Chapadinha sempre foi apaixonada por futebol. Mas mesmo sendo a maior cidade do Baixo-Parnaíba e Alto-Munim a Chapada das Mulatas sempre se dava mal quando o assunto era competições intermunicipais. O máximo que o futebol chapadinhense conseguia era ser vice-campeão do Torneio Intermunicipal, competição disputada por seleções amadoras que teve até o início da década de 90, seus tempos de glamour. Até a seleção da vizinha cidade de Mata Roma já conquistou o torneio numa das poucas vezes em que disputou. Isto acabava por gerar no povo de Chapadinha um sentimento de inferioridade. Algo tinha que ser feito para que os desportistas da cidade tivessem orgulho de seu futebol que vivia momentos de decadência. O Real Brasil, uma das equipes amadoras de maior tradição da cidade, chegou a especular por diversas vezes a profissionalização para a disputa do campeonato estadual da primeira divisão, mas desistiu da idéia por falta de apoio do poder público e do comércio em geral. Em outubro de 2002, um grupo de desportistas, movidos pela paixão, resolveu encarar o desafio e cobrar do prefeito Magno Bacelar, uma atitude neste sentido. A idéia começou a tomar forma quando Edmílson Santos, aquele que viria a ser o primeiro técnico da equipe, procurou o radialista William Fernandes para expor as intenções do grupo de desportistas no programa Rádio Denúncia. Santos, como ficaria conhecido, já estava com uma relação de jogadores convocados para fazer parte da equipe que supostamente disputaria a segunda divisão daquele ano, mas encontrava dificuldades para conseguir a liberação do estádio Lucídio Frazão para a realização dos treinos. Sensibilizado, e grande desportista que é, José Filho, diretor da Rádio Mirante AM, entrou na briga e liberou o telefone da emissora para que os ouvintes participassem ao vivo e dessem a sua opinião a respeito do impasse. Todos foram a favor da criação do time e da liberação do campo para os treinos, pois não havia na cidade outro local com estrutura suficiente para que uma equipe profissional pudesse realizar seus trabalhos. No dia seguinte, o prefeito que chegara de São Luiz, num gesto que entrou para a história,conversou com o então secretário de esportes Moraisinho e com o então presidente da LEC e autorizou, por telefone, diante da câmera da TV Mirante, que o estádio fosse liberado para os treinos da equipe e garantiu na entrevista a William Fernandes que a cidade teria um time de futebol profissional, como havia prometido em sua famosa “Cartilha 25”. Nascia aí, no início de novembro de 2002, o Chapadinha Futebol Clube, que, logo em seguida disputaria a segunda divisão com mais 5 equipes, 2 da capital e 3 do interior, e seria campeão, de forma inquestionável vencendo, na final, o time do Brigadeiro Falcão por 3 x 0 na memorável tarde-noite de ´´ de ´´ de 2003, garantindo uma vaga no restrito grupo de elite do futebol maranhense. Desde então, a cidade de Chapadinha não parou mais de aparecer em todo o Estado e até no País inteiro, por conta do meteórico sucesso do Chapadinha Futebol Clube, o Galo da Chapada.
Títulos
Campeonato Maranhense - 2ª Divisão: 2002.
Títulos
Campeonato Maranhense - 2ª Divisão: 2002.