelo foi disputado em Porto Alegre, no estádio da Baixada, com aproximadamente três mil espectadores. No retorno a Pelotas, os heróis do título foram recebidos com queima de fogos e uma passeata até a Praça Osório, onde os campeões foram devidamente homenageados.
Em 1920, o Grêmio Esportivo Brasil cedeu o primeiro jogador gaúcho para a seleção brasileira de futebol. Alvariza foi convocado para a disputa do Sul-Americano daquele ano e entrou para a história com o chamado.
Em 1950, outro feito entrou para a história do Grêmio Esportivo Brasil. A equipe fez uma excursão para o Uruguai, onde enfrentou a seleção celeste em um amistoso. Se preparava para a disputa da Copa do Mundo daquele ano, quando se consagrou campeã mundial em pleno Maracanã. No duelo contra o Brasil de Pelotas, vitória da equipe Xavante por 2 a 1, com gols de Darci e Mortosa.
Em 1985, o Brasil de Pelotas realizou a sua melhor campanha no Campeonato Brasileiro da primeira divisão. Treinada por Walmir Louruz, a equipe chegou à semifinal da competição, mas acabou sendo eliminada pelo Bangu, que terminou com o vice-campeonato ao ser derrotado pelo Coritiba na final.Em 1995 o Brasil foi rebaixado para a segunda divisão do Campeonato Gaúcho de Futebol. Em 1996, o time conseguiu voltar à primeira divisão estadual. Logo no primeiro jogo, o Brasil ganhou por 1 a 0 do Internacional, no Bento Freitas. Naquele ano, a torcida Xavante ganhou o prêmio de "Melhor Torcida Do Campeonato Gaúcho de 1996", e em 1997, repetiu o feito.
No campeonato de 1997, o Brasil chegou às semifinais, sendo obrigado a disputar a primeira partida no Estádio Aldo Dapuzzo, em Rio Grande, devido ao seu estádio ter ficado interditado. O adversário foi o Grêmio e a partida terminou empatada em 1 a 1. No jogo de volta, um empate em 2 x 2 no Olímpico levou invadiu a decisão da vaga para os pênaltis, onde, após 12 cobranças, o Brasil foi desclassificado. Mas a resposta do Brasil não tardaria e no Campeonato Gaúcho de 1998 o elimina em dois jogos muito empolgantes. No primeiro jogo, acabou empatando em 0 x 0 no Bento Freitas e na partida de volta no Olímpico Monumental, vence por 2 x 1 empurrados pela torcida e também pelas declarações infelizes do técnico do Grêmio Sebastião Lazaroni em que acusava os jogadores do Brasil de doping.
Em 2008, apesar da não muito boa campanha no Campeonato Gaúcho, o Brasil faz ótima campanha na Série C de 2008. A meta inicial era se classificar para a nova Série C de 2009 para depois pensar na vaga na Série B. O Xavante passou da Primeira Fase e da Segunda e da Terceira Fase também, e agora vai disputar a Final já sabendo que vai estar garantido na nova Série C 2009 e buscando subir para a Série B do Campeonato Brasileiro.
Estádio
Estádio Bento Freitas (Baixada)Inauguração: 23 de maio de 1943
Primeiro gol: Birilão (Brasil)
Capacidade: 18.000
Recorde de público: 20.115
(G.E.Brasil 1x0 Flamengo - 21 de março de 1984
Logo após a sua fundação o Brasil não tinha seu próprio estádio, até que o Dr. Augusto Simões Lopes cedeu um campo de sua propriedade localizado perto da Estação Férrea. Ali foram travadas partidas memoráveis, atraindo cada vez mais torcedores aos jogos do Brasil.
Em 1939, o Brasil comprou um terreno à rua 13 de Maio, atual Princesa Isabel para construir ali o seu novo estádio. O novo estádio foi inaugurado em 1943, num jogo amistoso do Brasil com o Força e Luz, de Porto Alegre.Títulos
Campeonato Gaúcho: 1919
Campeonato Gaúcho 2ª Divisão: 2 vezes (1961 e 2004)
Campeonato Citadino de Pelotas: 27 vezes (1917, 1918, 1919, 1921, 1926, 1927, 1929, 1931, 1937, 1941, 1942, 1946, 1948, 1949, 1950, 1952, 1953, 1954, 1955, 1961, 1962, 1963, 1964, 1970, 1976, 2004 e 2006).
Hino
Compositor: José Costa
Brasil, Brasil, Brasil
As tuas cores são nosso sangue nossa raça
Brasil, Brasil, Brasil
Força e vontade cheio de graça
Brasil, Brasil, Brasil
Nós este ano, vamos vencer
Salve o Brasil
O campeão do bem-querer
Avante com todo esquadrão
Torcida do nosso campeão
Ele tem seu passado de glória
Tem o seu nome gravado na história
Mostraste ser bem brasileiro
Com os louros da vitória
Trouxeste para nós mais outra glória
Mascote
A figura do Índio Xavante foi adotada pelos torcedores do Grêmio Esportivo Brasil, em 1946, quando a equipe venceu o rival Esporte Clube Pelotas, com um homem a menos em campo, pelo placar de 5 a 3, em partida válida pelo Campeonato da Cidade daquele ano. Após o fim do jogo, a torcida do Grêmio Esportivo Brasil invadiu o campo e derrubou um alambrado do estádio para conseguir comemorar a vitória heróica dentro do gramado. Como as cores dos índios Xavantes também são vermelho e preto, o clube ficou conhecido como Xavante por todos.
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